sábado, 29 de janeiro de 2011

INFATARIA DE AERONAUTICA NO HAITI

Pela primeira vez, uma tropa de Infantaria da Aeronáutica participará de uma missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). No próximo dia 9 de fevereiro, um pelotão com 27 militares embarcará em Recife para integrar, ao lado de militares do Exército e da Marinha, o contingente da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH). O Brasil participa dos trabalhos naquele país desde 2004 e a Aeronáutica mantém uma linha aérea regular de apoio aos militares brasileiros.




Os militares da Infantaria da Aeronáutica que estarão no Haiti enfrentaram uma rigorosa seleção e bateria de exames físicos, médicos e psicológicos. Depois, passaram por um programa de preparação no Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial de Recife (BINFAE-RF) e no 14º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército Brasileiro.



Do efetivo que estará na missão histórica da Aeronáutica, 22 são do próprio BINFAE-RF e cinco vieram de unidades de Infantaria da Base Aérea de Fortaleza, da Base Aérea de Natal e do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno. “No período de preparação, os militares tiveram instruções especiais sobre regras de engajamento, sobre a garantia da lei e da ordem, instrução de tiro, patrulhas e treinamento físico, dentre outras atividades”, explica o Tenente-Coronel de Infantaria Júlio Cezar Pontes, comandante do BINFAE-RF.



Importância – Reconhecimento e aprendizado. As duas palavras sintetizam a importância da participação do primeiro pelotão de Infantaria da Aeronáutica em uma missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo o Major-Brigadeiro-do-Ar Hélio Paes de Barros Júnior, comandante do Segundo Comando Aéreo Regional (II COMAR), sediado em Recife (PE). “É uma experiência importantíssima para o Batalhão de Infantaria de Recife, para a Infantaria da Aeronáutica, porque os conhecimentos adquiridos serão disseminados para outras unidades”, afirma.



No Haiti, as tropas do Exército e da Marinha trabalham para a garantia da lei e da ordem desde 2004, modelo que, hoje, está sendo aplicado no Rio de Janeiro, no Morro do Alemão, em apoio ao governo do Rio de Janeiro para a pacificação da região. Desde o início da missão de paz, os militares brasileiros ajudam na reconstrução do país e no socorro à população – como ocorreu no ano passado, após o terremoto que devastou Porto Príncipe. A Aeronáutica participa desse esforço com militares e aeronaves que fazem o transporte de todo o tipo de suprimentos para as tropas do Brasil.



Os militares da Aeronáutica serão integrados ao contingente do Exército que está no Nordeste e que iniciou neste o mês o deslocamento para o Haiti. Mais de mil homens embarcam até o mês que vem para a substituição do efetivo que está naquele país desde a metade do ano passado. “A participação da nossa tropa terrestre é um reconhecimento de que a Infantaria da Aeronáutica é uma opção a ser aplicada pelo país”, destaca o Comandante do II COMAR.

HELICOPTERO CONTRA O CRIME

O novo helicóptero do GAM (Grupamento Aeromarítimo) da Polícia Militar do Rio de Janeiro deverá chegar ao Aeroporto do Galeão/RJ na próxima quarta feira (02/02/2011). O helicóptero, modelo Huey II, PR-COE, decolou ontem (25/01) de Fort Woth Alliance Airport no Texas/EUA e fez escala na cidade de Gulfport, Mississippi/EUA.




A programação de traslado da aeronave é chegar hoje (26/01) em Okala na Florida e está sendo realizado por um piloto do fabricante, Bell Helicopter, acompanhado do Cel PM Eduardo Luiz, Comandante do GAM/PMERJ e do Cap PM Leitão. No início de Janeiro pilotos e mecânicos foram ao Texas/EUA realizar os treinamentos na aeronave, a fim de qualificá-los no equipamento.



O PR-COE será o Fênix 05. A nova aeronave tem capacidade para transportar, além do dois pilotos, 11 passageiros e possui diversos equipamentos e já se apresenta como uma das aeronaves de segurança pública do Brasil mais equipada. Segundo informações, por decisão da ANAC, a aeronave não será certificada IFR, muito embora ela tenha essa certificação junto a FAA (Federal Aviation Administration). Dentre outros equipamentos, o helicóptero tem:



■NVG (Night Vision Goggles);

■Painel EFIS (Electronic Flight Instrument System);

■Blindagem;

■Guincho de 600 lbs (sem limite de ciclos – on condition);

■Carga externa de 5000 lbs (2.268kg);

■kit de resgate com 3 macas;

■Visão sintética do terreno (SVT);

■Farol de busca,

■Fast Rope, etc.





A matrícula do helicóptero é uma referência a “Comando de Operações Especiais”, pois, segundo intenção do Governo do Rio de Janeiro será criado o COE, unificando o BOPE, GAM, CANIL e GESAR (Grupamento Especial de Salvamento e Ações de Resgate). Com a chegada dessa aeronave a Segurança Pública do Rio de Janeiro terá mais um reforço.

INVESTIMENTOS EM DEFESA

 O setor industrial que mais tem impulsionado a competitividade e o crescimento das economias modernas é o de informática e telecomunicações. É nele que se concentram 35% de tudo o que o mundo investe em pesquisa e desenvolvimento. "Esse setor é chave não só pela inovação, mas também porque tem um impacto profundo sobre a competitividade", avalia a pesquisadora Fernanda De Negri, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cujos estudos servirão de base para a elaboração da parte da política industrial do governo voltada para o setor.




O objetivo dessa política, conforme reportagem de Lu Aiko Otta publicada dia 16 no Estado, é fazer a indústria brasileira produzir itens com grande potencial de vendas e dar-lhe condições para competir com as gigantes internacionais do setor. Confrontado com a realidade econômica brasileira, o objetivo parece ambicioso demais.



São muitas as desvantagens iniciais da indústria nacional, como reconhece a pesquisadora do Ipea. As empresas brasileiras têm dimensões modestas, quando comparadas às dos fornecedores mundiais - seu faturamento médio é de R$ 20 milhões por ano, contra dezenas de bilhões de dólares dos grupos internacionais -, e geralmente ocupam nichos do mercado.



Sua produção é concentrada em alguns itens, enquanto os grandes grupos têm uma diversificada linha de produtos, de celulares a equipamentos de grande porte para operadoras de telecomunicações. As empresas brasileiras trabalham para determinados clientes, ao passo que as grandes indústrias internacionais fornecem para operadoras, governos, empresas de porte variado e o público em geral.



