domingo, 31 de outubro de 2010

RELAÇÕES ENTRE COLÔMBIA E VENEZUELA

Unasul é o foro ideal para discutir conflito Colômbia-Venezuela.
Para o presidente Lula, a Unasul é o foro privilegiado para o debate da crise entre Venezuela e Colômbia, afirmou o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach,  em reunião de briefing com a imprensa, sobre a viagem do presidente aos dois países esta semana. O Brasil, afirmou Baumbach, não levará propostas para dirimir o conflito entre os dois países e manterá sua posição de “auxiliar na retomada do diálogo e na recomposição das relações entre os governos, porque o presidente acredita que isso é muito importante para a transformação do espaço sulamericano, que esteja livre de tensões e de conflitos”.



O porta-voz destacou ainda que o governo brasileiro está ciente de que o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos Calderón, quer dialogar. O presidente Lula espera que isso leve a uma melhoria nas relações entre Colômbia e Venezuela.



Sobre a reunião com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, Baumbach lembrou que será o 10o. encontro desde 2007. Os dois chefes de Estado tomarão conhecimento do Primeiro Plano de Ação Social, elaborado em reunião do “Gabinete Social” instituído no encontro que tiveram em abril. O Plano tem o objetivo de incrementar a cooperação em programas sociais.

MERCOSUL ACERTOU DESTA VEZ

Mercosul aprova fim da cobrança dupla da Tarifa Externa Comum (TEC)

O fim da cobrança dupla da Tarifa Externa Comum (TEC) no Mercosul foi classificado pelo ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) como grande avanço e uma das decisões mais importantes já tomadas pela entidade. A partir de janeiro de 2012, o comércio de produtos acabados – aqueles que não receberam qualquer outro componente – será tributado apenas na origem. Hoje, ele é tarifado no momento da exportação e no momento da venda no país de destino. É o que acontece no caso da exportação e venda de veículos, por exemplo.



¨Esta é uma das decisões mais importantes. Era uma das propostas defendidas pelo Brasil¨, disse o ministro brasileiro . Segundo Amorim, a eliminação da bi-tributação será gradativa até 2019. O mais importante, disse, é que nenhum país do bloco econômico será prejudicado.



Foi aprovada também a destinação de US$ 794 milhões para nove projetos regionais, entre obras de infraestrutura, saneamento, e geração e transmissão de energia elétrica.



Celso Amorim afirmou ainda que os chanceleres dos países do Mercosul, reunidos em San Juan, na Argentina, aprovaram acordo econômico com o Egito, para onde o Brasil hoje vende US$ 1,5 bilhão por ano e compra apenas US$ 30 milhões. O governo brasileiro quer assegurar maior equilíbrio nesse comércio bilateral. Os chanceleres também reconheceram, durante a reunião, a importância dos recursos hídricos na fronteira de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.



O presidente Lula viajou na tarde desta segunda-feira (2/8) para o país vizinho, onde participará da XXXIX Cúmbre do Mercosul juntamente com Cristina Kirchner (Argentina), José Mujica (Uruguai), Fernando Lugo (Paraguai), Sebastian Piñera (Chile), Evo Morales (Bolívia) e Hugo Chávez (Venezuela).



Após reunião do Mercosul, Lula e Cristina Kirchner se encontram numa reunião bilateral na Casa de Governo de San Juan. O ministro Amorim informou que um dos temas do encontro é o projeto de construção de dois reatores nucleares. Segundo o ministro, ¨o desenho¨ dessas usinas seria feito em comum acordo por Brasil e Argentina.

Bela HOMENAGEM À VINICIUS DE MORAES

  1. 









Com homenagem e promoção, governo repara ‘aberração’ da cassação de Vinícius de Moraes

Promover o diplomata, poeta e compositor Vinícius de Moraes ao cargo de Ministro de Primeira Classe (embaixador) é um processo de reparação obrigatória, que não precisa de agradecimento algum por parte da família, disse o presidente Lula durante cerimônia realizada nesta segunda-feira (16/8) no Palácio Itamaraty. Emocionado, Lula disse que “possivelmente, quem teve a atitude de propor a cassação de Vinicius não tenha lido o poema Operário em Construção. Porque se ele tivesse lido, tal como o operário ele havia aprendido a dizer ‘não’ e não teria cumprido a aberração que foi colocar fim à carreira diplomática do Vinicius de Moraes”.



Vinícius foi aposentado compulsoriamente durante a ditadura militar, por meio do Ato Institucional n.º 5 (AI-5), em 1968. A lei sancionada por Lula em junho passado assegura aos atuais dependentes do poeta os benefícios da pensão correspondente ao cargo.



Lula ressaltou a preocupação de seu governo em reparar erros históricos e lembrou do brilhantismo de Vinicius como pessoa, poeta e diplomata:



“Eu tenho dito aos meus companheiros de governo que muitas vezes, no Brasil, nós esquecemos as pessoas que a gente gosta, deixamos de exaltar as pessoas que foram vítimas do período do autoritarismo. Aos poucos, a gente vai esquecendo de transformar os nossos heróis em heróis, porque nós não falamos deles”.

EMBRAER COMPETITIVA

A Embraer anunciou nesta segunda-feira assinatura de acordo para venda de até 125 jatos executivos Phenom 300 para a NetJets, empresa que pertence à Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffett.



A preços de tabela, o valor do negócio pode superar US$ 1 bilhão. A assessoria de imprensa da fabricante brasileira não soube informar se esse é o maior contrato já assinado pela companhia no segmento de aviação executiva.



Segundo a Embraer, o contrato inclui 50 pedidos firmes e outras 75 opções de compra. O Phenom 300 transporta até 11 ocupantes. O avião atinge velocidade de 839 quilômetros por hora e tem alcance de 3.650 quilômetros.



A NetJets opera no negócio de propriedade compartilhada de aeronaves, permitindo que pessoas e empresas comprem uma parcela de um jato por uma fração do custo do avião. A frota global da NetJets tem mais de 800 aviões, com 13 modelos diferentes.



O início das entregas dos primeiros Phenom 300 à NetJets está programado para 2013. Algumas condições contratuais precisam ser cumpridas até janeiro de 2011. Só então o pedido será incluído na carteira de encomendas (backlog) da Embraer.

Além disto foi comprado dois EMB149 pela Bristish Airmays para ampliar a malha regional , esta empresa é o orgulho nacional.

GRIPPEN BRASIL

– Uma aeronave DEMO só tem 2 objetivos principais. Demonstrar que o Gripen tem potencial de crescimento e a redução dos riscos de algumas atividades. Uma coisa é mostrar no PowerPoint que se vai pegar o avião e aumentar a potência dele em 40%, a outra coisa é dizer que se está voando um demonstrador que é significativo em algumas características e diferente em outras. Por exemplo, sistemas como os freios podem ser diferentes na série e isso não atrapalha em nada na hora de demonstrar, por exemplo, o super cruise ou demonstrar o desempenho em curva sustentada. No Demo não se voam todas as configurações de armamento. Somente uma ou outra configuração, porque o seu objetivo primário é demonstrar que se é capaz de migrar do C/D para o NG e algumas atividades que aparentemente o cliente percebe como de alto risco, estão sobre controle do projeto. Por exemplo, a substituição do motor F-404 pelo F-414, foi o mesmo que a Embraer fez durante o desenvolvimento do Super Tucano. Para demonstrar as características resultantes de um aumento de mais de 100% de potência entre o EMB 312 e o Super Tucano, a Embraer voou um POC – Proof of Concept em 1992.



Por que a SAAB não fez o protótipo? Porque o protótipo implica em 2 coisas muito diferentes do Demo. A primeira questão é referente a representatividade estrutural da aeronave. Se não for representativa estarão sendo medidos parâmetros que não são definitivos e isso pode exigir a repetição dos testes mais adiante. Em segundo lugar a instrumentação é muito mais complexa de ser instalada e gerenciada em uma aeronave protótipo ou pré-série. São milhares de parâmetros que devem ser monitorados simultaneamente para fins de validação e certificação. Isso não só custa dinheiro, como toma tempo.

NELSON JOBIM APAGANDO FOGO NO ORIENTE

No mais absoluto sigilo, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, está dedicando parte de seu tempo a uma atividade inusitada: convencer os governos da Líbia e dos Emirados Árabes a fechar a compra de um megalote de 76 aviões Rafale, idênticos aos considerados favoritos na concorrência para o reaparelhamento da Força Aérea Brasileira (FAB), fabricados pela francesa Dassault.



Jobim, na verdade, vai atuar mais como um bombeiro na empreitada, ameaçada de naufragar, tentando “salvar” a negociação entre os árabes e o fabricante francês. Explica-se: as conversações, que aconteciam em céu de brigadeiro, azedaram por conta de um artigo publicado no jornal parisiense Le Figaro, cujo proprietário é ninguém menos do que o empresário Serge Dassault, dono da empresa aeronáutica. Segundo o Figaro, os Emirados Árabes estariam encomendando equipamentos de vigilância eletrônica a Israel para se proteger de um eventual ataque aéreo do Irã.



Dá para se imaginar a repercussão da notícia sobre a transação com o arquirrival no mundo árabe. “O senhor Dassault nos apunhalou pelas costas”, reclamou o ministro da Defesa dos Emirados, Bin Zaid Nahyan, que subitamente começou a elogiar os caças F-18, da Boeing, concorrente da Dassault.



Para o governo francês, que tenta a todo custo emplacar o Rafale no mercado internacional (até agora, o modelo só foi adquirido pela força aérea francesa), o episódio foi preocupante, principalmente porque os Emirados comprariam 60 das 76 aeronaves. “Caímos num buraco negro”, afirmou o ministro da Defesa da França, Hervé Morin.



Abatimento. Daí à solicitação dos préstimos do colega Jobim, foi um pulo. O ministro brasileiro, porém, não vai trabalhar de graça. Caso consiga fazer com que árabes e franceses voltem a sentar-se à mesma mesa e concluam o negócio, Jobim recebeu a promessa de que obterá um substancial abatimento na fatura dos 36 aviões que a FAB deve adquirir da Dassault.



A conta, aliás, vem caindo antes mesmo da confirmação da encomenda: orçado inicialmente em US$ 7 bilhões, o lote já custa em torno de US$ 5 bilhões, com tecnologia e tudo.

MAIS F-5 PARA FAB

Bem, temos que analisar seriamente algumas coisas:



a) O Chile deve desativar seus F-5 em pouco tempo, é uma oportunidade!

b) Taiwan fala em trocar seus F-5 por F-16, mais uma oportunidade!

c) A Suiça segurou as pontas e vai ficar com seus F-5 por pelo menos mais 5 anos, mas passado este tempo, é mais uma oportunidade!

d) Há F-5 em Honduras também… vai que eles troquem por Super Tucanos?



O Brasil poderá ter uns 100 F-5 se quiser!!! Basta modernizar tudo, remendar aqui e ali e “voilà”: para quê FX e FX-2???



Tentando tratar disso de modo sério:



Os F-5 são boas aeronaves e, modernizadas, até servem como linha de frente da nossa caça por algum tempo e depois, talvez até como LIFT. Mas estamos perdendo o bonde da história, mantendo operacional um caça de 3a. geração (se muito) e deixando de trazer para a FAB aviões de 4a, 4-1/5a. e 5a. geração, sem contar que a notícia nos leva a pensar que o primeiro FX deixará de ser entregue em 2014 como se previa, ou seja, a notícia dá, na entrelinhas, a informação de que houve novo cancelamento do FX… ou seja, vem aí o FX-3!!



Sinceramente, é claro que a culpa principal é dos políticos, que não decidem nada, que aceitam que o país leve 12 anos licitando caças, 14 construindo uma corveta e 12 construindo um submarino. Mas a cúpula da FAB também tem culpa, na exata medida em que aceita a emenda, ou seja, deixa que os políticos imponham gambiarras na operação da força.



Modernização de aeronaves para mantê-las na primeira linha da força só existe no Brasil. No mundo sério moderniza-se aviões para que eles sejam uma reserva técnica à primeira linha da força, aviões que passam para funções complementares e treinamento, mas que só acorrem para as funções da 1a. linha em emergências.



Mas a FAB aceitou, quando do negócio dos M2000, que sua primeira linha fosse composta por aviões modernizados, quando devia divulgar e bater firme na tecla de que avião modernizado é bom mas seria urgentemente necessária a aquisição de meios novos e modernos, no estado da arte.



O alto comando também errou…e feio, ao demonstrar interesse em qualquer oferta de F-5 que aparecesse. Os políticos entenderam que isso soluciona o problema imediato e podem ganhar tempo para tratar do futuro, coisa que eles já fazem há 12 anos!



Graças a Deus que o Brasil não sofre ameaças externas, porque nossas FFAA estão se transformando em uma guarda nacional, uma polícia de fronteiras e um corpo de bombeiros de luxo para atuar em situações de calamidade, para construir estradas do PAC e fazer transporte VIP de autoridades, o que é comprovado pelas aquisições de meios novos nos últimos tempos, todos eles adequados às funções VIP, defensivas e de manutenção da ordem interna, nenhum deles adequado para funções ofensiva.

SEA GRIPPEN

 No projeto do Sea Gripen estão previstos um novo trem de pouso frontal, reforço na infraestrutura e um gancho de parada reforçado.



Talvez não seja de conhecimento de muitos, mas o Gripen NG já tem um gancho de parada, que foi incluído no projeto a pedido da Noruega. Este gancho será reforçado para permitir operação embarcada.



Não é necessário um novo nariz e muito menos um novo radar. Todos os sensores e aviônicos são os mesmos do Gripen NG. O motor F-414G já é navalizado (obrigado US Navy!) e será também o mesmo do Gripen NG. O Gripen NG já faz pouso com alta razão de descida, e não se esperam mudanças aerodinâmicas significativas.



O projeto será liderado pela Embraer e a qualificação será feita pela MB, que dispõe de porta-aviões e de toda a doutrina para operação embarcada. Nesta área a SAAB tem a consultoria de ex-oficiais da Royal Navy.