Além dessas dificuldades, as empresas brasileiras terão de superar outras, entre elas a falta de uma retaguarda em pesquisa tecnológica, na qual se baseou o crescimento das gigantes que atuam no mercado mundial. Recente relatório divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que, apesar de avanços em algumas áreas, o desempenho do Brasil na área de pesquisa e desenvolvimento mostra muitos pontos fracos. Ainda se investe pouco, falta pessoal qualificado, é baixa a produção de patentes e continua muito pequena a participação do setor privado nos investimentos em ciência e tecnologia.



O relatório da OCDE mostra que a fonte dos recursos para pesquisa e desenvolvimento varia muito entre os países analisados (os membros da organização e as principais economias que não a integram, como Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul). Em alguns, como Portugal e Polônia, predomina nitidamente o investimento público.



Num grupo de 13 países, entre os quais Itália, Noruega, Espanha e Canadá, o setor privado é responsável por uma fatia que varia de um terço à metade dos investimentos em pesquisa. Em oito países, entre os quais França, República Checa e Suécia, a iniciativa privada responde por metade a dois terços das aplicações. No último grupo, do qual fazem parte Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Coreia do Sul, Luxemburgo e Japão, as empresas privadas financiam mais de dois terços de todos os gastos com pesquisas.



No Brasil, apesar dos incentivos fiscais, o setor privado responde por menos da metade das aplicações em ciência e tecnologia, que, em 2008, corresponderam a 1,1% do PIB (e apenas 0,1% em tecnologia de informação e de telecomunicações), índice muito baixo comparado com o da OCDE, de 2,3% do PIB. O Brasil produz poucas patentes e as empresas brasileiras são menos inovadoras - isto é, colocam menos produtos novos no mercado - do que as dos países da OCDE.



Uma das mais agudas debilidades do País no campo da ciência e tecnologia está na formação de pessoal. Em 2007, os graduados nas áreas de ciência e engenharia representavam 11% dos recém-formados, um índice maior do que os dos anos anteriores, mas que corresponde a menos da metade da média da OCDE.



De positivo, o Brasil registra crescente produção científica. Cresce também a proporção de doutores. Mas ainda é um avanço tímido diante do que o País precisa para poder competir com as economias mais modernas do planeta.









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MECTRON E ODEBRECHT

Sempre considerada uma das principais empresas de tecnologia do setor de defesa do Brasil a Mectron anuncia finalmente a abertura de negociações com uma empresa do setor.



Muitas empresas internacionais procuraram uma associação com a empresa de são José dos Campos (SP), mas sem sucesso. Entre estas estavam as seguintes empresas: Rafael e Elbit (ambas de Israel)e MBDA, (consórcio Europeu). Também é uma presença constante nos programas de contrapartidas comerciais (off sets) dentro dos programas F-X1 e F-X2 e também participa do programa PROSUB.



Esta participação no programa de submarinos permitiu a aproximação com a empresa Odebrecht. Estão sendo realizados no momento ações de “Due Dilligence” para avaliação de seu patrimônio para uma futura composição entre as duas empresas.



A Odebrecht avança assim na área de defesa a passos largos. Após a participação no programa PROSUB com a francesa DCNS e a formação de uma sociedade com a européia CASSIDIAN (ex- EADS DS) a futura aquisição da MECTRON consolida a sua posição na área d defesa brasileira e internacional.



Os principais programas da MECTRON são:



- MAA1 Piranha Míssil ar-ar de curto alcance;

- MAA A-Darter em associação com a sul-africana Denel desenvolve o míssil ar-ar de guia infravermelha de quinta geração, para a Força Aérea Brasileira e a Força Aérea da África do Sul;

- MAR – Míssil anti-radiação, em desenvolvimento e já adquirido pelo Paquistão e possivelmente a FAB;

-Diversos outros projetos como radares e sistemas embarcados para Forças Aéreas e aplicações civis.

FUNDAÇÃO UE-AMERICA LATINA

A cidade portuária de Hamburgo, no norte da Alemanha, foi escolhida para sediar a nova Fundação União Europeia-América Latina, confirmou o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, em Berlim. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (25/01) em Bruxelas pelo Conselho da União Europeia (UE) e representantes de todos os países latino-americanos.



"Hamburgo, uma cidade hanseática e aberta, com grande tradição e estreito contato com a América Latina, é um ótimo lugar para a nova fundação", afirmou Westerwelle, que se esforça em transformar a expansão das relações com o continente em ponto forte de seu mandato.



Hamburgo, que já abriga o Instituto de Estudos Latino-americanos e a Associação Empresarial Alemã para a América Latina, se impôs contra as outras duas candidatas, Paris e Milão. A nova fundação será responsável por coordenar e fortalecer futuramente as relações entre a América Latina, o Caribe e os 27 países-membros da UE, nos âmbitos econômico, cultural, político e científico.


Ainda não foi definido quem presidirá a instituição nem onde exatamente será sua sede. Também não há informações sobre a data de início de suas atividades ou qual será sua estrutura de funcionamento.



A ideia de sua criação surgiu durante a Cúpula UE-América Latina, em maio do ano passado, na capital espanhola. A recém-fundada instituição será financiada pelos países da UE e da América Latina, assim como pela Comissão Europeia. Além disso, o Ministério alemão das Relações Exteriores contribuirá com cerca der 300 mil euros, segundo os primeiros cálculos, e a cidade de Hamburgo de encarregará de disponibilizar escritórios e equipamentos.

WIKILEAKS COMO DINAMITARAM A ALCA

Estratégia do Itamaraty foi atacada em contatos com os EUA, mostram telegramas.
Críticos da estratégia comercial adotada pelo Ministério das Relações Exteriores após a chegada do PT ao poder expressaram com frequência sua insatisfação em contatos com funcionários americanos, contribuindo para minar a credibilidade dos negociadores brasileiros.



Até diplomatas contrariados com as orientações recebidas da cúpula do Itamaraty expuseram suas divergências aos americanos, conforme telegramas diplomáticos dos Estados Unidos obtidos pela organização WikiLeaks.



Os documentos iluminam os bastidores das negociações da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), ambicioso projeto lançado pelos EUA em 1994 e que naufragou uma década mais tarde.



Em maio de 2003, quando o embaixador Clodoaldo Hugueney foi afastado do comando das negociações, um dos seus assessores atribuiu a mudança à opinião favorável que o chefe tinha da Alca e criticou seus superiores.



Em outubro do mesmo ano, um funcionário do Ministério da Agricultura disse aos americanos que os negociadores do Itamaraty eram "paranoicos" e "mentiam" nos relatos feitos ao então presidente Lula sobre as negociações.



Os informes são parte do pacote de milhares de despachos diplomáticos que o WikiLeaks começou a divulgar em novembro.



Defensores da Alca acenaram aos EUA com a possibilidade de reativar as negociações em 2005, quando o então ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho, aproveitou um encontro do presidente Lula com o secretário do Tesouro dos EUA, John Snow, para debater a ideia.



Segundo os americanos, Palocci "se ofereceu para liderar um esforço para dar novo impulso às negociações" e levar o Itamaraty a "uma postura mais proativa". Mas Lula simplesmente "desconversou", indicando que não tinha interesse no assunto.

ACORDOS COMERCIAIS COM A ARGENTINA

 A viagem da presidenta Dilma Rousseff à Argentina neste domingo (30) e segunda-feira (31) - a primeira internacional desde que assumiu o governo - servirá para aprofundar acordos comerciais com o país vizinho e acelerar projetos como a construção de uma hidrelétrica e uma ponte na fronteira entre os dois países, além de uma parceria para construção de casas populares baseada na experiência do Minha Casa, Minha Vida.



O subsecretario-geral do Departamento da América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Antonio Simões, disse que as perspectivas são de avançar as relações bilaterais. “Há pela frente um horizonte de aprofundamento e há novos horizontes sendo abertos”, disse ele, referindo-se ao que havia no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.



Segundo Simões, a lista de compromissos a ser cumprida por Dilma em Buenos Aires buscou a objetividade. “É uma visita de trabalho. É uma visita compacta porque a ideia é que se utilize o máximo de tempo”.



A presidenta vai tratar da parceria com os argentinos sobre o programa Minha Casa, Minha Vida e a defesa comum da igualdade de gêneros e preservação dos direitos da mulher.



Será assinado um convênio sobre a experiência brasileira para a construção de 1 milhão de casas, além de financiar uma parte deste projeto. “A habitação é um desafio comum. O objetivo é trocar experiências ter o modelo disponível no Brasil para a Argentina”, afirmou Simões.



Dilma também vai tratar da construção do complexo hidrelétrico de Garabi – entre a Província de Corrientes na Argentina e o estado do Rio Grande do Sul. A meta é que as obras comecem em 2012 e gerem 2.900 megawatts. Outro assunto da agenda é acelerar a construção da ponte entre Santa Catarina e a Argentina.



Simões ressaltou que o comércio entre o Brasil e a Argentina é de US$ 33 bilhões e está baseado na manufatura, veículos e autopeças respondem por 80% do total. “É um comércio que gera emprego de carteira assinada, que gera interdependência, que alavanca o desenvolvimento econômico em outras áreas”.

AS COISA VÃO FERVER NO HAITI

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 O comandante militar da Força de Paz no Haiti (Minustah), general Luiz Guilherme Paul Cruz, vai manter a ajuda para a estabilidade e o desenvolvimento do Haiti



O governo do Brasil apoia o relatório final do Comitê Especial de Verificação da Organização dos Estados Americanos (OEA), que concluiu que houve fraudes nas eleições presidenciais do Haiti e que é necessário rever a ordem dos candidatos e até mesmo promover nova votação. Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro reitera a confiança no processo democrático, mas defende o respeito à conclusão dos peritos internacionais.



“O governo brasileiro apoia os resultados e conclusões da missão de verificação da OEA e renova seu apelo às lideranças políticas e ao povo haitianos para a manutenção de ambiente calmo e pacífico ao longo do processo eleitoral, com vistas, inclusive, à definição do calendário para suas próximas etapas”, diz o documento.



Segundo o Itamaraty, o governo do Brasil se dispõe a manter a ajuda para a estabilidade e o desenvolvimento do país por meio da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), que reúne militares brasileiros e estrangeiros.

“O governo brasileiro reafirma seu compromisso de longo prazo com a estabilidade e o desenvolvimento do Haiti – compromisso que se traduz na atuação do Brasil no âmbito da Minustah, em nosso engajamento no processo de reconstrução haitiano e na disposição brasileira de seguir prestando assistência humanitária ao Haiti, inclusive em apoio aos presentes esforços de combate ao surto de cólera”, informa a nota.



No último dia 19, a OEA recomendou que sejam feitas novas votações no Haiti em decorrência de uma série de “irregularidades significativas” identificadas nas eleições de 28 de novembro de 2010. A comissão aconselhou ainda que se for decidido promover apenas o segundo turno das eleições, é necessário substituir o candidato governista Jude Celestin por Michel Martelly.



A alteração muda o resultado do primeiro turno das eleições que colocava Martelly depois de Celestin. Segundo a comissão, houve constatação de erros em várias atas relativas ao resultado das votações. Pela recomendação da OEA, o segundo turno deve colocar no páreo a opositora Mirlande Manigat e Michel Martelly. Em terceiro lugar vem Celestin.



As conclusões da OEA foram divulgadas em meio ao vazio político no Haiti e à chegada do ex-presidente haitiano Jean-Claude Duvalier, conhecido como Baby Doc. Doc é acusado de violação dos direitos humanos. Ele deixou o país em 1986, depois de uma reação popular. Por 15 anos, governou o país mantendo milícias e sob suspeita de corrupção. Ao deixar o Haiti, Baby Doc seguiu para a França onde ficou exilado durante 15 anos.

BRIC COBRA DOS PAÍSES RICOS ACORDOS DA RODADA DE DOHA

Na expectativa de retomar as negociações da Rodada Doha, Brasil, China, Índia e África do Sul cobraram hoje (28) o cumprimento de acordos anteriores por parte da União Europeia e dos Estados Unidos, entre outras nações, que impõem obstáculos às exportações destas regiões.







Os quatro países se negam a negociar propostas que possam prejudicá-los e exigem que as nações ricas revejam a adoção das tarifas elevadas sobre os produtos das regiões em desenvolvimento.







O assunto foi tema de uma reunião hoje do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota com seus homônimos da China, Chen Deming; Índia, Anand Sharma, e da África do Sul, Rob Davies. Eles conversaram durante as negociações comerciais no Fórum Mundial Econômico de Davos na Suiça.