PAK-FA

A Rússia está planejando assinar em dezembro um acordo com a Índia sobre o projeto preliminar de uma aeronave de quinta geração conjunta de combate, informou um oficial sênior do setor de aeronaves russas, na última quarta-feira.



A companhia russa Sukhoi e a indiana Hindustan Aeronautics Limited (HAL) acordaram no início de 2010 o desenvolvimento em conjunto um caça de quinta geração, provisoriamente chamado PAK-FA.



“Um acordo com a Índia sobre o pré-projeto do PAK FA será assinado em dezembro”, disse Alexei Fyodorov, chefe da United Aircraft Corporation Rússia.

As partes concordaram em desenvolver tanto uma versão de um lugar (monoposto) e uma versão de dois assentos do avião (biposto), em 2016, concentrando-se na versão monoposto nos estágios iniciais de desenvolvimento.



A nova aeronave provavelmente será baseada no protótipo do caça de quinta geração T-50, que já fez vários vôos de teste e é esperado para se juntar à Força Aérea Russa em 2015.



A Rússia tem desenvolvido o caça de quinta geração desde 1990. O protótipo atual, conhecido como T-50, foi desenhado pelo gabinete de projeto da Sukhoi e construído numa fábrica em Komsomolsk-on-Amur, no Extremo Oriente da Rússia.



As autoridades russas já saudaram o caça como um “um avião exclusivo”, que combina as capacidades de um caça de superioridade aérea e aeronave de ataque.


Olha  ex-ministro Mangabeira  Unger assinou um tratado de intenções para desenvolver esta aeronave junto com Rússia e India.
 
Mas agora não sei com o tratado com os franceses , como se encaminhará este projeto com o Brasil.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

SATELITE BRASILEIRO

Oi negocia com o governo parceria em satélite militar




Lula se entusiasma com o projeto, cujo custo estimado é de R$ 710 mi. Planalto vê negociação com bons olhos pelo fato de ela envolver uma empresa nacional de telecomunicações



ELVIRA LOBATO e VALDO CRUZ



Depois de ressuscitar a Telebrás para gerir o Plano Nacional de Banda Larga, o governo Lula estuda parceria com a Oi para lançar um satélite brasileiro de uso militar e comercial com custo estimado em US$ 400 milhões (em torno de R$ 710 milhões).



O projeto foi apresentado ao presidente Lula pelos acionistas controladores da Oi, os empresários Carlos Jereissati, do Grupo La Fonte, e Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez. O presidente gostou da ideia, e a Casa Civil pretende estudar o projeto.



De acordo com um auxiliar de Lula, o tema será analisado por uma comissão interministerial e é "natural" fechar a parceria estratégica.



Segundo relato de assessores presidenciais, há pontos que recomendam a parceria: o custo elevado e o fato de que um satélite de uso exclusivo da União ficaria ocioso.



Além disso, como a Oi é nacional, o governo vê a parceria com mais simpatia do que se a espanhola Telefónica e a mexicana Embratel estivessem envolvidas.



Pela proposta da tele, seria criada uma empresa para gerenciar o projeto. A União e a Oi teriam 50% cada uma na sociedade. O prazo de desenvolvimento, fabricação e lançamento do satélite é de cerca de dois anos e meio.



Os empresários argumentaram com o presidente que ter um satélite controlado por capital brasileiro é questão de soberania nacional.



Disseram ainda que todos os satélites considerados brasileiros, que ocupam posições orbitais pertencentes ao Brasil, são controlados por empresas de capital estrangeiro, e que, na eventualidade de uma guerra, os militares não teriam controle físico sobre os equipamentos.



Desde a privatização da Embratel, em 1998, os militares reivindicam algum controle sobre os satélites que fazem as comunicações sigilosas das Forças Armadas.



O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, confirmou que a empresa propôs parceria ao governo para um satélite de uso civil e militar.



"O principal fator para viabilidade de um satélite é haver demanda para ocupar sua capacidade. Os dois maiores consumidores de serviços de satélite no Brasil são a Oi e o governo. Por que não nos juntarmos e tirarmos proveito disso?", disse Falco.



A tele é fruto da compra, pela Telemar, da Brasil Telecom, fusão estimulada pelo próprio Lula, que chegou a mudar a lei para viabilizar a operação, dentro da estratégia do governo de ter no país uma grande empresa nacional de telecomunicações.



A Oi, por sinal, aproveitou o momento de disputa no mercado entre a Telefónica e a Portugal Telecom pela Vivo (maior operadora de telefonia celular do país, em número de assinantes) para pedir tratamento diferenciado ao governo Lula.



Militares e órgãos defendem equipamento próprio



O lançamento de um satélite de controle totalmente nacional é defendido dentro do governo não só pelos militares, mas também por órgãos que cuidam de dados sigilosos, como Banco Central e Receita Federal.



No governo, é considerado delicado o fato de informações do Banco Central, enviadas de Brasília para Manaus, por exemplo, terem de passar antes por Miami (EUA).



A proposta de lançar um satélite brasileiro consta da "Estratégia Nacional de Defesa", documento que norteará o debate sobre o tema.



Hoje, nove satélites ocupam posições orbitais registradas em nome do Brasil na UIT (União Internacional de Telecomunicações, órgão da ONU). Seis são da Star One.



A Oi é acionista minoritária (20%) em dois satélites: os Amazonas 1 e 2, pertencentes à Hispamar, controlada pela espanhola Hispasat, da qual a Telefónica é acionista.

O nono é o Estrela do Sul, que tem controle canadense.



As comunicações militares são transmitidas pelos satélites Star One 1 e 2. A Folha apurou que os militares confiam no sigilo do serviço da Embratel, mas querem ter acesso físico ao satélite.



O Ministério da Defesa tem um contrato com a Star One de R$ 12,5 milhões por ano, mas a demanda aumentaria no novo satélite, que controlaria ainda o tráfego aéreo.



Além do projeto do satélite militar e comercial, a Oi pleiteou autorização para oferecer o serviço de TV a cabo, vetado pela legislação brasileira. A Lei da TV a cabo não permite que concessionárias de telefonia fixa local, como Oi e Telefónica, ofereçam TV por assinatura a cabo dentro de sua área de concessão.

ODEBRECHT MILITAR

A organização Odebrecht e o conglomerado europeu EADS DS - Defence & Security, anunciaram esta manhã, em Munique, na Alemanha, a criação de uma joint venture destinada a operar junto às Forças Armadas, organizações governamentais e indústrias nacionais, além de mercado exportador. A nova empresa será instalada em São Paulo.




É um acordo de gigantes - a Odebrecht é um dos três maiores grupos empresariais do País e a EADS é a segunda maior corporação do mundo no campo de Defesa, produtos e serviços militares. De acordo com o superintendente da Odebrecht Industrial, Roberto Simões, "a EADS DS é um parceiro com amplo interesse em transferência de tecnologia avançada".



Simões destacou as capacidades da Odebrecht em projeção geopolítica, marketing internacional e ações comerciais de grande porte."É também uma plataforma de exportações de olho no futuro", disse, lembrando que a EADS pretende ter uma forte atuação - inclusive de produção - fora da Europa até 2020.



O valor do investimento inicial da joint venture será definido até o dia 15 de julho, da mesma forma que a nova marca.



O presidente da EADS DS, Stefan Zoller, disse que o negócio "é a comprovação de nosso compromisso com o Brasil no sentido de criar uma base industrial local por meio de uma cooperação de longo prazo que inclui a transferência de tecnologias".



Os dois parceiros mantém importantes contratos no Brasil no campo da Defesa. A EADS vai fornecer 51 helicópteros pesados para a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. Todos serão produzidos na fábrica da Helibrás, em Itajubá (MG). O contrato é da ordem de R$ 1,8 bilhão. A Odebrecht é a parceira dos armadores franceses DCNS no programa Pro Sub, do qual resultarão um estaleiro, uma base naval, quatro submarinos Scorpéne, de propulsão diesel-elétrica e um submarino nuclear - um pacote de cerca de 6,7 bilhões de euros.

CONFERÊNCIA DOS DOADORES DE FUNDOS PARA O HAITI

O Brasil preside a Conferência dos Doadores por um Novo Futuro do Haiti que começa nesta quarta-feira na sede da ONU, em Nova York, com o objetivo de levantar US$ 3,8 bilhões para a reconstrução do país. A reunião foi convocada pela ONU e pelos Estados Unidos, ao lado de Canadá, França, Espanha e representantes da União Europeia.



O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o subsecretário geral para América do Sul, embaixador Antônio Simões, chegaram terça-feira a Nova York para participar da conferência e de reuniões bilaterais com os chanceleres de Japão e Canadá, com a diretora geral da Unesco, Irina Bokova, e a administradora do PNUD (Programa da ONU para o Desenvolvimento), Helen Clark, entre outros.



Na parte da manhã, além de depoimentos dos setores públicos, privados, não-governamentais e multilaterais, o primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, vai apresentar o Plano de Ação para a Recuperação e Desenvolvimento do Haiti. A partir desse documento, na parte da tarde, a comunidade internacional, inclusive o Brasil, vai anunciar com quanto deve contribuir.



A conferência marca a segunda fase da operação de auxílio ao país devastado por um terremoto que deixou mais de 200 mil mortos em 12 de janeiro. A primeira fase, de assistência emergencial, conseguiu arrecadar US$ 1,2 bilhão e, desse valor, boa parte já foi aportada.



Passo certo



A ONU e os Estados Unidos esperam que os doadores ofereçam recursos significativos, disse a correspondente da BBC na ONU, Barbara Plett.



O coordenador de ajuda humanitária da ONU, John Holmes, disse que é crucial acertar neste primeiro passo para a reconstrução do Haiti.



"Deve haver um plano claro de ação e uma visão clara de como o Haiti vai ser reconstruído, e que seja endossado pela comunidade internacional", afirmou.



"A promessa desses fundos para o futuro imediato é muito importante como sinal da disposição da comunidade internacional em realmente oferecê-los."



Todo mundo está ciente de que bilhões de dólares em ajuda não resolveram os problemas do Haiti no passado, disse Plett. Para que isso surta um efeito, há uma intenção de se fortalecer as instituições fracas e corruptas do governo.



Missão da ONU



Criada em 2004 pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, a MINUSTAH contava com a participação de 47 países, dos quais o Brasil era o maior contribuinte de tropas (com 1.266 efetivos militares). Quinze dias após o terremoto, os Estados Unidos enviaram cerca de 10 mil militares – um número que surpreendeu as tropas brasileiras. Na época, Amorim negou que houvesse algum tipo de "disputa" entre Brasil e Estados Unidos quanto à liderança na recuperação haitiana. O Congresso Nacional aprovou então o envio de 900 novos efetivos militares e outros 400 de reserva.



No dia 11 de março, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou que o general brasileiro Luiz Guilherme Paul Cruz substituiria o general, também brasileiro, Floriano Peixoto, no comando da MINUSTAH.



O Brasil garantiu, por meio da Medida Provisória 480/2010, R$ 340 milhões em recursos suplementares e já transportou mais de mil toneladas de alimentos, água e remédios ao Haiti. Além disso, doou US$ 17 milhões a organizações internacionais presentes no Haiti como PNUD, FAO .

BOLIVIA COMPLICADA

O pré-candidato à Presidência, José Serra (PSDB), disse,  que a Bolívia é "cúmplice" do narcotráfico e faz "corpo mole" na fiscalização. Em reação, o governo boliviano atribuiu às críticas intenções eleitoreiras.




Documentos oficiais produzidos pelo governo durante a gestão do presidente Lula reforçam a acusação de José Serra (PSDB) contra o governo da Bolívia.



O pré-candidato acusou o governo boliviano, na última quarta-feira, de ser "cúmplice" dos traficantes que enviam cocaína para o Brasil. Em reação, a rival petista Dilma Rousseff disse que Serra "demoniza" a Bolívia.



Dados colecionados pelo governo, porém, avalizam a versão do tucano.



Sob condição de anonimato, uma autoridade da Divisão de Controle de Produtos Químicos da Polícia Federal falou à Folha que, segundo relatórios oficiais da PF, 80% da cocaína distribuída no país vem da Bolívia -a maior parte na forma de "pasta". O refino é feito no Brasil.



Para a PF, a evolução do tráfico revela que há "leniência" do país vizinho. Serra usara uma expressão análoga: "corpo mole".



A PF atribui o fenômeno a aspectos culturais, pois o cultivo da folha de coca é legal na Bolívia. O produto é usado de rituais indígenas à produção de medicamentos. Seu excedente abastece o tráfico.



ITAMARATY



Num documento endereçado à Comissão de Relações Exteriores da Câmara, em 2007, o Itamaraty disse que, "entre 2005 e 2006, a área de produção de folha de coca na Bolívia cresceu de 24.400 para 27.500 hectares".



Também informa que, sob o governo de Evo Morales, adotou-se tanto uma política de combate ao narcotráfico quanto de "valorização" da folha de coca.



Segundo o Itamaraty, uma delegação de brasileiros e chilenos foi à Bolívia, em junho de 2007, para reunião com autoridades locais. "Sem resultado", diz o texto.

Sob Lula, realizou-se um esforço para reativar, sem sucesso, as comissões mistas antidrogas Brasil-Bolívia.



Em setembro de 2008, o Itamaraty enviou à Câmara uma atualização do relatório assinado pelo chanceler Celso Amorim. No tópico sobre drogas, ele afirma que a ONU "divulgou relatório que indica aumento na produção de coca na Bolívia pelo quinto ano consecutivo".



Em outubro de 2008, Morales expulsou da Bolívia cerca de 20 agentes do departamento antidrogas dos EUA que ajudavam no combate ao tráfico. O pretexto foi a acusação de que a DEA (agência americana antidrogas) realizava espionagem.