Em nota, o Itamaraty resumiu hoje a iniciativa destes países. “Os ministros se valeram da oportunidade para trocar impressões sobre o atual esforço para concluir a Rodada Doha. [Os ministros] ressaltaram a mensagem política emitida por seus líderes durante a Cúpula do G20 [grupo dos países mais ricos do mundo], em Seul, e reiteraram seu compromisso com as negociações”.







Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os ministros dos quatro países ressaltaram que estão dispostos a buscar uma solução para os impasses e encerrar as divergências, desde que os acordos não sejam prejudiciais para os países em desenvolvimento.







Há uma série de disputa comerciais em discussão. Uma delas envolve os Estados Unidos e a Índia e trata da elevação de tarifas de importação para produtos agrícolas. Também existem reclamações específicas do grupo - China, Índia e Brasil – para obter um acesso maior a seus produtos agrícolas na Europa e nos Estados Unidos, que cobram mais abertura para os bens industriais e de serviços no resto do mundo.

ENCONTRO DAS DUAS PRESIDENTES DO MERCOSUL

A presidenta Dilma Rousseff vai se reunir com a colega argentina Cristina Kirchner na próxima segunda-feira (31), num encontro para fortalecer as relações Brasil-Argentina. “O sentido principal desse primeiro encontro é reafirmar o trabalho integrativo conjunto dos dois países”, definiu o embaixador argentino Hugo Varsky, coordenador do Grupo de Integração Produtiva do Mercosul, em entrevista à Agência Estado. Segundo ele, os documentos e declarações que ambas as presidentes vão assinar são uma espécie de “relançamento de todos os esforços positivos” que vêm sendo realizados todos esses anos.




Cristina Kirchner vai receber a presidenta brasileira para firmar acordos de cooperação bilateral“As presidentes vão reafirmar a vontade de articular a capacidade produtiva e comercial entre nossos países, não só visando a região, mas também terceiros mercados”, afirmou Varsky. O embaixador detalhou que esse vai ser um dos principais alvos dos dois governos. “Estamos avançando muito na integração das cadeias de fornecedores de petróleo e gás, que já conta com financiamento do próprio fundo do Mercosul, e fornecedores de autopeças para a indústria automotiva”, delineou.



Varsky relatou que a Argentina recebeu muito bem a proposta do Brasil de integrar o setor naval, com a produção argentina de peças para os navios cargueiros petrolíferos, que vão ser requeridos pela Petrobras, com vistas à exploração da camada pré-sal. “O Brasil elaborou um catálogo de peças para a indústria naval e já estamos trabalhando sobre o que pode ser produzido aqui”, informou.



Varsky antecipou que Dilma e Cristina poderiam avançar na formação de um conselho empresarial bilateral que impulsione a discussão da integração produtiva. “Os acordos de cooperação são praticamente os mesmos, mas o foco está sendo colocado na busca de ferramentas novas para seus aprofundamentos e cumprimentos, especialmente daqueles que buscam a integração de cadeias produtivas”, disse ele.



Segundo a embaixada do Brasil na Argentina, o Palácio do Planalto ainda não confirmou se o voo presidencial brasileiro vai chegar à Base Aérea local no domingo à noite ou na própria segunda, de manhã. Até o momento, o único horário confirmado é o da reunião de Dilma e Cristina, na segunda-feira, às 12h30 (de Brasília). Ambas terão uma conversa a sós, seguida por uma reunião ampliada com seus respectivos ministros e assessores. Nesta primeira viagem da presidenta brasileira ao exterior, após assumir o cargo, a agenda vai incluir uma reunião com as históricas organizações não-governamentais de direitos humanos, as associações das mães e avós de desaparecidos durante a ditadura militar argentina (1976-1983).

crise nos países arabes

Em meio à tensão política e social no Egito, na Tunísia e no Iêmen, o governo brasileiro informou hoje (28), por meio do Ministério das Relações Exteriores, que acompanha com atenção os acontecimentos na região. Em nota divulgada no começo desta tarde, o Itamaraty afirmou ainda que confia na evolução política “capaz de atender às aspirações” populares em um ambiente pacífico, “sem interferências externas”.




A manifestação do governo brasileiro indica que há confiança de que os três países conseguirão encerrar o impasse evitando que organizações internacionais e líderes estrangeiros interfiram nas negociações.



No Egito, país que fica no Norte da África e faz fronteira com a Faixa de Gaza e Israel, manifestantes ocuparam as principais cidades em protesto contra o governo do presidente Hosni Mubarak. Há acusações, por parte dos manifestantes, do uso de violência e censura.



País também localizado no Norte da África, a oeste do Egito, a Tunísia passa por turbulências. Lá, a reação popular levou à deposição do presidente Zine El Abidine Ben Ali, que há 23 anos estava no poder. E, no Iêmen, país que fica no extremo Sul da Península da Arábia, também há manifestações contra o governo.



O Itamaraty se manifestou sobre as três situações. “O governo brasileiro acompanha com atenção o desenrolar dos acontecimentos no Egito, na Tunísia e no Iêmen. O governo brasileiro expressa sua expectativa de que as nações amigas encontrarão o caminho de uma evolução política capaz de atender às aspirações da população em ambiente pacífico e sem interferências externas, de modo a dar suporte ao desenvolvimento econômico e social em curso.”



No trecho seguinte do comunicado, o Ministério das Relações Exteriores ressalta que, para o Brasil e os demais países sul-americanos, as nações árabes têm atenção especial, uma vez que há a parceria formada pela Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), cuja terceira reunião está marcada para a segunda quinzena de fevereiro, em Lima, no Peru

PARAGUAI RECONHECE PALESTINA

O governo do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, reconheceu hoje (28) o Estado da Palestina “livre e independente”, dentro das fronteiras de 1967. O Paraguai foi o último dos países que integram o Mercosul a apoiar a causa palestina. O Brasil e o Uruguai saíram na frente em novembro do ano passado, depois veio a Argentina. A reação dos sul-americanos gerou críticas do governo israelense, que não aceita as reivindicações palestinas.



As informações são da Presidência da República do Paraguai. "O Paraguai, fiel à sua tradição de pacifismo, tem apoiado os esforços da comunidade internacional para ajudar a resolver o conflito territorial entre a Palestina e Israel”, diz comunicado do Ministério das Relações Exteriores paraguaio.



Em nota divulgada hoje, a Chancelaria do Paraguai informa que confia na retomada das negociações entre israelenses e palestinos. O governo Lugo propõe o reconhecimento do Estado da Palestino como alternativa para alcançar a paz na região.



“O Paraguai reafirma sua convicção de que as negociações bilaterais diretas entre Israel e a Palestina, atualmente paralisadas, são fundamentais para a paz e segurança. Uma resolução aceitável para as partes é a chave para ambos os povos possam viver em paz com seus vizinhos e alcançar a tão desejada estabilidade na região", diz a nota.



Em dezembro de 2010, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Yigal Palmor, criticou o Brasil, a Argentina e o Uruguai por terem reconhecido o Estado da Palestina. Segundo ele, a atitude representa uma “interferência” nas questões de Oriente Médio. De acordo com o porta-voz, o incômodo do governo de Israel seria transmitido aos líderes políticos.



O governo de Israel contesta a reivindicação palestina de controle de toda a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, região conquistada na guerra de 1967 e onde há assentamentos judaicos, que volta e meia geram polêmicas

RIgidez na emissão de passaportes diplomáticos

O Ministério das Relações Exteriores publicou uma portaria, nesta segunda-feira, estabelecendo normas para a emissão de passaportes diplomáticos no País. A medida acontece após polêmica envolvendo a concessão de documentos para familiares do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.




Um decreto de 2006 previa que esses passaportes deveriam ser concedidos apenas a autoridades como presidente da República, governadores, ministros, deputados, senadores e funcionários da carreira diplomática.



No entanto, como estava redigida, a norma deixava brecha para a concessão do documento em condições especificas a outras pessoas “em função do interesse do País”.



A partir desta terça-feira, a concessão do documento será informada no Diário Oficial da União. A solicitação e o despacho do passaporte "em função do interesse do País" serão publicados também no site do Itamaraty em caso de deferimento. O documento para conjugues e dependentes do titular passará a valer, a partir de agora, apenas enquanto durar a missão do requerente no exterior.



As mudanças serão publicadas  no Diário Oficial da União

sábado, 22 de janeiro de 2011

MORRE EX- CHANCELER RAMIRO GUEIRREIRO

- Morreu, aos 92 anos, o ex-chanceler Ramiro Elísio Saraiva Guerreiro. Ele foi ministro no governo João Figueiredo.




Formado em direito pela então Universidade do Brasil, em 1939 entrou para o Instituto Rio Branco e em 1946 serviu na missão Brasileira na Organizações das Nações Unidas, em Nova York. Foi secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores no governo Ernesto Geisel e embaixador na França, sucedendo Delfim Neto. Foi também embaixador brasileiro na Itália.



No governo de José Sarney foi nomeado pelo presidencia da República embaixador extraordinário para assuntos da dívida externa. Saraiva Guerreiro enfrentava problemas de saúde há vários meses. Casado, tinha dois filhos,



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ALTO REPRESENTANTE DO MERCOSUL

O Conselho do Mercado Comum (CMC) formalizou, a 19 de janeiro, a designação do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães para exercer o cargo de alto representante geral do Mercosul, divulgou hoje em comunicado o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.




O embaixador Pinheiro Guimarães foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência brasileira e secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores.



Segundo o comunicado, o cargo foi criado no encontro

 de Foz do Iguaçu, a 16 de dezembro de 2010.



O alto representante ger al do Mercosul cumprirá funções de articulação política, formulação de propostas e representação das posições comuns do bloco.



O responsável actuará em áreas como saúde, educação, cultura e divulgação do Mercosul.



O alto representante geral também coordenará a implementação das metas previstas no Plano de Ação para um Estatuto da Cidadania do Mercosul, aprovado em Foz do Iguaçu.



O seu mandato será de três anos e poderá ser renovado por igual período uma única vez.

INVESTIMENTOS DO GOVERNO FEDERAL NO EXTERIOR

O Brasil investiu mais de R$ 2,89 bilhões em projetos de cooperação com outros países no período de 2005 a 2009. Segundo levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores, a maior parte dos investimentos (79%) foi direcionada para ações de organizações internacionais e bancos regionais. O restante dos recursos coube às áreas de assistência humanitária, bolsas de estudo e cooperação técnica.




A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde receberam R$ 1,38 bilhões no período de 2005 a 2009. O Brasil contribui ativamente para o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), devido ao crescente número de refugiados que o país vem acolhendo e à atuação em assistência humanitária internacional, coordenada pelo organismo.



O Brasil também contribui com cerca de 70% dos recursos anuais do Fundo de Convergência Estrutural e de Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem). No período analisado, foram destinados ao fundo mais de R$ 430 milhões, o que representou 30% das contribuições para organismos internacionais. Criado em 2004, o Focem tem o objetivo de aumentar a competitividade dos quatro sócios do Mercado Comum do Sul – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.



Em bancos regionais de fomento, o Brasil investiu a fundo perdido mais de R$ 800 milhões em cinco anos. O dinheiro foi para as cotas de integralização de capital de fundos de bancos regionais dos quais o Brasil faz parte. As instituições das quais o Brasil é cotista – Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) – contribuem com o crescimento econômico e com a redução da pobreza nos países de baixa renda. O Brasil não recebe dinheiro desses fundos.



O estudo também analisou o investimento em assistência humanitária, que se deu principalmente em países da América Latina e do Caribe. Essas regiões ficaram com 76,27% da ajuda enviada diretamente, que representa, em valores, R$ 107, 81 milhões no período analisado. Entre os principais destinos da ajuda humanitária brasileira estão Cuba, o Haiti e os territórios palestinos que, juntos, receberam 53% do total, o que equivale a R$ 83,307 milhões.



A concessão de bolsas para alunos estrangeiros que estudam no Brasil ou no exterior representou cerca de 10% da cooperação brasileira (R$ 284,07 milhões). A maioria dessas bolsas foi para treinamento e capacitação. Cinquenta por cento delas são concedidas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O restante é dividido entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que destinou 28% dos recursos, e a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação, que distribuiu 20%. Os 2% restantes ficaram a cargo do Ministério das Relações Exteriores.



Os recursos federais aplicados em projetos e programas de cooperação técnica, científica e tecnológica passaram de R$ 252,6 milhões. Em cooperação bilateral, o Brasil se concentrou em projetos de cooperação técnica horizontal que visam a mudanças estruturais na economia dos países e ao crescimento sustentável, de modo a garantir, igualmente, inclusão social e respeito ao meio ambiente. Esse tipo de cooperação está associado ao eixo Sul-Sul.