A Bolívia firmaria, dois meses depois, um acordo com o Brasil, segundo o qual a PF passaria a atuar na Bolívia no combate ao tráfico de cocaína e armas. Diz a PF que o acordo esbarra até hoje em entraves financeiros. La Paz deseja que Brasília arque com os custos.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

HOLANDA NA SELVA AMERICANA

A Holanda saiu do Suriname em 1975, mas um dia no mês passado parecia que nunca o havia deixado, enquanto o sargento-major Bart Cobussen explicava técnicas de matar na selva do Suriname para dois pelotões holandeses acampados aqui.




"Para começar, vocês precisam ser sujos, fedorentos e dormir em um lugar muito desconfortável", disse Cobussen, 47, que dirige o curso de guerra na selva do Corpo Real de Fuzileiros Navais da Holanda. "O Suriname é o lugar perfeito para alcançar essas condições, colocando-nos em belas atividades como patrulha, emboscada e seis dias de tiroteios ao vivo."



Essas atividades podem parecer bonitas para os fuzileiros holandeses, mas no Suriname ainda provocam suspeitas sobre as intenções da antiga potência colonial. Depois de uma visita este ano do ministro da Defesa holandês, Eimert van Middlekoop, jornais da capital, Paramaribo, especularam erroneamente que a Holanda estava planejando estabelecer uma base militar no país.



Em um esforço para afastar esses boatos, os fuzileiros holandeses organizaram o que eles chamaram de "dia VIP", convidando autoridades de alto nível dos militares locais, alguns embaixadores estrangeiros e até alguns jornalistas para informá-los sobre seu curso de guerra na selva.



"Não temos absolutamente qualquer agenda secreta no Suriname", disse a embaixadora holandesa, Tanya van Gool, aos convidados na viagem ao encontro dos fuzileiros navais. "Algumas pessoas acham que estamos montando uma base ilegal. Definitivamente não estamos."



Os VIPs (e os nem tanto), que incluíam os embaixadores da China, França e Indonésia, chegaram ao local todos concordando em uníssono.



Mas alguns murmuraram perguntas entre si enquanto o ônibus chacoalhava pela estrada esburacada de Paramaribo a Pikin Saron. Por que os holandeses, aparentemente tão amantes da paz, estão preocupados com a guerra na selva? Por que no Suriname, um dos países menos conhecidos da América do Sul? E como é o curso, afinal?



As respostas, quando elas vieram de Cobussen e outros militares holandeses, foram uma janela sobre as relações da Holanda com o Suriname e o caminho às vezes árduo enfrentado pelos holandeses para tentar parecer uma nação pós-colonial culturalmente sensível.



Esforçando-se para manter total transparência, os instrutores da marinha mandaram seus soldados construir uma sala de aula ao ar livre com madeira velha em uma clareira na floresta tropical. De um púlpito modesto, eles envolveram os visitantes em uma animada discussão sobre o que os trouxe aqui.



"Cerca de 70% dos conflitos mundiais nos últimos 30 anos ocorreram em áreas de selva", disse o major Eric Piwek, 34, que trouxe a 31ª Companhia de Infantaria de Fuzileiros-Navais holandeses de sua base nas Antilhas Holandesas. "Portanto, devemos estar preparados para entrar nesses lugares infelizes para ajudar a solucionar as coisas."



Endurecer os militares holandeses para missões no exterior tornou-se uma prioridade depois que tropas holandesas que serviam com a ONU em Srebrenica, na Bósnia-Herzegovina, foram amplamente acusadas de não impedir os sérvios de massacrar cerca de 8 mil bósnios muçulmanos em 1995.



Desde então o governo holandês enviou tropas para o Afeganistão, a Etiópia e a Libéria. Em maio a Holanda deverá mandar cerca de 60 militares para o leste do Chade e a República Centro-Africana como parte de uma missão da UE para oferecer segurança aos campos de refugiados do Sudão.



Mas os embaixadores que caminhavam pela selva nessa recente manhã de terça-feira estavam concentrados em questões menos elevadas. Depois de ouvir que animais silvestres como macacos, porcos-do-mato e capivaras são comidos por tribos indígenas perto de Pikin Saron, o embaixador chinês, Su Ge, fez uma pergunta:



"Vocês caçam durante o curso?", perguntou Su, cujo país está construindo uma grande embaixada nos arredores de Paramaribo. Com certo embaraço, o oficial holandês respondeu afirmativamente, explicando que a caça é permitida mas somente durante a breve parte do curso que trata de sobrevivência.



Os holandeses não são os únicos europeus que aperfeiçoam suas técnicas de combate nesta parte da América do Sul. Na Guiana Francesa, aonde a França antigamente bania seus piores condenados, a Legião Estrangeira dirige sua própria escola de guerra na selva. Até começarem seu curso, alguns anos atrás, os holandeses mandavam alguns de seus soldados para lá.



Mas o treinamento com os legionários era diferente, com instruções em francês e saudações à bandeira francesa. "Os franceses faziam as coisas a sua maneira, bebiam seu vinho e comiam seu pão na selva", disse Cobussen, o instrutor do curso, com um ligeiro sorriso. "Nós preferimos aqui."



No Suriname, onde a Holanda permanece entre os principais doadores de ajuda, as tropas encontram a rara facilidade de falar sua própria língua, que ainda é a língua oficial. A Holanda paga ao governo do Suriname em equipamento como caminhões e barracas (nada de armas, por favor, enfatizam os holandeses) pelo direito de mandar 60 soldados para cá duas vezes por ano, por períodos de aproximadamente um mês.



Em uma medida dos desafios do curso, cerca de 10% desistem. Mas isto não é "Full Metal Jacket" (referência a "Nascido para Matar", filme de Stanley Kubrick). Para os que perseveram, os oficiais aliviam as coisas trazendo um capelão da marinha, o reverendo Fred Omvlee, cujos serviços giram em torno do repertório de gospel de Elvis Presley. Antes de terminar, as tropas também ganham uma folga de 48 horas, passada com estilo em um dos melhores hotéis de Paramaribo, o Torarica.



As autoridades militares do Suriname pareciam se divertir com a visita ao curso, um dia que culminou quando os embaixadores puderam disparar rifles de assalto M-16 contra alvos na selva. Os surinameses passaram a maior parte do dia conversando em português com o adido militar brasileiro, sendo sua fluência uma conseqüência dos cursos para oficiais no país vizinho.



De fato, os laços militares com a Holanda pareciam uma distração comparados com o treinamento no Brasil, a ajuda e o equipamento fornecidos aos militares locais pela China e um recente acordo com os EUA para testar veículos militares americanos no Suriname.



Entre baforadas de cigarro, o major R.J. Martopawiro, do exército surinamês, refletiu sobre o curso de guerra na selva como uma espécie de estranho legado dos fortes laços que o Suriname já teve com a Holanda. "Pensando bem", disse Martopawiro, "realmente não prestamos mais muita atenção nos holandeses."

MILITARIZAÇÃO DAS FRONTEIRAS

O presidente do Congresso do Paraguai, senador Miguel Carrizosa, vai pedir formalmente ao presidente Fernando Lugo a militarização de Pedro Juan Caballero, capital do departamento (Estado) de Amambay. O anúncio, reproduzido ontem no jornal local La Nación, foi feito por Carrizosa anteontem, após visita ao senador Robert Acevedo, alvo de um atentado a tiros na cidade na segunda-feira.

“Solicitaremos ao presidente Lugo a militarização de Pedro Juan Caballero”, afirmou. A cidade faz fronteira com a brasileira Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. De acordo com Carrizosa, é preciso tomar essa atitude, pois a onda de violência “ultrapassou os limites”.



Na manhã de ontem, policiais paraguaios detiveram dois brasileiros na cidade de Pedro Juan Caballero, informou a edição online do diário paraguaio ABC. Segundo o jornal, Josué dos Santos e Daniel dos Santos podem ser integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa paulista. Eles dirigiam um automóvel Gol, de cor branca, e pretendiam chegar à casa de um suposto traficante.



Anteontem, a polícia prendeu os outros dois brasileiros, Nevailton Marcos Cordeiro e Eduardo da Silva, como suspeitos pelo ataque e também possíveis membros do PCC. No atentado que feriu Robert Acevedo, um motorista e um guarda-costas morreram. “É preciso reduzir o alto índice de insegurança na fronteira, isso é categórico”, disse Carrizosa. Ele estava com o também senador Alberto Grillón, ambos acompanhados por um forte aparato de proteção policial.



Amambay é um dos cinco departamentos paraguaios onde vigora o estado de exceção, que vigora desde sábado para facilitar que as forças oficiais persigam e prendam membros do grupo Exército do Povo Paraguaio (EPP), guerrilha responsabilizada por atentados e sequestros no país.



VISITA



Também ontem, o presidente Fernando Lugo visitou o senador Robert Acevedo. Lugo prometeu investigar o que chamou de “um atentado contra o Estado”, além de aumentar a segurança na cidade de Pedro Juan Caballero. As informações foram repassadas pelo próprio senador paraguaio, por telefone.



Acevedo está internado na clínica San Lucas e aguarda nova avaliação médica para receber alta médica – o que pode acontecer hoje. A unidade de saúde está fortemente protegida por forças de segurança do Paraguai.



Dependendo de seu estado de saúde, Acevedo disse que pretende participar do encontro entre o presidente paraguaio e seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 3 de maio, em Ponta Porã, na fronteira entre os dois países. Fernando Lugo prometeu aumentar a segurança na cidade com o envio de cerca de 150 soldados

OS GRIPENS

 Na coletiva de imprensa com a presença do Secretário de Estado da Defesa da Suécia, Håkan Jevrell, e do diretor geral da Gripen/ Saab no Brasil, Bengt Janér no ano passado , em agosto.



A Suécia não busca um comprador, a Suécia procura uma parceria estratégica. Uma parceria baseada em uma cooperação de longo prazo para o benefício das futuras gerações do poder aéreo e do desenvolvimento industrial.



Acreditamos que temos a proposta mais vantajosa, quer no preço quer na transferência de tecnologia, baseada em uma cooperação de longo prazo. A Suécia e a Saab, juntamente com os brasileiros, irão desenvolver uma aeronave para o mercado mundial, e o governo sueco apoia totalmente esta parceria.



Somos os únicos que podem oferecer ao Brasil a oportunidade única de participação em um programa de desenvolvimento de uma caça supersônico, possibilidade impossível para os nossos concorrentes. Esta parceria com a Embraer está incluída na oferta do Gripen NG para o Brasil. Nossa proposta inclui a instalação de uma linha de montagem do Gripen NG na Embraer, sem qualquer custo adicional. O primeiro Gripen NG brasileiro será construido no Brasil.



Esta é realmente nossa proposta e não apenas a subcontratação e montagem parcial, como por exemplo, os concorrentes tem oficialmente declarado.



A proposta da Suécia é a que oferece mais oportunidades de emprego no Brasil, pois é baseada no desenvolvimento e construção conjunta.



Somente o desenvolvimento conjunto fornece a verdadeira transferência de tecnologia e somente a Suécia pode oferecer um programa de desenvolvimento conjunto com a total e transparente transferência de tecnologia. Isto dará a capacidade ao Brasil de concepção, fabricação, modificação e atualização de todas as áreas críticas do Gripen NG. Significa, também, a possibilidade para o Brasil vender, de forma independente, o Gripen NG para a América Latina e outros países com os quais possua influência no mundo inteiro.



A Suécia possui um irreprensível histórico de parcerias com outros países, que é facilmente verificável, em relação a preços, qualidade de produto e transferência de tecnologia. A nossa oferta é totalmente viável sob o ponto de vista econômico e técnico.



A Saab é renomada por entregar o que promete na data correta e na qualidade esperada.



O mais importante da nossa oferta é o conteúdo da parceria, a aquisição de novos conhecimentos para o desenvolvimento de um avião de caça.



A adesão ao desenvolvimento conjunto do Gripen NG é uma oportunidade única para o Brasil adquirir habilidades e conhecimento para operar um caça de forma autônoma e independente. Isto é investimento para o futuro.



Estamos também pesquisando sobre como resolver a necessidade de treinamento de futuros pilotos na Suécia, bem como a forma de melhorar o nosso avião de transporte C-130 e, eventualmente, no futuro, substituí-los. Isto, obviamente, poderá gerar outras formas de cooperação quando sabemos que a Embraer possui produtos como o já testado Super-Tucano e o projeto KC-390.



Independência

A Suécia destaca-se como uma alternativa independente por não ser um país militarmente alinhado. Possuímos tecnologia de ponta e estamos abertos à cooperação mútua. Estamos oferecendo a possibilidade do Brasil de ter a sua própria indústria de aviões supersônicos de combate, algo que os outros países não podem oferecer. A oferta da Suécia dá ao Brasil uma alternativa independente e flexível para o desenvolvimento de suas futuras forças da Defesa. A Suécia e a Saab estão 100% comprometidas com a transferência de tecnologia.



O governo da Suécia e a Saab garantem a transferência de tecnologia de forma completa e transparente. Todas as tecnologias-chave estão sob controle sueco e a Saab possui todas as autorizações necessárias por parte do governo sueco para apresentar a sua proposta. Nós não usamos caixas pretas no que diz respeito à transferência de tecnologia. Estamos habituados a cooperar com os nossos parceiros para desenvolver a aeronave. E uma de nossas vantagens é saber adaptar as aeronaves para as necessidades de cada cliente.



O governo sueco não imporá nenhuma restrição no uso e contará com o governo brasileiro no que diz respeito ao acompanhamento ao certificado de usuário final. Um ponto forte do Gripen NG é o fato de que será desenvolvido de acordo com as necessidades do comprador. E nós não faremos quaisquer restrições à transferência de tecnologia e atenderemos a demanda do governo brasileiro para que possa estar apto e fabricar os futuros modelos de aviões de combate.



Há um forte compromisso político do governo sueco de que o contrato assinado e subseqüentes entregas, incluindo todos os software, hardware, códigos-fonte, etc, serão aprovados para o Brasil.