Outro tipo de cooperação é a da técnica triangular com países desenvolvidos e organismos internacionais. Os principais parceiros do Brasil na cooperação trilateral são o Japão, os Estados Unidos, a Alemanha, a França, o Canadá, a Argentina e a Espanha. As áreas de atuação vão desde o combate ao trabalho infantil, à aviação civil, educação, saúde, prevenção e controle da malária até a modernização de processos legislativos, administração pública, sociedade da informação, relações trabalhistas e reforço da infraestrutura.

OCASO SAKINEH

A presidenta Dilma Rousseff deve analisar hoje (18) o conteúdo da carta enviada pela deputada iraniana Zohreh Elahian, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento iraniano. Na carta, a deputada se refere à suposta suspensão do enforcamento da viúva Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, condenada à morte por infidelidade e cumplicidade no assassinato do marido.




O assunto será tema de uma reunião de Dilma com o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia. De acordo com as informações de agências internacionais, a deputada informou à presidenta que houve a suspensão da condenação por enforcamento e a conversão da pena de morte em dez anos de prisão.



A Presidência da República e o Ministério das Relações Exteriores confirmaram que o documento foi remetido do Itamaraty para o Palácio do Planalto. O conteúdo da carta não foi divulgado. No final da tarde de ontem (17), assessores informaram que a correspondência será traduzida do inglês para o português, em seguida a presidenta deverá se manifestar sobre o tema.



O responsável jurídico do Irã pelo processo de execução de Sakineh anunciou ontem que a pena não foi suspensa. O chefe do Departamento de Justiça do Azerbaijão Oriental Hojjatoleslam, Malek Ajdar Sharifi, afirmou que o processo de Sakineh ainda aguarda julgamento e decisão final. A autoridade negou alterações na ação.



Sharifi afirmou que o Supremo Tribunal do Irã ainda não emitiu o veredito final sobre o caso de Sakineh. “[O processo] segue seu curso normal e burocrático”, disse ele. As informações são da agência oficial de notícias do Irã, a Irna.



A presidenta Dilma é uma das críticas da sentença de morte de Sakineh. Segundo ela, a condenação da viúva contraria os direitos humanos. Inicialmente, a iraniana foi condenada à morte por apedrejamento, agora aguarda o julgamento da ação que a condena ao enforcamento.



O caso de Sakineh mobiliza o mundo inteiro, envolvendo na campanha pela suspensão da pena de morte autoridades, artistas e intelectuais, além de representantes de entidades humanitárias. No ano passado, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a libertação de Sakineh e ofereceu asilo a ela no Brasil. Em resposta, o governo Ahmadinejad classificou o Brasil como "desinformado" sobre o

AGRADECIMENTOS

O governo brasileiro agradeceu o oferecimento de ajuda e as manifestações de solidariedade por parte de inumeráveis países, instituições e organizações internacionais diante da tragédia provocada pelas chuvas.




Uma nota divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores detalha que o Brasil continuará cooperando com esses países, instituições e organismos internacionais para diminuir os efeitos das fortes chuvas e as inundações que recentemente afetaram vários municípios deste imenso país sul-americano.



"O governo brasileiro reitera o compromisso com a cooperação internacional nas ações sustentáveis de redução de riscos de calamidades e com o fortalecimento da capacidade de prevenção e de recuperação de desastres", indica o comunicado oficial.



Destaca que o governo brasileiro fará esforços para que o Sistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres Naturais, sob a coordenação do Ministério de Ciência e Tecnologia, comece a reduzir os efeitos dos eventos naturais já no próximo verão.



A temporada chuvosa deste ano tem provocado inundações e deslizamentos de terra em vários estados, mas a pior tragédia vivem-na os habitantes da região serrana do Rio de Janeiro, onde intensas precipitações no início da semana passada deixam até agora 711 mortos, enquanto continua a busca de cadáveres.



O último balanço preliminar das autoridades locais e da Defesa Civil confirma 335 mortos no município de Nova Friburgo, 285 em Teresópolis, 62 em Petrópolis, 22 em Sumidouro, seis em São José do Vale do Rio Preto e um em Bom Jardim, que se incorporou hoje à lista de territórios com vítimas fatais.



A prefeitura de São José do Vale do Rio Preto indicou que não foi verificado ainda se os seis cadáveres encontrados em seu município são de moradores locais e agregou que poderiam ser de habitantes de localidades próximas que chegaram à cidade pela corrente do Rio Preto.



As autoridades locais e os organismos de socorro evitam dar cifras de desaparecidos, que estimativas extraoficiais calculam em mais de 200, enquanto são mais de 14 mil os desalojados e desabrigados.



O prefeito de Teresópolis, Jorge Mario Sedlacek, revelou que nesta segunda-feira assinou a expropriação de uma fazenda de 190 hectares no bairro Ermitage para a construção de 500 casas populares a fim de atender as necessidades de parte dos desabrigados do município.



A alta cifra de mortos pelos deslizamentos de terra da semana passada, que aumenta a cada hora, é considerada já a pior catástrofe natural da história do Brasil, que supera por muito os 436 falecidos em 1967 na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

BRASILEIROS SAO MOEDA DE TROCA

Protestos contra o aumento do preço do gás fizeram com que brasileiros ficassem presos em cidades da região do Estreito de Magalhães, no sul do Chile.




Na cidade de Puerto Natales, o radialista Guilherme Miquelutti, de 29 anos, contou que um grupo de 50 turistas brasileiros ocuparam a prefeitura e reivindicaram das autoridades locais uma resolução, mas o prefeito Fernando Paredes Mansilla rejeitou se opor aos manifestantes, uma vez que também é contrário ao reajuste. “O prefeito chegou a dizer que éramos moedas de troca”, contou Miquelutti ao iG.



Juntamente com o amigo Artur da Silva Reis, de 30 anos, Miquelutti chegou a Puerto Natales na segunda-feira do dia 10, dois dias antes dos protestos em Punta Arenas – cidade vizinha, que fica a 3 mil km de Santiago – onde dois morreram e quatro ficaram feridos após o fracasso do diálogo entre o governo e dirigentes locais sobre um acordo para evitar o aumento em 17% do preço do gás.







As manifestações são vistas como o primeiro grande desafio político do presidente Sebastián Piñera neste ano.