O único subsistema principal norte-americano presente no Gripen NG é o motor, item mecânico capaz de funcionar durante o ciclo de vida por meio da compra antecipada de peças de reposição, se necessário. O motor, de fato, é basicamente um motor comercial sem nenhuma tecnologia sensível, e é o mesmo motor que os Estados Unidos ofereceram ao Brasil no F-18 Hornet.



Alega-se que a desvantagem do Gripen NG Brasil é o fato de ter um motor. Nós consideramos que, pelo contrário, é uma grande vantagem.



1.É um avião mais leve que mantém os custos do ciclo de vida e custos operacionais muito baixos.

2.Nos tempos atuais não tivemos nenhuma falha de motor com o Gripen mesmo após 120.000 horas de voo.

3.Tanto o F-16 com 5000 caças vendidos e o JSF possuem um motor. Entendemos o caça com um motor como o futuro.

Não é correto a informação que Gripen NG possui 47% de componentes americanos. A Suécia e a Saab controlam toda a tecnologia sensível do Gripen NG. O único componente americano é o motor, que é basicamente um motor comercial e o mesmo que foi oferecido a vocês pela Boeing no F18 Hornet.

Gripen NG Brasil

O Gripen será a espinha dorsal da defesa sueca para, pelo menos, os próximos 30 anos. Estamos atualmente atualizando nossa frota com os modelos Gripen C/D que substituiram alguns poucos modelos A/B da geração anterior.



Para ser capaz de desenvolver o Gripen C/D às necessidades das próximas décadas, o Parlamento decidiu e investiu em um programa, o programa “Demonstrador” para encontrar as melhores soluções para as necessidades futuras. O avião existe e os testes de vôo feitos até agora têm sido muito bem sucedidos. O Gripen NG é baseado neste Demonstrator . Seu alcance será muito maior do que das atuais aeronaves Gripen C/D; terá mais capacidade de carga e um melhor sistema de radar, para mencionar algumas melhorias. Nós mesmos utilizaremos o Gripen NG.



O governo sueco está dando total apoio a esta oferta da Gripen NG feita ao Brasil, uma vez que nós mesmos temos interesse neste produto, que convidamos o Brasil para participar do seu desenvolvimento e produção de forma conjunta.



O demonstrator Gripen NG já está voando e com excelentes resultados. É a base para o Gripen NG.



Uma aeronave de caça é um conjunto de sistemas, e na maneira atual de desenvolvimento de aeronaves, é natural que diferentes tipos de sistemas, subsistemas, e componentes sejam testados antes que se decida o que melhor irá atender às suas demandas. Portanto, sob essa perspectiva, a versão NG final é uma oportunidade para o Brasil e para a Suécia decidirem sobre o que irá atender as necessidades específicas, sob a ótica dos seus requisitos operacionais Mas o fator mais importante na criação de aeronaves modernas é o conhecimento e habilidade para integrar, validar e aplicar um sistema de sistemas. Essa habilidade está baseada em uma experiência de mais de 100. 000 horas de vôo com o Gripen e com outros bem-sucedidos caças suecos ao longo dos anos. Nossa habilidade também é reconhecida por nossos concorrentes. Um exemplo são os testes de tiro com o novo míssel Meteor European BVR Air-to-Air, realizados com a aeronave Gripen em vez do Eurofighter.



Sabemos muito sobre integração de sistemas de aeronaves. Isto significa que diversos fornecedores podem oferecer os sistemas que comporão a aeronave. Nossos parceiros poderão escolher quais os componentes que serão incluídos em seus jatos de caça de acordo com suas necessidades. O radar é um bom exemplo: Embora haja poucos fornecedores no mercado, tivemos a possibilidade de escolher a melhor solução, em termos técnicos e econômicos, sem nenhum problema.



O Gripen tem uma reputação de entregar o que promete, e no prazo.



Temos um recorde de pontualidade na entrega da plataforma do jato de combate Gripen, não só para a Força Aérea Sueca, mas também para os nossos outros clientes estrangeiros. Não temos nenhuma preocupação com a possibilidade de atender os prazos do FX-2. Nós sabemos exatamente qual será o custo de seu desenvolvimento, de sua operação e de sua manutenção. O Gripen foi projetado para operar a partir de bases aéreas remotas e pode ser mantido por recrutas e poucos técnicos. Isto significa que esta é uma aeronave simples de manter, e que exige poucas pessoas para isso. Além dos fatores de ser uma aeronave mais leve, com apenas um motor, mantém o custo do seu ciclo de vida muito baixo. Uma vez que a Suécia sempre utilizou aeronaves de combate monomotoras, a Saab reforçou a confiabilidade e a segurança do motor e de seu sistema de apoio. Não temos casos de falhas de motores com as atuais aeronaves Gripen ou com seus antecessores. Nós sabemos exatamente quanto dos custos de aquisição, bem como dos custos do ciclo de vida (LCC) e estamos oferecendo a melhor relação custo-benefício. Esta avaliação é sempre feita por governos que buscam novas opções para a aviação militar. A longo prazo será muito lucrativo para o Brasil devido à cooperação industrial que estamos oferecendo.



O sistema Gripen tem um custo de aquisição, manutenção e operação significativamente mais baixo comparado aos custos conhecidos ou presumidos de qualquer outra aeronave de combate moderna. O Brasil terá condições de adquirir e operar o dobro de aeronoves Gripen NG do que com qualquer outro competidor, pelo mesmo custo, por um período de 40 anos. Nenhum caça concorre com o Gripen em termos de acessibilidade financeira.



O caça será competitivo e oferecerá a melhor relação custo-benefício. Estamos habituados a cumprir os acordos de transferência de tecnologia, porque os caças Gripen não são os únicos aviões de combate que já foram exportados pela Suécia. Com relação ao financiamento do programa FX-2, discussões frutíferas foram realizadas entre a SEFA, Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica, e autoridades suecas. Se a Saab AB for a escolhida como o fornecedor do programa FX-2, uma oferta de financiamento favorável será apresentada pela Swedish Export Credit Corporation SEK, corporação sueca de crédito de propriedade integral do Governo sueco, juntamente com a EKN, agência do governo sueco de crédito à exportação.

BASE AMERICANA EM SOLO BRASILEIRO (SONHO)

A Força Aérea do Pentágono ambiciona instalar uma base na costa do Nordeste brasileiro, perto do Recife, embora julgue difícil consegui-la devido ao "relacionamento político com o Brasil". A notícia veio à luz na esteira do anúncio da criação de três bases militares na Colômbia. O plano da base na capital pernambucana consta de um documento do Air Mobility Command (Comando Aéreo de Mobilidade) sobre estratégias de transporte militar.



Air Mobility Command (AMC), sediado em Illinois, é um dos Comandos-Maiores da Força Aérea Americana (Usaf). A aeronáutica é arma prioritária dos esforços de guerra do Pentágono desde a Guerra do Vietnã. O documento está no site da Universidade do Ar da Usaf. A especulação sobre uma base no Recife reacende um antigo interesse americano pelo papel estratégico do Nordeste brasileiro, que avança como uma cunha, dominando o Atlântico Sul.



"Zonas de Interesse" na "Guerra Global"



O texto traz a data de 4 de março de 2009, já na administração Barack Obama; mas considera que desde o 11 de Setembro de 2001 os Estados Unidos estão em "Guerra Global Contra o Terror" (chamada, familiarmente, pela sigla em inglês, Gwot) e trabalha com a Estratégia de Segurança Nacional elaborada pelo governo George W. Bush. Seu foco é um plano estratégico de mobilidade militar aérea, que cobre todo o planeta e tem abrangência té 2005.



Segundo o Comando Aéreo, as "zonas de hostilidade ou instabilidade" no mundo, que constituem "Zonas de Interesse" do Pentágono são: Oriente Médio, Sudeste Asiático, Coreia, África, Eurásia e Indonésia. Veja a figura 1, reproduzida do documento Global en route strategy, do Air Mobility Command.



Problemas no no flanco sul-atlântico



Todas as zonas citadas ficam distantes do Brasil. Mas logo se verá que, na cabeça dos generais americanos, as rotas até elas podem passar, por exemplo, pelo Aeroporto Internacional do Recife.



Os estrategistas do Comando Aéreo trabalham com duas rotas de acesso às "Zonas de Interesse", pelos oceanos Atlântico e Pacífico. A primeira delas tem à sua disposição, ao norte e ao centro, as numerosas bases da Otan na Europa. O texto elogia em especial as virtudes "únicas" da Base Naval de Sigonella, na Sicília.



Mas a variante sul tem problemas: conta apenas com a base anglo-americana na minúscula Ilha de Ascensão (900 habitantes), no Atlântico Sul, e a base de Camp Lemonier, no Djibuti, pequeno país de meio milhão de habitantes no nordeste africano, às margens do Mar Vermelho, única infraestrutura permanente que o documento adota em todo o Continente Negro.



A dificuldade no flanco sul-atlântico conflita com o "novo paradigma" de guerra aérea ("não linear e não contíguo", ao contrário da Guerra Fria), que "aparentemente será muito mais exigente em mobilidade aérea para deslocamentos, abastecimento e manutenção".









Conforme o documento, o avião prioritário para essa função será o C-17 Globemaster. Este tem raio de ação de 3.700 quilômetros, ou 6.500 km numa viagem "ponto a ponto" (sem precisar retornar à mesma base). Isto permite alcançar a maior parte do mundo, a partir do território dos EUA, com exceção da parte sul da Ásia, da Oceania e do sul-sudeste da África [figura 1]. É onde a América do Sul entra no documenro da Usaf.



Queixa sobre "relação política com o Brasil"



"Incluir a América do Sul em uma estratégia de rotas globais cumpre dois objetivos: ajuda a efetivar a estratégia de engajamento da região e auxilia na mobilidade da rota para a África. Infelizmente, uma estratégia de engajamento sul-americano que inclua facilidades aeroportuárias não está disponível", lamenta o documento.



O Air Mobility Command refere-se à base de Palanquero (uma das três cedidas dias atrás pelo governo colombiano de Alvaro Uribe) como uma "locação de segurança cooperativa". Destaca que a partir dela "cerca da metade da América do Sul pode ser coberta por um C17 sem necessidade de reabastecimento". Agrega que "com reabastecimento de combustível disponível no destino, um C17 pode cobrir toda a América do Sul, exceto a região do extremo sul do Chile e Argentina".



Também são citadas as bases já existentes em Porto Rico e nas Ilhas Virgens, no Caribe. Ambas não dependem de acordos internacionais, pois trata-se de territórios sob controle dos EUA.







Surge então o problema: nenhuma delas permite que os C-17 chegue à base de Ascenção, porta de entrada para a África. "O Comando Sul dos EUA, na tentativa de obter acesso à África, colocou que Caiena, na Guiana Francesa, poderia servir como uma possível base. O Comando também considerou o acesso ao Aeroporto do Recife, Brasil", diz o documento.



"No entanto, a relação política com o Brasil não tende aos necessários acordos", diz o texto. Queixa-se ainda de que a distância entre o Recife e a grande base aérea americana de Charleston, na Carolina do Sul, chega a 7.600 km, fora do alcance dos C17, o que exigiria outra escala.



O precedente da Base de Natal



A ducha fria sobre a "relação política com o Brasil" não leva o Air Mobility Command a descartar a "hipótese". O último capítulo do texto, Chaves do sucesso, diz que "uma estratégia de engajamento diplomático de longo alcance é necessária para garantir a habilidade de perseguir esta estratégia". E volta a citar a América do Sul, aventando o possível uso de aeroportos comerciais da região por aviões da Usaf.



"Finalmente, a estratégia não pode ser estática", adverte ainda o documento. Recomenda a respeito que o Air Mobility Command promova a cada dois anos "uma ampla revisão" da temática, optando entre prossegui-la, introduzir ajustes ou modificá-la por completo.



Caso a hipotética base americana no Recife viesse a se instalar, não seria a primeira. Os EUA já tiveram uma base aérea, em Natal (RN), motivados pela mesma condição nordestina de cunha do Atlântico Sul, embora com curta duração.







A base foi implantada em 1942, como parte das operações da 2ª Guerra Mundial, em que os EUA e o Brasil compuseram o bloco dos Aliados contra o Eixo nazifascista. A base foi partilhada entre a FAB e a Usaf, que operava o seu setor leste. Além das missões de patrulha no Atlântico Sul, os americanos montaram através dela uma verdadeira ponte-aérea para o norte da África, a fim de abastecer as tropas aliadas.



Quando a 2ª Guerra acabou, o Pentágono bem que tentou permanecer em Natal. Mas a aliança antinazista cedera lugar à Guerra Fria e os brasileiros logo mudaram de opinião sobre a base. Os militares americanos reclamavam que eram hostilizados em brigas de rua (o que ocorria também no Rio, quando aportavam navios de guerra dos EUA), sutilmente estimuladas pelos comunistas e outras forças incomodadas por aquela presença militar estrangeira em tempo de paz. Meses depois a Usaf se foi e toda a base passou a pertencer à FAB.



Outro episódio, mais recente (embora apenas indiretamente ligado a esforços de guerra), envolveu a base brasileira de Alcântara, no Maranhão. O governo Fernando Henrique Cardoso havia proposto o uso da base por foguetes americanos e a proposta já tramitava no Congresso. A retirada do texto do acordo foi uma das primeiras medidas de política externa do presidente Lula.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

MERCOSUL BOLIVARIANO

Nada contra a entrada da Venezuela no bloco do Mercosul – mas sim, contra a presença de Hugo Chaves, com seu discurso socialista bolivariano, como ele mesmo apregoa e o seu desejo incontido de se tornar o novo “napoleão dos tempos modernos”. Uma das maiores ameaças hoje à paz no continente.




E o recente caso do seqüestro e morte dos dez atletas Colombianos, em território venezuelano que ainda não está bem explicado?