Com o início dos protestos, manifestantes bloquearam estradas, portos marítimos e vias de acesso aos aeroportos. Também exigiram o fechamento de estabelecimentos comerciais. “Acessos por terra foram fechados, empresas de barco não saem. Companhias de turismo e restaurantes pararam. Um deles tentou abrir no dia em que começou a greve, mas foi apedrejado. Houve quem tentasse caminhar até a fronteira, mas acabou detido”, contou.



Miquelutti explicou que há estrangeiros de 30 nacionalidades isolados em Punta Arenas, capital da província, em Puerto Natales e também no Parque Nacional de Torres Del Paine, que atrai turistas interessados em atividades como treck.

BRASIL BARROU NAVIO DE GUERRA INGLÊS

O chanceler argentino, Héctor Timerman, saudou esta quarta-feira o gesto do governo brasileiro de impedir o acesso aos seus portos de um navio de guerra britânico que viajava para as ilhas Malvinas.




"Esta medida mostra a nossa relação tão próxima e é parte desta construção que temos feito de aliança estratégia e de irmandade, que não só se demonstra através do comércio, mas através deste reconhecimento da soberania" argentina sobre o arquipélago, disse Timerman à rádio América.



O chanceler qualificou de "ilógico que ainda se discutam situações coloniais" em relação à situação no arquipélago do Atlântico sul, cuja soberania está em disputa com a Grã-Bretanha.



Timerman não deu maiores detalhes sobre o episódio com o navio da Marinha Real britânica.



Em setembro passado ocorreu um episódio similar no Uruguai, cujo governo também negou a entrada a Montevidéu para abastecimento do navio HMS Gloucester D-96, que se encaminhava a fazer patrulha nas ilhas.



Em 2006 a Argentina pediu aos países vizinhos que não facilitassem o uso de portos e aeroportos a navios e aeronaves britânicos com destino às Malvinas.



A situação se intensificou entre Buenos Aires e Londres no ano passado por decisão do Reino Unido de autorizar novas prospecções petroleiras e a realização de exercícios diplomáticos com disparos de mísseis no território em disputa.

BUENSO AIRES CONTRA O CRIME

Vigilantes privados, comerciantes, taxistas, porteiros e até lixeiros formarão uma polêmica rede de informantes da polícia de Buenos Aires, em mais uma iniciativa para combater o crime na capital argentina.



A rede de informantes, que começará a funcionar no prazo de 60 dias, foi lançada nesta quarta-feira com a assinatura de um convênio entre o governo da capital e a câmara de empresas de segurança privada, que reúne mais de 30 mil funcionários.



A futura rede de informantes ficará ligada à Polícia Metropolitana, criada em 2010, com o objetivo de "incorporar mais olhos para controlar a segurança", revelou o secretário de Justiça de Buenos Aires, Guillermo Montenegro.



"Tudo será devidamente organizado: um taxista nas ruas terá três botões - vermelho, verde e amarelo - que acionará para informar um acidente de trânsito, uma emergência médica ou um ato criminoso", disse Montenegro.



Segundo o secretário, os membros da rede de informantes receberão cursos de capacitação durante "cerca de 60 dias antes de integrar a iniciativa".



Gastón Chillier, secretário executivo do Centro de Estudos Legais e Sociais (Cels), criticou a medida afirmando que uma estrutura privada "passa a assumir a responsabilidade pela segurança pública, algo que cabe ao Estado".



Chillier qualificou a decisão de "improvisação irresponsável com objetivos eleitorais", em referência ao prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, candidato à presidência este ano.



As empresas de segurança "não têm o mesmo controle" que é exercido sobre a polícia e alguns de seus proprietários "são repressores acusados de crimes contra a humanidade" durante a ditadura (1976-83), destacou Chillier.

ISRAEL VENDE AVIÕES TELEGUIADOS

 A empresa israelense de fabricação de armas Elbit Systems anunciou ontem que venderá à Força aérea Brasileira (FAB) aviões teleguiados de vigilância. Os aviões sem piloto (drones) Hermes 450 serão entregues pela filial brasileira da Elbit Systems Aeroeletrônica Ltd, indicou a empresa em um comunicado. A Elbit não informou, no entanto, o número de aviões teleguiados que serão vendidos nem o montante do contrato. O Ministério da Defesa não se pronunciou sobre o assunto.




“A empresa está orgulhosa de ter sido eleita pela Força aérea Brasileira, o que atesta a qualidade de nossos aviões teleguiados”, declarou o presidente da Elbit, Joseph Ackerman, em um comunicado. Segundo ele, o Hermes, um avião teleguiado de tamanho médio, é utilizado em 20 países. Israel é o primeiro exportador mundial de aviões teleguiados.



O negócio é anunciado em um momento delicado da relação entre os dois países. Em 3 de dezembro, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o Brasil reconhece o Estado palestino delimitado pelas fronteiras de 1967, anteriores à Guerra dos Seis Dias, incluindo, além da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, a disputada cidade sagrada de Jerusalém. A decisão foi formalizada numa carta enviada à Autoridade Palestina (AP) e provocou a irritação de Israel.



Na ocasião, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Andy David, lamentou o fato e demonstrou “decepção” quanto à postura brasileira. Apesar disso, o então chanceler brasileiro, Celso Amorim, havia garantido que o reconhecimento do Estado palestino não afetaria a relação entre os países.



A FAB também negocia a compra de 36 aviões caça. Na última segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff decidiu suspender o processo, que já estava em fase final, e abrir uma nova disputa. Ela resolveu também ampliar o leque de concorrentes. Até então, a briga estava entre a francesa Dassault, com os caças Rafale, a americana Boeing, com os F18 Super Hornet, e a sueca Saab, com os Gripen NG. Os russos, que haviam sido desclassificados na disputa anterior, voltarão a concorrer.

BRASIL ATENTO A CRISE ELEITORAL NO HAITI

O embaixador brasileiro no Haiti, Igor Kipman, que acompanha atentamente as últimas movimentações políticas em Porto Príncipe, disse não acreditar que o ex-ditador Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, possa entrar em um processo eleitoral já iniciado em novembro. Ele, contudo, não descarta uma “possibilidade remota” de que as eleições para presidente sejam anuladas, para o início de um outro processo, com novos atores.


“Nessa eleição em curso, ele não pode ser mais candidato. Mas o CEP (Comitê Eleitoral Provisório), diante de todos esses percalços e opiniões divergentes, pode decidir anular as eleições, e aí parte-se para um novo processo, abrem-se novas inscrições. Não é impossível”, disse Kipman, sem demonstrar preocupação de que esses desdobramentos causem tumulto. Autoridades do Brasil e do Haiti ainda não conversaram sobre o retorno do ex-ditador ao país, mas o governo brasileiro tem acompanhado com atenção os passos de Baby Doc no país.