E o fechamento dos principais meios de comunicação em seu país, simplesmente porque não conjugam o seu pensamento de esquerdista revolucionário? Um dos maiores crimes contra a democracia.





E os seus encontros com o presidente do Irã, outro débil mental que diz que não acredita nos horrores do holocausto e quer por que quer ter acesso ao gatilho de uma “bomba atômica”?





E a corrida armamentista que já se instalou no continente, com o Brasil abrindo licitações às pressas para comprar 36 aviões de combates e dois submarinos, um deles nuclear?





Segundo informações dos principais veículos de comunicação do país só com os recursos que serão gastos na compra desses equipamentos militares, que, aliás, é bom que se diga, se faz necessário para fazer frente ao poderio militar que o “bufão” Chaves vem realizando com o dinheiro do petróleo, daria para triplicar os investimentos em educação no país.





Só esses argumentos, seriam mais que suficiente para que os nossos nobres Senadores, que custam uma verdadeira fortuna para os cofres públicos, pagos pela sociedade civil organizada, darem um sonoro não à presença deste “bufão”. (a palavra “bufão” é definida pelo Dicionário Aurélio como uma pessoa fanfarrona, o bobo da corte que gosta de vangloriar-se).







E porque não disseram não a Hugo Chaves?





Por interferência direta do Presidente Lula e a sua base aliada, que apesar de estar realizando um trabalho muito acima do que se esperava, a exemplo de Chaves, também vêm estendendo o tapete vermelho para Mahmoud Ahmadinejad (que diz não acreditar no Holocausto --massacre que ceifou a vida de mais de seis milhões de pessoas), visitar o Brasil e disseminar suas idéias retrógradas em nome de uma futura cooperação econômica.





O mesmo Lula que abriu as portas da embaixada do Brasil em Honduras para Manuel Zelaya, que a exemplo do que fez Chaves queria convocar um plebiscito para mudar a Constituição, garantir sucessivas reeleições e se manter infinitamente no poder. O argumento é que se trata de um golpe militar – uma mentira deslavada porque quem destituiu Zelaya e colocou Migueletti no poder foi a Corte Suprema de Honduras – ou seja, o Poder Judiciário. Os militares simplesmente cumpriram ordens do Poder Judiciário, o que é comum em qualquer país democrático do mundo. O Brasil não deveria dar nem asilo político a Zelaya, deveria mandá-lo direto para Venezuela assessorar Chaves.



O fato concreto é que com essa decisão o Senado da República já antecipou as eleições presidenciais do próximo ano e mesmo com toda a popularidade que tem, vai ser difícil o presidente Lula convencer a parte pensante deste país que a guerrilheira Dilma, caso ganhe as eleições, não vá querer assumir a personalidade do presidente Hugo Chaves e transformar esse país numa “república bolivariana”, transformando o MST em milícia e colocando farda e armas nas mãos dos dirigentes deste movimento.

GUARANI BLINDADO BRASILEIRO

Lula manda fabricar 3 mil veículos blindados ao Exército.




Após o anúncio da compra de caças para a Aeronáutica e de submarinos para a Marinha, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou hoje que o presidente Lula autorizou o início da fabricação de 3 mil novos veículos blindados de transporte para o Exército.



“O presidente autorizou o início do projeto inicialmente chamado Urutu III, agora rebatizado Guarani, que vai substituir todo o sistema de mobilidade do Exército”, disse Jobim, após participar no Rio da troca do Comando de Operações Navais no Porta Aviões São Paulo.



De acordo com o ministro, serão investidos na construção dos Guaranis R$ 6 bilhões ao longo de 20 anos. Os veículos serão construídos pela fábrica Fiat Iveco, em Sete Lagoas, Minas Gerais.



A licitação foi vencida em 2007. Em abril, a fabricante apresentou uma maquete em tamanho real da viatura blindada na Feira Latin America Aero & Defense (LAAD), no Rio. O motor e 60% dos componentes serão nacionais para diminuir o custo de produção.



A previsão da Iveco é que a primeira unidade fique pronta em 2010 e que 16 veículos sejam testados até 2011. Os exames serão realizados no Centro de Avaliações do Exército (CAEx), localizado em Barra de Guaratiba, na zona oeste do Rio.



Os testes vão examinar a durabilidade do veículo, ergonomia e a blindagem estrutural para saber se o Guarani suporta explosões de minas terrestres, por exemplo.



Comparado ao EE-11 Urutu, modelo em uso hoje pelo Exército, o Guarani traria vantagens como proteção blindada superior, maior mobilidade, maior capacidade de transposição de trincheiras, maior capacidade de degrau vertical, ar condicionado, sistema de freio com disco duplo e ABS, GPS, sistema automático de extinção de incêndio .

UM ERRO ESTRATÉGICO IMENSO

A política dos EE.UU. na América Latina foi direcionada a criação de uma parceria com o Brasil. Da mesma forma que o governo Bush anteriormente, a administração de Obama vê o maior país da América Latina como uma superpotência emergente cujo dinamismo econômico e democracia relativamente estável o torna um aliado natural. Mas o potencial do Brasil tem sido freqüentemente superestimado no passado, um velho ditado diz que vai ser sempre o país do futuro. E esta semana o seu presidente popular, mas errático, Luiz Inácio Lula da Silva, está fazendo o seu melhor para provar a afirmação dos cínicos.




Na segunda-feira Lula literalmente deu um abraço de urso ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que assim registrou um grande avanço em seu esforço para impulsionar sua posição instável nas relações domésticas e internacionais. Liderando um regime extremista que é rejeitado pela maioria dos iranianos - e que acabou rejeitando a um acordo sobre o seu programa nuclear ilegal - O presidente iraniano saiu ao exterior em busca de amigos. Ele encontrou alguns: Gâmbia e Senegal, na África, e a Venezuela de Hugo Chávez, junto com dois de seus satélites, Bolívia e Nicarágua.



A turnê de Ahmadinejad no mundo teria siso vista como patética e serviria para sublinhar a crescente isolamento de seu grupinho linha-dura, se não fosse a acolhida calorosa do Sr. Lula. Quando até mesmo a Rússia está discutindo publicamente novas sanções contra Teerã, o governo brasileiro assinou 13 acordos de cooperação com o regime, o que levou o Sr. Ahmadinejad, a prever que o comércio bilateral iria crescer quinze vezes.



Lula não tinha nada a dizer sobre a sangrenta repressão do movimento pró-iraniano de reforma da democracia, ou a negação de Ahmadinejad sobre o Holocausto e o direito de Israel a existir. Em vez disso, ele declarou que o Irã tem o direito ao seu programa nuclear. Ahmadinejad, por sua vez, endossou a proposta do Brasil a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.



Lula mostrou ao Ocidente porque seria prudente manter essa cadeira em espera. Seus defensores dizem que ele convidou o presidente iraniano, porque ele aspira a paz no Oriente Médio. Se assim for, o presidente brasileiro simplesmente demonstrou a sua ignorância sobre a região. A facção da Guarda Revolucionária que Ahmadinejad representa, é a força mais implacável na oposição a um acordo árabe- israelense, é por isso que defende o terrorismo do Hamas e do Hezbollah. O abraço do Sr. Lula em Ahmadinejad não irá mudar seu fanatismo, mas pode torná-lo mais forte. Ele também irá assegurar que qualquer tentativa do Brasil para intervir no Médio Oriente vai ser dispensada por Israel e os principais governos árabes.



O Brasil já pode ter se tornado uma potência regional, as políticas nacionais sensíveis do Sr. Lula o tornaram mais forte. Mas se for para adquirir influência global, o Brasil terá que reformar o anacrônico terceiro-mundismo que demonstra a sua política externa. Ao abraçar párias, como Ahmadinejad ou a tentativa de se posicionar entre o Ocidente democrático e os Estados mais detestáveis e desonestos do mundo, o Brasil vai simplesmente garantir que continua ainda a ser o país do futuro.

UM FIASCO QUE BRASIL NÃO ESQUEÇERA JAMAIS.

Depois de atrito com EUA, Itamaraty experimentou fiascos na Cúpula Amazônica e na reunião da Unasul




Até o momento, a diplomacia brasileira em Honduras colecionou derrotas. Ao aderir à causa do presidente deposto, Manuel Zelaya, e abrigá-lo na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, o Itamaraty perdeu a oportunidade de liderar um processo que pusesse fim à crise política criada com o golpe que depôs o presidente em junho passado.



 O Brasil virou espectador de um processo erosão no apoio à ideia de que Honduras não deveria fazer eleições antes de devolver o poder a Zelaya.. O Itamaraty enviou  uma emissária a Washington para convencer a Casa Branca a apoiar uma proposta de adiamento das eleições. A proposta não teve resposta.


 Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República, critica a política diplomática do governo Barack Obama. O chanceler Celso Amorim foi obrigado a vir a público para atenuar as críticas que Garcia fizera à diplomacia dos Estados Unidos.



"GOLPE PREVENTIVO"



Diante da falta de apoio da Casa Branca e do crescimento do número de países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) que aceitam a legitimidade das eleições como solução para a crise hondurenha, Garcia disse que o governo Obama está "equivocado" e transformou-se em uma "decepção" pela forma como está se relacionando com os países latino-americanos.



Apesar da sessão panos quentes promovida pelo chanceler Amorim, Garcia voltava à carga  afirmando que a política americana para Honduras sinaliza que os EUA querem introduzir na América Latina o princípio do "golpe preventivo".



 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva contabilizou ainda o fiasco da Cúpula Amazônica, em Manaus, e do encontro da Unasul, em Quito. As duas reuniões foram esvaziadas pela ausência de chefes de Estado.



Na essência, lembra o cientista político americano David Fleischer, professor da Universidade de Brasília (UnB), a política externa do governo Lula tem sido coerente com a diplomacia de todos os outros governos anteriores. De acordo com ele, a diferença agora está "no fator Chávez".



"Por causa da agressiva atuação do presidente venezuelano, o Brasil, às vezes, é levado a reboque e obrigado a entrar onde não pretendia estar", disse Fleischer. A crise de Honduras expôs também as mudanças na condução da diplomacia brasileira, que agora fala em "atenuação do princípio da não-intervenção".



Um ministro da equipe do Planalto admitiu ao Estado que a orientação do Itamaraty é mesmo neutralizar as ações de Chávez quando elas levam a "um indesejável radicalismo". No caso de Honduras, o Brasil estaria assumindo a posição de "país moderado". O problema é que Zelaya é próximo de Chávez.

AUTOSUFICIÊNCIIA EM URÂNIO

 Em Caetité, no interior da Bahia, quebrou o recorde de extração de urânio em setembro. Foram 51 toneladas produzidas, cinco a mais que a antiga marca atingida em maio último. A expectativa é a de que até dezembro a produção anual também seja superada. Faltam cerca 46 toneladas para chegar à marca de 400 toneladas extraídas em 2008.




Segundo o presidente do Conselho Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCT), Odair Gonçalves, o Programa Nuclear Brasileiro (PNB) avança em um ótimo ritmo. “Estamos investindo muito na exploração do urânio e também em tecnologias para que o Brasil se torne auto-suficiente em produção e enriquecimento até 2014”.



Hoje, duas etapas do ciclo do combustível nuclear ainda não são feitas em território nacional. O minério extraído é enviado ao Canadá, onde é convertido para o estado gasoso, depois segue para a Europa para ser enriquecido e retornar ao Brasil. (Entenda o processo de fabricação do combustível nuclear *) Apesar de ser desenvolvido por mão-de-obra estrangeira, o Brasil detém a tecnologia para o ciclo do combustível nuclear, mas faltam equipamentos para atender a demanda industrial. “É um processo que sabemos e podemos executar, mas ainda não é rentável ao País”, explica Gonçalves.



A Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende (RJ), conta com dois conjuntos de centrífugas, conhecidos como cascatas, para enriquecer o urânio. A terceira cascata deve entrar em funcionamento em final de janeiro de 2010. Todas as cascatas de enriquecimento foram construídas pela Marinha do Brasil. *Os minérios que contêm o urânio são extraídos em Caetité, sudoeste da Bahia. Depois de passar por um processo de purificação, o urânio é separado do minério e concentrado sob a forma de um sal amarelo, conhecido como yellowcake. Depois desta primeira fase, duas etapas são realizadas fora do Brasil.



A primeira é no Canadá, o yellowcake é dissolvido e mais uma vez purificado, obtendo-se o urânio nuclear puro que será convertido para o estado gasoso (hexafluoreto de urânio). A segunda fase é feita em países da Europa, o urânio em gás é enriquecido e enviado em containeres à FCN. Já em solo nacional, o urânio enriquecido é reconvertido para a forma sólida e depois transformado em pequenas pastilhas. Com pouco menos de um centímetro de comprimento e de diâmetro, as pastilhas são colocadas em um conjunto de 235 tubos metálicos (varetas), formando o elemento combustível. Para ter idéia da capacidade desse combustível, duas pastilhas geram energia para manter funcionando por um mês uma residência média onde moram quatro pessoas.



O conjunto de varetas gera energia para 42 mil residências do mesmo porte. As varetas são enviadas às usinas Angra 1 e 2, em Angra dos Reis (RJ), que funcionam como centrais termoelétricas. O elemento combustível é aquecido, o calor liberado pelas pastilhas ferve a água de uma caldeira transformando-a em vapor que movimenta uma turbina. O movimento das hélices dá partida a um gerador que produz a eletricidade. Reservas de Urânio A extração anual de urânio ainda não alcança escala industrial. O volume produzido na mina de Caetité é suficiente para atender a demanda de Angra 1 e 2. O Programa Nuclear Brasileiro propõe que até 2030 de quatro a oito usinas nucleares, além de Angra 1, 2, e 3, sejam construídas.



Segundo o gerente da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) no nordeste, Hilton Mantovanni, a mina de Caetité, a única que extrai urânio na América Latina, tem capacidade para ser explorada por pelo menos 30 anos. Para atender a demanda das novas usinas do PNB, Caetité poderá extrair 1,2 mil toneladas de urânio a partir de 2017. “A mina tem um potencial muito grande. A cada dia encontramos novas anomalias que podem ser exploradas”, diz. Mesmo com a garantia de mais três décadas de produção, outra mina está em preparação em Santa Quitéria , no Ceará. Como se trata de uma jazida com predominância de fosfato, mineral que não faz parte do monopólio da União, a INB fez uma parceria com a empresa Galvani.



Ela será responsável por explorar o local. A empresa fica com o fosfato e repassa o urânio a INB. A expectativa é a de que a extração comece em janeiro de 2012. Nos primeiros anos, a produção anual da nova jazida vai girar em torno de 1,1 toneladas. Em 2017, esse número deve subir para 1,6 mil toneladas por ano. Com isso, a produção nacional de urânio pode aumentar 600% em oito anos. Novas usinas do PNB As novas usinas nucleares ainda não têm local definido para serem construídas, exceto Angra 3, que ficará no Rio de Janeiro.





O presidente do Cnen adianta que pelo menos uma usina será construída no Nordeste. “É preciso ter uma alternativa energética na região. Quando houve o apagão elétrico o Sudeste foi muito beneficiado. Angra 1 e 2 foram acionadas e ajudaram a suprir a demanda.”, explica Gonçalves. Juntas, Angra 1 e 2 geram cerca de dois mil megawatts de energia elétrica, quase metade do consumo do estado de Rio de Janeiro. “É muito melhor para o meio ambiente e mais barato usar a energia nuclear do que gás ou carvão. Em 2008, por exemplo, a segunda energia mais fornecida no Brasil foi a nuclear”, lembrou.



O presidente da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Alfredo Trajan Filho, estima que Angra 3 entre em operação em 2015. “A partir de 2019 a primeira usina do Programa Nuclear Brasileiro deve ser ativada, em 2022 a segunda, três anos depois a terceira usina e em 2027 a quarta usina. Se houver necessidade este período pode diminuir”, analisa Trajan. Segundo ele, o Brasil tem capacidade para atender toda a demanda de urânio do PNB, inclusive com sobra. O excedente pode ser exportado, mas a decisão política, a princípio, é não vender as reservas. Rejeito nuclear Com o aumento da produção e enriquecimento de urânio pelo PNB o volume de rejeito nuclear também deve aumentar.



O Brasil projeta um grande depósito para armazenar esse lixo nuclear. “Estima-se que o repositório definitivo construído pela Cnen armazene 60 mil m³ de rejeitos até 2060, uma quantidade muito pequena para um prazo muito grande”, diz o diretor do Centro Regional de Ciências Nucleares (CRCN/MCT), em Recife (PE), Ricardo Lima. O depósito definitivo está na fase de definição de conceitos e deve começar a receber os materiais nucleares até 2016. O local onde será construído ainda não foi definido. Segundo Lima, a escolha será técnica. “Muitos municípios já se ofereceram para receber o depósito, isso porque será pago royalts à cidade que receber a instalação. Mas, a escolha será técnica. Temos que avaliar as condições de cada município”, explica. Enquanto o depósito não entra em operação, o lixo nuclear produzido por Angra 1 e 2 é estocado em depósitos da Central Nuclear de Angra dos Reis.





“Todo rejeito nuclear produzido no Brasil tem “DNA, endereço e telefone”. Sabemos onde estão estocados e quanto tempo deve permanecer lá. É tudo muito seguro”, garante Lima. Existem três tipos de lixo nuclear. O lixo de baixa atividade é gerado na mineração e na fabricação do combustível – inclui papéis, panos, ferramentas, roupas, filtros e outros objetos que contêm pequenas quantidades de radioatividade. O lixo de média atividade inclui resinas, revestimento de metal do reator e outros materiais que contêm irradiação que levam um período um pouco maior para se descontaminar. Esses dois tipos representam 95% do rejeito nuclear que depois de um determinado período pode ser reaproveitado. O lixo nuclear de alta atividade produzido no Brasil é o elemento combustível usado. Ele contém cerca de 1/3 do urânio que sofreu a fissão nas usinas.





O rejeito nuclear de alta atividade também pode ser reaproveitado, mas ainda não é rentável. “Para reaproveitar este material é preciso ter demanda para isso. Hoje, produzimos este tipo de lixo nuclear em baixa escala por isso nem pensamos em reprocessar. Quando as outras usinas estiverem prontas vamos pensar nisso. Mas a decisão será do governo Federal”, diz o presidente da INB, Trajan Filho. Proteção ambiental Em Caetité, diversos programas ambientais e sociais estão em andamento para diminuir os impactos da extração. Há uma série de ações como a manutenção de um horto florestal com viveiro de mudas nativas e medicinais e reflorestamento. Uma área de 800 hectares está em fase de recomposição – a previsão é a de que sejam plantadas cinco milhões de mudas nativas da região. Além disso, os alunos de escolas da região participam de programas de educação ambiental, apoio a reciclagem e aproveitamento de materiais alternativos.

INTERESSES ATLÂNTICOS

Cada vez mais ativo na política externa, o ministro da defesa, Nelson Jobim, lançou uma ofensiva para assegurar os interesses brasileiros no Atlântico Sul, que considera ameaçados pela falta de regras internacionais claras para a exploração de recursos minerais na área.




Na próxima semana, Jobim viaja à África, para convencer governos locais a aliar-se ao Brasil na tentativa de influenciar na elaboração dessas regras. Sem uma ação urgente, o Brasil pode enfrentar problemas até em rotas comerciais de navegação no Atlântico, afirma o ministro.



Jobim se refere à região marítima conhecida como “Área” no jargão dos especialistas na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que abrange todos os recursos minerais (e biológicos) sólidos, líquidos ou gasosos no fundo do mar e no subsolo além das chamadas plataformas continentais jurídicas dos países.



A “Área” é patrimônio da humanidade, e sua exploração é controlada por um outro órgão da ONU, a Autoridade Internacional de Fundos Marinhos, ou Isba (de “Internacional Seabed Authority”), que concede uma espécie de licença para exploração de recursos minerais nesse espaço.



A Isba já firmou contratos de exploração com oito entidades privadas e governamentais para explorar ocorrências minerais, conhecidas como “nódulos polimetálicos”, em 30 blocos, espalhados por mais de 2 milhões de metros quadrados nos oceanos Pacífico e Índico.



Agora estuda a abertura de autorizações para pesquisas sobre outros recursos minerais de potencial econômico, conhecidos como “crostas cobaltíferas”e “sulfetos polimetálicos” - estes últimos geralmente associados a bactérias e outros micro-organismos que, segundo avalia o governo, podem ser, no futuro, fonte de exploração mais lucrativa que a dos minérios.



Em dois anos, a Isba deve terminar a regulamentação para exploração dessas crostas cobaltíferas e dos sulfetos polimetálicos, e começar a distribuir concessões com base nas pesquisas realizadas em relação a esses recursos, no Atlântico Sul, avisa Jobim. Ele teme as consequências econômicas e geopolíticas para o Brasil, caso o país não se prepare para a exploração dos recursos nessa região marítima.



“Se, em dois anos, não fizermos as pesquisas necessárias, perderemos a possibilidade de exploração de áreas muito próximas de nossa plataforma continental”, alarma-se o ministro. Como os blocos de exploração podem ter até 100 quilômetros quadrados, nos quais os concessionários têm direito a estabelecer “zonas de segurança” em torno dessas áreas, podem se criar entre o Brasil e os países do litoral ocidental africano, barreiras para o trânsito de embarcações, dificultando rotas marítimas de interesse do Brasil no Atlântico Sul, acredita Jobim. “Não estou fazendo terrorismo, o que digo é que não podemos chegar tarde”, afirma.



O Brasil, como noticiou o Valor, já vem tomando providências para garantir seus direitos sobre uma plataforma continental , estendendo a soberania brasileira para além das 200 mil milhas marítimas, até a divisa com o chamado alto-mar, a cerca de 350 mil milhas da costa. Mas, para além da plataforma continental, há regiões de baixa profundidade situadas na Área, que já são objeto de pesquisas de entidades alemãs e russas e preocupam o ministro.



É o caso da “elevação do Rio Grande”, uma formação que os geólogos chamam de alto topográfico, na zona oceânica em frente ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina, cujo topo está a apenas 70 metros de profundidade e a base a cerca de 4 quilômetros abaixo da superfície do mar.



A instalação de plantas de exploração e beneficiamento dos minerais, com apoio militar para segurança das atividades tão próximas da costa brasileira é indesejável, acredita o ministro da defesa, que endossou as iniciativas do Ministério de Minas e Energia para atrair países africanos e sul-americanos a um levantamento de dados científicos sobre a geografia do Atlântico Sul e Equatorial, a realização, pelo Brasil, de pesquisas sobre as crostas cobaltíferas na elevação do Rio Grande do Sul e uma pesquisa-piloto dos depósitos minerais e biodiversidade nos arquipélagos de São Pedro e São Paulo, a cerca de 1,1 quilômetro do litoral do Rio Grande do Norte.



“Esse é um assunto que diz respeito ao trânsito no Atlântico Sul, onde o Brasil tem responsabilidade até no que diz respeito a socorro marítimo”, enfatiza Jobim. Ele pretende levantar a discussão na reunião dos ministros de defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, na segunda-feira, em Angola.



Já vem tratando do tema em conversas com a Namíbia, país africano com quem a Marinha do Brasil tem um acordo de cooperação e fornecimento de embarcações. “Precisamos ter uma política Sul-Sul para essa questão, e ter uma posição conjunta na ONU”, defende Jobim.



Para os ministérios da defesa e de Minas e Energia, além da importância econômica e geopolítica, alguns países vêm se interessando pela pesquisa de recursos na Área motivados pelo desenvolvimento tecnológico resultante da exploração mineral em grandes profundidades.



O alto custo dessa exploração faz com que haja pouco interesse do setor privado de países emergentes, porque a exploração mineral na Área não parece economicamente compensatória, por enquanto.



Os pedidos de pesquisa e exploração visam garantir a reserva dessas áreas para exploração futura. Como 95% dos oceanos não têm profundidade maior que seis quilômetros, os países que dominarem tecnologia de aproveitamento dos nódulos polimetálicos em profundidades de 4 mil a 6 mil quilômetros conquistarão os oceanos do ponto de vista tecnológico e estratégico.



Brasil Atrasado na Defesa Contra Ameaças no Atlântico Sul



O ministro Jobim teme consequências econômicas e geopolíticas para o Brasil, caso o país não se prepare para a defesa e a exploração dos recursos no Atlântico Sul.



A Isba já firmou contratos de exploração em 30 blocos espalhados pelos oceanos Pacífico e Índico. Não tardará a fazer o mesmo em nossa região. Isso está para ocorrer já porque empresas e entidades alemãs e russas vêm fazendo levantamentos em diversas áreas, entre elas a “elevação do Rio Grande”, formação geológica a com topo a 70 m de profundidade e uma base 4 km abaixo da superfície do mar.



Se o próprio ministro, sem terrorismo, diz que o Brasil poderá chegar tarde, que os meios necessários à atuação eficaz da Marinha do Brasil sejam comprados e construídos em tempo hábil para o enfrentamento desses eventos, e não para o meio da longínqua década de 20, quando já estará tudo dominado.



Um solitário submarino nuclear comissionado em 2015 ainda poderá fazer alguma diferença, mas não contra uma Rússia. Já chegando em 2023, será tarde demais e investimento precioso perdido.



O Brasil precisa acordar para esse elemento que de estratégico poderá passar a ser peça de ficção política. Nada contra a MB, mas o MD e o Planalto precisam apressar tudo o que puderem neste projeto, que realmente mudaria todo um paradigma de Defesa de nossa soberania na região atlântica.



Uma boa opção é justamente uma aliança com países africanos e UNASUL para um grande esforço conjunto de preservação e exploração no Atlântico Sul, mas só isso não será suficiente.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

UNASUL

Os militares dos outros sete países sul-americanos da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica compartilham com os colegas brasileiros o temor em relação à cobiça estrangeira sobre a floresta, mas há divergências sobre a natureza dessa ameaça -o que se traduz em ceticismo sobre o papel de coordenação do Conselho de Defesa Sul-Americano, proposto pelo Brasil.



Embora a fonte da suposta cobiça esteja sempre nos EUA e na Europa, os militares do Peru -e obviamente os colombianos- não veem risco à soberania regional na presença americana na Colômbia, ao contrário do que ocorre com venezuelanos e equatorianos.



Enquanto os dois últimos grupos -e também os brasileiros- trabalham com a possibilidade de invasão da Amazônia por países ricos que pretenderiam tomar posse das riquezas naturais, entre colombianos, peruanos e bolivianos as ameaças mais citadas são a biopirataria e outros crimes transnacionais, como o narcotráfico.



As conclusões são parte de "Guardiães do Eldorado", estudo feita pela pesquisadora de temas militares Adriana A. Marques em pós-doutorado na FGV do Rio.



"Os colombianos interpretam a parceria com os EUA como meio de fortalecer a soberania nacional. Para eles, é a única maneira de estabelecerem controle sobre o próprio território", diz Adriana, que entrevistou oficiais estrangeiros da ativa que estudaram no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército, em Manaus, e comparou textos sobre o tema em publicações militares dos oito países.



Ela aponta uma unanimidade no rol das desconfianças: as ONGs estrangeiras, que "manipulariam" a população nativa. O governo de Hugo Chávez expulsou grupos que atuavam em sua porção da selva; Equador, com governo de esquerda, e Peru, com governo conservador, têm entreveros com a Amazon Watch, ONG dos EUA que fica ao lado dos indígenas em disputas sobre recursos naturais.



Outro dado comum: apesar das várias disputas territoriais ainda existentes na região, nenhuma envolvendo o Brasil, os militares em geral não veem os vizinhos como ameaça.



Eles tampouco citaram Rússia, China, Índia e França, apesar de os russos terem realizado manobras com a Venezuela; militares chineses e indianos cooperarem com Guiana e Suriname (ambos com grandes populações dessas duas origens); e os franceses possuírem um território ultramarino na Amazônia e o histórico de relações com as Forças Armadas brasileiras.



Mesmo no caso de tensão entre governos, como a que envolve Colômbia, Venezuela e Equador, a posição dos militares pareceu menos confrontacionista à pesquisadora: "Quer motivados pelo ideal bolivariano de união sul-americana ou pelo sentido de autopreservação, os militares preferem a cooperação ao conflito".

Presidente Equatoriano

 O presidente Rafael Correa tem todo o direito, até o dever, de defender o Equador de empresas que estão há décadas tirando muito e dando pouco ao país. Mas não precisa ser infantil, irresponsável, sem limites. E ele está sendo.



Tudo começou… com a Bolívia jogando o Exército nas refinarias da Petrobras. Correa deve ter achado o máximo e foi atrás. Enxotou a Odebrecht, retirou os direitos de uma penca de brasileiros no país, ameaçou Petrobras e Furnas e agora pede arbitragem internacional para dar o calote no BNDES. “Uma facada nas costas”, dizem diplomatas brasileiros e assessores de Lula, com uma reclamação de conteúdo, outra de forma.



De conteúdo: há o temor de que os tiros de Correa ricocheteiem na credibilidade de empréstimos pelos sistema CCR (com garantia dos Bancos Centrais). E, depois, na própria Unasul.



Quanto à forma: Lula fica enlouquecido com Correa, que tem um discurso a portas fechadas e outro nos palanques. Na véspera da facada no BNDES, assessores equatorianos se reuniram com diplomatas brasileiros, em Quito, e não abriram a boca.



No dia seguinte, pimba! Lá estava Correa se gabando em público de ser machão com o Brasil. Nós conhecemos o Presidente Lula. Tudo pode. Mas deixá-lo com cara de tacho? Isso não pode.



Ele jogou duro quando cancelou uma missão técnica que levaria um saco de bondades para o Equador. Agora endureceu de vez ao chamar o embaixador Antonino Marques Porto para explicações.



Bem ou mal, a Venezuela tem petróleo, e a Bolívia, gás. E o Equador? Nada a oferecer e muito a ganhar do Brasil e da Unasul forte. Correa corre ladeira abaixo, sem avaliar os riscos, inclusive de se isolar até de seus aliados Chávez, Evo Morales e Fernando Lugo.



A não ser que tudo seja uma armação contra “o imperialista do Sul”. Aí, nem é mais questão diplomática.

QUEM TEM MEDO DO CHÁVEZ

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Há mais de um século, o Brasil não se envolve em guerra com seus vizinhos. A última foi a Guerra do Paraguai, entre 1864 e 1870. Morreram 60 mil brasileiros. De lá para cá, o Brasil, maior país em extensão territorial e população da América Latina, tem mantido relações pacíficas no continente. O Brasil hoje também não tem disputas de fronteiras. Isso contribuiu para firmar a imagem do continente como uma das regiões mais estáveis e desmilitarizadas do mundo. Segundo o Stockholm International Peace Research Institute (Sipri), Instituto sueco dedicado ao monitoramento de gastos militares, a América Latina é a região do mundo que dedica proporcionalmente menos recursos aos orçamentos de suas Forças Armadas – 1,4% do PIB regional.



Desde 2005, um elemento perturbador foi introduzido nesse quadro de relativa paz e tranqüilidade. O governo Hugo Chávez, na Venezuela, começou a fazer compras maciças de equipamentos militares. A primeira investida venezuelana foi a compra de 100 mil fuzis de assalto Kalashnikov AK-103 e AK-104, fabricados na Rússia. A partir daí, a Venezuela continuou a freqüentar com avidez e assiduidade o mercado de armas global. Acertou com a Espanha a encomenda de oito navios de guerra, parte de um negócio de 1,2 bilhão de euros. Na China, Chávez foi buscar radares móveis. O pacote de compras bélicas de Chávez inclui ainda helicópteros, submarinos, mísseis terra–ar. A aquisição mais valiosa foi feita em julho de 2006: 24 caças Sukhoi, de fabricação russa, aviões de guerra mais poderosos e modernos que qualquer outro hoje existente na América do Sul. De acordo com o último relatório do Sipri, a Venezuela, em 2006, pelo segundo ano consecutivo, foi o país da América do Sul que mais aumentou gastos militares: 20% em termos reais.



Chávez diz que está se armando para modernizar equipamentos obsoletos das Forças Armadas venezuelanas e para se preparar para um eventual ataque dos Estados Unidos, elevados à condição de Grande Satã pela retórica barulhenta do presidente da Venezuela. Chávez até cunhou uma doutrina militar – a “guerra assimétrica” – para fazer contraponto à doutrina de guerra preventiva do governo George W. Bush, nos EUA. Apesar das declarações de Chávez, há uma crescente inquietação no Brasil e em outros países sul-americanos quanto à escalada armamentista da Venezuela ter outros fins. Há duas semanas, Chávez disse que poderia transformar a Bolívia em um novo Vietnã, se a oposição boliviana tentasse derrubar seu aliado Evo Morales da Presidência.



Estamos diante de um fanfarrão ou de alguém que é preciso levar a sério por seu desejo expresso de se perpetuar no poder? Chávez é um militar que, antes de vencer eleições, tentou assumir o governo na Venezuela por um golpe. Tenente-coronel reformado do Exército, Chávez ainda usa adereços militares em suas campanhas políticas. Em comícios, costuma aparecer com uma boina vermelha usada por pára-quedistas. Seus seguidores políticos gostam de usar a boina vermelha, transformada em símbolo do chavismo. Os sinais do militarismo do regime chavista aparecem também na formação das milícias bolivarianas, grupos de civis que apóiam seu regime. Chávez apresenta-se como católico, ora cita Deus, ora o Diabo. Em discurso na ONU em 2006, ao ocupar o púlpito em que Bush estivera no dia anterior, disse ainda sentir cheiro de enxofre. Aproximou-se de figuras controversas, como o iraniano Mahmoud Ahmadinejad, o russo Vladimir Putin, de quem compra armas, e Fidel Castro, para quem chegou a cantar em sua visita mais recente a Havana, no período de convalescença do ditador cubano.



Aos 53 anos, é casado pela segunda vez e tem quatro filhos. Na juventude, Chávez foi jogador amador de beisebol. Até hoje, gosta de aparecer na TV com trajes esportivos e tacos de beisebol. Em 1999, pouco depois de assumir o governo, mandou criar e publicar uma história em quadrinhos em que o herói usava boina, bastão de beisebol e resolvia todos os problemas da Venezuela – uma óbvia referência a si próprio. Os oficiais das Forças Armadas que ousam desafiá-lo costumam ser mandados para a reserva ou para a prisão.

Seu projeto é implantar o “socialismo do século XXI”. O próximo passo seria irradiar sua “revolução bolivariana” pela América Latina. O Orçamento da Venezuela para 2008 prevê gastos de US$ 193 milhões para “fortalecer movimentos alternativos na América Central e no México e assim se desatrelar do domínio imperial” dos EUA. Na semana passada, o jornal Correio Braziliense revelou que o venezuelano Maximilian Arvelaiz, homem de confiança de Chávez, percorre há quase um mês capitais brasileiras com a missão de organizar a primeira Assembléia Bolivariana do Brasil, em dezembro, no Rio de Janeiro. O estatuto do movimento prevê a construção de “um poder popular” e a formação de “uma federação socialista latino-americana”. Para apoiar Arvelaiz, Chávez enviou mais 15 diplomatas à embaixada e a consulados em Brasília, sob o pretexto de que se trata de um reforço nas relações bilaterais.



No Brasil, as ações e o discurso de Chávez, no início ignorados, começam a repercutir mal. “A hipótese de uma corrida armamentista na América do Sul parece estar-se concretizando, tendo em vista os gastos de mais US$ 4 bilhões da Venezuela nos últimos dois anos e as indicações de que Chávez continuará a investir em material bélico”, disse a ÉPOCA o ex-presidente da República e senador José Sarney (PMDB-AP). “Nosso país é um tradicional defensor da solução pacífica das controvérsias e uma corrida armamentista seria inaceitável para o Brasil.”



Isso não quer dizer que o Brasil esteja parado. De acordo com oficiais do Exército brasileiro, o investimento em equipamento das Forças Armadas em 2008 será o maior desde o fim do período militar. Marinha, Exército e Aeronáutica terão a sua disposição o mais alto orçamento dos últimos 12 anos para comprar e renovar equipamentos bélicos. Esses gastos, segundo o projeto de lei orçamentária enviado ao Congresso, serão de R$ 9,1 bilhões, e podem chegar a R$ 10,1 bilhões. O aumento é de quase 50% em relação aos R$ 6,9 bilhões deste ano.



O governo Lula anunciou outras medidas para aumentar o aparato bélico brasileiro. O programa de construção do submarino nuclear pela Marinha, que se arrasta desde 1979, deverá receber, a partir de 2008, R$ 130 milhões por ano. O objetivo é que o submarino fique pronto em uma década. O governo passou também a considerar prioritária a retomada do programa FX de aquisição de 12 caças modernos para a Força Aérea Brasileira. Estuda-se a alocação de R$ 2 bilhões para o programa.



Em 2003, pouco depois de chegar ao Palácio do Planalto, o presidente Lula suspendeu a compra desses mesmos caças, sob a alegação de que prioritário era o Programa Fome Zero. A política industrial que s o governo promete apresentar nos próximos dias prevê incentivos para fortalecer a indústria bélica nacional. Detalhes ainda não foram divulgados, mas é certa a liberação de financiamentos especiais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Fico imaginando o que pode atrapalhar o nosso país. Apenas a nossa omissão e apenas a nossa submissão. Está na hora de construir o PAC das nossas Forças Armadas, da nossa Defesa”, afirmou o presidente Lula em setembro.



Estamos mesmo no limiar de uma corrida armamentista na América do Sul, desencadeada por Chávez e à qual o Brasil aderiu para não ficar para trás? O governo Lula nega oficialmente que os aumentos dos gastos militares sejam uma reação a Chávez. A elevação do orçamento militar, diz o governo, é uma resposta ao sucateamento das Forças Armadas, que não recebem investimentos para modernização há quase duas décadas. “Essa é uma discussão que acompanho há dez anos e digo que não há relação entre a decisão do governo de voltar a investir nas Forças Armadas com as decisões de Chávez”, afirma o deputado José Genoíno (PT-SP), uma espécie de porta-voz do PT para assuntos militares. Mesmo assim, dois ministros e um governador de Estado afirmaram a ÉPOCA que, em foro reservado, Lula diz se preocupar com o fator Chávez na América Latina.



Isso não quer dizer que vivamos uma corrida armamentista no continente. Em artigo publicado pelo Observatório Político Sul-Americano, departamento de pesquisa do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), o cientista político Rafael Villa diz que as compras de armas por Chávez visam obter apoio interno para seu regime na Venezuela, que tem nos militares um de seus principais sustentáculos políticos. “Faz-se certo alarmismo em torno de uma corrida armamentista na América do Sul, por causa da retórica de Chávez, mas o que está acontecendo no Brasil e em outros países da região é uma modernização de equipamento bélico obsoleto, por causa da queda dos níveis de investimento militar desde os anos 90”, diz a colombiana Catalina Perdomo, pesquisadora do Sipri. “É um exagero falar em corrida armamentista, porque o orçamento de defesa do Brasil, além de pequeno, é desequilibrado. Há uma enorme parcela de gastos dirigida ao pagamento de salários e pensões”, diz Mark Stocker, economista especializado em defesa do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, de Londres.



Segundo estimativas de 2004, o Brasil destinava 70% do orçamento do Ministério da Defesa para gastos com pessoal e apenas 2,88% para reequipamento militar. A deterioração do equipamento militar brasileiro tem causas também políticas. Está relacionada a uma perda de prestígio das Forças Armadas após a redemocratização do país. Elas teriam sido relegadas nos últimos anos a um “ponto de desleixo”, segundo o coronel da reserva Geraldo Cavagnari, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade de Campinas (Unicamp).

Os comandantes militares tratam de dar contornos dramáticos ao sucateamento das forças. Em agosto, em depoimento no Senado, o comandante da Marinha, Júlio Soares de Moura Neto, descreveu a situação da força naval brasileira nos seguintes termos: “Ela vive um crítico estado de degradação e obsolescência material, de vulnerabilidade estratégica, de redução de atividades, sem precedentes na história contemporânea da nação”. Segundo Moura Neto, dos 21 navios da esquadra, 11 estão parados e dez operam com restrições. Dos cinco submarinos, dois estão parados, dois operam com restrições e apenas um não tem problemas. Há duas semanas, ao depor na Câmara dos Deputados, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, revelou que, dos 719 aviões da FAB, apenas 267 têm condições de voar. Os outros 452 estão à espera de manutenção, sem condições de uso, 232 deles retidos no solo por falta de dinheiro para comprar peças. Segundo o ex-embaixador Rubens Barbosa, a ameaça de guerra não é o único motivo para investimentos militares. “O país precisa se defender, não de ataques externos, mas do tráfico de drogas e armas nas nossas fronteiras.”



Seria uma ingenuidade, no entanto, imaginar que o armamento pesado adquirido por Chávez não tenha sido usado como pretexto pelos militares brasileiros para obter do governo federal mais recursos para as Forças Armadas. Outra ingenuidade seria pensar que as verbas extras anunciadas não tenham implicitamente o objetivo de reequilibrar o tabuleiro militar na América do Sul, onde a Venezuela está hoje em posição de vantagem por causa dos caças russos Sukhoi 30. “Passou a existir um desequilíbrio muito grande, porque não temos um armamento como o deles. (O Sukhoi) é uma arma de última geração, não temos nada comparável e, obviamente, isso nos preocupa porque nossos aviões estão decrépitos”, afirma o general José Benedito de Barros Moreira, secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa. “Com esses aviões, a Venezuela, em tese, poderia fechar o espaço aéreo sobre grande parte da Amazônia. Nenhum país da América do Sul tem resposta possível para esse tipo de avião”, diz Domício Proença Júnior, professor da Coppe/UFRJ e doutor em estudos estratégicos. Segundo os especialistas, os Sukhois venezuelanos, armados com mísseis de longa distância, um equipamento não disponível no Brasil, podem derrubar qualquer coisa a seu alcance sem correr riscos. Daí o potencial de fechar a Amazônia. O Brasil conta hoje com seis caças Mirage comprados da França, mas eles não são páreo para o Sukhoi. “Se vier a comprar caças comparáveis ao Sukhoi, o Brasil só estará equilibrando esse jogo”, diz Domício Proença.



“Temos consciência de que, para mantermos a posição privilegiada na América do Sul e atingirmos novos patamares no cenário internacional, não podemos descuidar da nossa defesa”, disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim, em entrevista interativa aos leitores de ÉPOCA (leia na página 45). “Estamos elaborando o Plano Estratégico Nacional de Defesa, que definirá a missão de cada força e os equipamentos necessários para sua atuação. Os novos aviões da FAB, tanto de transporte, quanto de caça, estarão no plano.” Mesmo se isso se concretizar, as razões serão mais políticas que bélicas. Nem os militares, cujo dever de ofício é alimentar uma saudável paranóia em relação à defesa nacional, levam a sério uma hipótese de confronto militar com a Venezuela de Chávez.



Em conferências, o cientista político Moniz Bandeira, especializado em questões internacionais e uma das referências intelectuais do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, secretário-geral do Itamaraty, resumiu assim a possibilidade de um ataque da Venezuela ao Brasil: “É ridículo.Veja as dimensões demográficas, territoriais e econômicas do Brasil e da Venezuela. Não basta comprar armamentos da Rússia para que se possa fazer uma guerra. Uma vez que a Venezuela não tem um parque industrial e importa do exterior a maioria dos produtos manufaturados que consome, seria muito difícil para Chávez empreender e sustentar qualquer guerra com outro país”.

Quem tem motivos para temer Chávez do ponto de vista militar, segundo o coronel Geraldo Cavagnari, são seus vizinhos Colômbia e Guiana. A Colômbia tem uma fronteira de 2.000 quilômetros com a Venezuela, por onde circulam os guerrilheiros das Farc, inimigos do governo Álvaro Uribe e simpáticos a Chávez. Historicamente, os dois países não se entendem sobre os limites territoriais no Golfo da Venezuela, uma região rica em petróleo. Há mais de um século, os venezuelanos também reclamam o território a oeste do Rio Essequibo, o equivalente a dois terços do território da Guiana. Mesmo assim, Cavagnari duvida que Chávez venha a se aventurar em invasões, porque sabe que a reação internacional seria imensa e imediata.



O verdadeiro confronto entre Brasil e Chávez, dizem os especialistas em questões estratégicas, não é militar, mas político. Envolve uma disputa com o Brasil pela liderança da América do Sul. Como maior país da região, o Brasil aspira a essa posição e quer chegar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Num documento, do final do ano passado, preparado para o Real Instituto Elecano, instituição espanhola dedicada a estudos de segurança e defesa, os pesquisadores Carlos Malamud e Carlota García Encina descrevem a estratégia política de Chávez. “Para a Venezuela, o braço militar serve para reforçar a diplomacia do petróleo, dirigida para conseguir aliados e aumentar sua influência. Os exageros armamentistas de Chávez servem para projetar uma imagem de poder, tanto nacional quanto regionalmente.”



Política externa, ensinam os manuais, não se faz apenas com diplomacia, mas com a caneta cheia de tinta para preencher talões de cheques e fuzis. Assentado nas imensas reservas de petróleo da Venezuela e agora munido de Kalashnikovs e caças Sukhoi, Chávez tem as duas coisas para continuar sua política de conquistar influência e aliados em países vizinhos como Cuba, Bolívia, Equador, Nicarágua e Argentina.“Chávez usa o petróleo e o poder militar para perpetrar uma política agressiva de influência ideológica na política interna de outros países”, diz o cientista político José Augusto Guilhon de Albuquerque, da Universidade de São Paulo (USP).



Na Bolívia, estratégica para o Brasil por fornecer 50% do gás natural consumido no país, a influência de Chávez já causou prejuízos concretos. No episódio da nacionalização e ocupação militar das refinarias da Petrobras pelo governo Evo Morales, a Venezuela apoiou ostensivamente a medida hostil aos interesses brasileiros. A presença de Chávez na Bolívia, que tem um acordo de cooperação militar com Morales e fornece agentes para a segurança pessoal do presidente boliviano, é um fator a mais de instabilidade política. A Bolívia vive a ameaça de uma desintegração territorial, por causa de um movimento separatista na região de Santa Cruz de la Sierra, a mais rica do país e comandada por opositores de Morales.



Na definição de vários especialistas, a América Latina vive hoje um duelo ideológico entre duas correntes de esquerda que assumiram o poder em vários países da região. Chávez é o principal emblema da esquerda que ainda vê na implantação de um regime socialista a solução para os problemas sociais. É um “stalinista primitivo”, na definição feita a ÉPOCA por Teodoro Petkoff, ex-ministro da Venezuela e um de seus principais adversários políticos. Por ter abraçado as regras da economia de mercado e dos regimes democráticos, o governo Lula no Brasil passou a ser considerado a principal referência de uma esquerda socialdemocrata no continente.



Na semana passada, a Assembléia Nacional da Venezuela aprovou uma reforma constitucional, proposta por Chávez, com a qual ele busca o aumento de seus poderes, a possibilidade de permanecer eternamente na Presidência, a instauração de uma “economia socialista” e a censura da imprensa em momentos de “estados de exceção”. Uma das definições mais famosas de guerra sobrevive há mais de dois séculos. Seu autor é Carl von Clausewitz, militar prussiano, um dos teóricos clássicos do assunto. Segundo ele, a guerra é a continuação da política por outros meios. Ao anunciar os investimentos para rearmamento das Forças Armadas brasileiras, como nunca antes, o governo Lula está fazendo política por outros meios. Mesmo que diga que Chávez não é o alvo nem a causa do aumento dos orçamentos militares, o Brasil, com essa decisão, deixa claro que quer continuar a ser a principal liderança da América do Sul. Ao iniciar seu governo, com a proposta de integrar o Conselho de Segurança da ONU, Lula achou que este era um direito natural do Brasil. Os movimentos de Chávez parecem tê-lo convencido de que a liderança política tem um preço.





O brasil imperialista e hegemonico no mundo???



ShareEm recente entrevista lula disse:o brasil não e imperialista ou hegemonico,mas justo!!!realmente o brasil nãopode se dar ao luxo de ser nada,pois não vencemos nossa guerra interna ,enm os problemas sociais que vão acabar com esse pais que ninguem se importa!!!no brasil temos 35 milhoes de indigentes,o menor salario minimo do mundo,o juros mais alto,a industria mais protegida,não temos qualidade ou quantidade prara exportar,so exportamos 1% pro mundo!!!!



E realmente o brasil não pode ser,nem nunca sera imperialista,somos um pais de quarto mundo temos corrupção ,uma guerra oculta,nenhum estimulo a produçao ,ou ao trabalho honesto,e verdade,não somos capazes nem de nos indignar com a violencia,com a mentira de nossos governantes,temos 35 milhoes de indigentes,200 mil baleados por ano na nossa guera secreta,temos pistoleiros de aluguel andando livremente nesse pais,temos uma justiça lenta e corrupta,um lagislativo de parasitas,o executivo inoperante,somos justos e otimo ser justos com estrangeiros ,que me perdoem os estrangeiros eles mnão tem culpa,mas e pra nos os brasileiros,perdoamos dividas,pagamos nossa divida religiosamente,de mais de 100 milhoes de dolares,aceitamos o auemto do gas por que e justo,somos tão bom,o governo e otimo para os outros,e pros compatriotas,eos abaixo da linha da pobreza,os analfabetos que são 15 milhoesenquanto não resolvermos nosso problemas internos ,não sairemos dessa guerra oculta em nosso pais e voce o que acha?esta bom??o brasil algum diasera imperialista e hegemonico ou isso e so conversa!!!

Postado por José Carlos Batista às Quinta-feira, Novembro 27, 2008 0 comentários Links para esta postagem

"Invasão imperialista" pelo Brasil incomoda vizinhos sul-americanos



Share"Vão embora, brasileiros!" O grito de protesto, antigamente reservado aos "ianques", está sendo ouvido nas ruas de La Paz e Quito. Em Caracas, já é ouvido há algum tempo.



Na Argentina, fala-se em "invasão" para se referir à crescente penetração das exportações e empresas brasileiras, que compraram gigantes locais das áreas de alimentação, cimento e energia, entre outras.



Os investimentos brasileiros na América do Sul, que somam mais de US$ 17 bilhões, aumentaram o prestígio e a influência do Brasil entre os vizinhos, mas também colocaram as empresas brasileiras diante de riscos característicos de uma região turbulenta, instável e sujeita a mudanças de regras no meio da partida.



"O investimento dá liderança ao Brasil, mas dá mais visibilidade a grupos nacionalistas de alguns países, como a Bolívia. Isso faz com que, às vezes, o país seja visto como um segundo Estados Unidos", disse Eduardo Viola, especialista em relações internacionais da Universidade Nacional de Brasília.



Os investimentos brasileiros na América do Sul somaram US$ 16,7 bilhões entre 2001 e 2003, segundo dados do Banco Central, que incluem gastos em investimento direto, financeiro, empréstimos e empréstimos entre empresas.



O montante não inclui anúncios importantes como o da construtora Camargo Corrêa, que afirmou recentemente que pagará US$ 1,025 bilhão pelo grupo argentino Loma Negra, fabricante de cimento.



Renato Baumann, diretor do escritório brasileiro da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), da ONU (Organização das Nações Unidas), considera inevitável a "nova agenda" que acompanha os investimentos.



"Quando cresce o grau de exposição do país aparecem novos produtos, novas empresas e oportunidades, mas também questões que afetam interesses, questões de segurança e sabotagens", explicou.



A aprovação da nova lei de hidrocarbonetos na Bolívia, que foi precedida de um movimento nacionalista que incluiu até a explosão de um carro perto da sede da Petrobras - cujas atividades representam 15% do PIB boliviano -, representa uma "novidade" para os homens de negócios do Brasil.



A vontade do Brasil de ajudar a resolver conflitos de seus vizinhos também causou outros contratempos, como quando em abril o presidente deposto do Equador Lucio Gutiérrez pediu asilo na Embaixada brasileira em Quito. Manifestantes apedrejaram o automóvel do embaixador brasileiro, em protesto por sua participação no caso.



O envio de combustíveis à Venezuela, no final de 2002, quando o país enfrentou uma greve de petroleiros organizada pela oposição ao presidente Hugo Chávez, também disparou protestos inéditos em frente à Embaixada do Brasil em Caracas.



Invasão recente



A cultura empresarial brasileira tradicionalmente é de introversão, e os investimentos no exterior são um fenômeno muito recente.



"A onda de investimentos brasileiros na região está associada à intensificação do processo de integração, de aproximação. Isso é muito positivo. Há uma descoberta por parte do Brasil do potencial de uma maior relação com seus vizinhos", afirmou Baumann, que encara os episódios de antibrasileirismo como questões pontuais e conjunturais.



"Os incidentes em Caracas, em Quito, na Bolívia ou as passeatas de fabricantes de sapatos em Buenos Aires são coisas conjunturais, isoladas. O que existe nos vizinhos é uma sensação de simpatia em relação ao Brasil, que não é observada em relação a outras potências", disse o representante do Cepal.



Os analistas enxergam na crescente corrente de negócios entre o Brasil e seus vizinhos um processo estrutural, uma tendência irreversível que "veio para ficar", segundo definiu Viola.



A presença maior de capital e empresários brasileiros na região, em negócios que envolvem todas as áreas, mas principalmente os setores de energia, construção e alimentação, impulsiona também a crescente presença política e diplomática do país.



"Já não se trata apenas de fazer política na vizinhança para reforçar a imagem de líder regional. Há uma presença claramente vinculada a interesses, uma forma de atuar de país grande", avaliou para a Reuters um diplomata sul-americano em Brasília, sob a condição de manter o anonimato.



Essa forma de atuação, para Viola, traz alguns riscos adicionais em determinados casos, como na Venezuela.



O especialista afirmou que, quanto aos negócios brasileiros na Bolívia, a Petrobras "é o alvo das forças mais atrasadas da antiglobalização." Já no país governado pelo esquerdista Hugo Chávez, opinou, o Brasil atua de forma perigosa.



Para ele, "ser menos amistoso com Chávez seria mais seguro para o interesse nacional", já que a proximidade com o polêmico governante pode deixar a oposição e o setor privado venezuelanos cada vez mais antibrasileiros.



Na Venezuela, a Odebrecht está executando projetos de mais de US$ 1 bilhão, e a Petrobras e a Companhia Vale do Rio Doce também têm uma atuação ambiciosa.



Para José Francisco Marcondes Neto, presidente da Câmara Venezuelana-Brasileira de Comércio e Indústria, "a relação comercial entre Brasil e Venezuela não é de natureza política, e seu crescimento é sólido."



O fluxo comercial entre os dois países pode chegar este ano aos US$ 3 bilhões. Há três anos, não alcançava os US$ 2 bilhões.



Em relação à Argentina, Viola considera que uma melhora na produtividade nesse país - sem a proteção de setores industriais inviáveis - gerará ainda mais investimentos brasileiros e aumentará a integração.



"Na Argentina há alguma resistência ao investimento brasileiro, mas é uma resistência sem força para deter o avanço, e sem força nem sequer para criar um clima hostil", concluiu