“A chegada do Duvalier causou um frisson, como vocês estão testemunhando nas ruas. Há sempre essa saudade do governo dele, porque essas pessoas têm essa perspectiva de que, no governo dele, havia energia 24 horas por dia, havia mais segurança...”, afirmou, em coletiva na embaixada brasileira em Porto Príncipe.



Contudo, ele disse acreditar que, por já terem se passado quatro dias desde a chegada dele sem grandes manifestações de rua ou violência, o clima não tende a esquentar. Na quarta-feira, o advogado de Baby Doc, Reynold George, disse que o ex-ditador tem “pretensões políticas como qualquer político”. “Ser novamente presidente do Haiti é um direito dele”, disse George. Mais tarde, porém, Baby Doc negou ter pretensões políticas e desautorizou que falem sobre o assunto em seu nome.



O embaixador brasileiro acredita que, na próxima semana, o CEP anunciará um novo calendário eleitoral, com novos prazos inclusive de segundo turno e da posse presidencial. “Esse novo calendário vai contribuir, obviamente, para acalmar os ânimos todos da população”, afirmou. A previsão inicial é a de que Préval permaneça no poder até 7 de fevereiro, mas a Constituição do país permite que ele fique até 14 de maio, quando completa cinco anos na Presidência. O segundo turno é estimado para 20 de março. Na quarta-feira, a OEA divulgou o relatório de sua Comissão Especial de verificação, na qual recomenda que sejam feitas novas votações por conta de “irregularidades significativas” identificadas nas eleições de 28 de novembro

TORRETA PARA O GUARANI

A Elbit Systems Ltd. anunciou que a sua subsidiária brasileira, Aeroeletrônica Ltda. (AEL) recebeu um contrato com um potencial de até 440 milhões de Reais (aproximadamente U$ 260 milhões) para o suprimento da “Torreta não Tripulada” (Unmanned Turret) UT30 BR (canhão de 30 mm) com o Exército Brasileiro para o Projeto Guarani.




Este contrato segue outro recebido em 2009 pela Elbit Systems para o fornecimento de várias Unmanned Turrets em uma competição internacional onde participaram vários fabricantes internacionais.



O contrato é para o fornecimento pela Elbit Systems da UT30 BR a ser instalada em algumas centenas do Iveco 6X6 APC, conforme um cronograma de vários anos a definido pelas partes.



Joseph Ackerman, presidente CEO da Elbit Systems, comentou: "Nós estamos honrados pelo contrato do Ministério da Defesa / Exército Brasileiro. Este contrato é uma marca para a AEL em seu continuado processo de fortalecer as capacidades e tecnologias brasileiras. Ao vencer o contrato de um programa tão prestigioso atesta nossa liderança no campo de inovação para forças terrestres, e nós esperamos ter outros clientes, tanto na América Latina como no resto do mundo ".

VISÃO SINTÉTICA do PHENOM

 O jato executivo Phenom 300, da categoria light, fabricado pela Embraer, recebeu os certificados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), da Federal Aviation Administration (FAA) dos Estados Unidos e da Agência Européia para Segurança da Aviação (European Aviation Safety Agency – EASA) para utilizar a tecnologia de visão sintética da Garmin (Synthetic Vision Technology™ – SVT). O avião é o primeiro jato da categoria light a oferecer esta avançada funcionalidade na cabine de pilotagem.




A SVT recria imagens topográficas a partir das informações do sistema de alerta de colisão da aeronave por meio de uma sofisticada modelagem gráfica, que simula o que o piloto veria em sua frente à luz do dia. É particularmente útil em condições de visibilidade limitada, tais como neblina, operação noturna e vôo por instrumentos. A realidade virtual apresentada fornece ao piloto uma imagem tridimensional do solo, água, obstáculos, aeroportos e tráfego aéreo.



“A Embraer se esforça ao máximo para oferecer soluções diferenciadas a seus clientes e o Phenom 300 é o único jato da categoria light com a tecnologia SVT”, disse Luís Carlos Affonso, Vice-Presidente Executivo da Embraer para o Mercado de Aviação Executiva. “Esta tecnologia fornece um excelente alerta situacional, mesmo em condições de vôo com visibilidade reduzida, guiando de forma segura pilotos em regiões montanhosas.”



Com imagens coloridas do relevo, que mostram nitidamente as áreas que representam maiores ou menores riscos de colisão por meio de tonalidades que variam do âmbar ao vermelho, torres ou outros obstáculos que possam interferir na rota de vôo são destacados com cores diferentes e mostrados com a simbologia apropriada. A SVT funciona em conjunto com o sistema de prevenção de colisões aéreas (Traffic Collision Avoidance System – TCAS) e o serviço de informações de tráfego aéreo (Traffic Information Service – TIS) para representar outras aeronaves em perspectiva tridimensional e fornecer dados em tempo real sobre a sua proximidade.



Utilizando a simbologia própria do TCAS, a SVT apresenta os objetos mais próximos em maior tamanho, facilitando a visualização e a identificação dos riscos associados ao tráfego aéreo. A SVT é uma importante ferramenta da cabine de comando Prodigy™ e também pode ser facilmente instalada nos aviões que já estão em operação. O sistema aviônico integrado da Garmin Prodigy™ foi exclusivamente concebido para os jatos Phenom e incorpora a ampla experiência da Embraer no desenvolvimento de aeronaves comerciais e de defesa. Alerta situacional aprimorado, cabine de comando digital com monitores amplos, aviônica de última

geração e capacidade de operação por apenas um piloto são elementos fundamentais em cada detalhe do projeto desta cabine de comando.
É bom mesmo que tenha esta tecnologia pois os acidentes serão mais dificeis de acontecer.

FRANÇA NA ESPERA UNS 4 MESES

O Ministério da Defesa da França espera que o governo brasileiro defina em "três ou quatro meses" o projeto FX-2, processo de seleção para a compra de 36 caças para a força aérea Brasileira (FAB). O prazo foi confirmado pelo ministro Alain Juppé, que veio ao Brasil para a posse de Dilma Rousseff e, na ocasião, recebeu a notícia de que o caso seria reavaliado pelo novo governo.




Esse prazo foi passado aos franceses pelo governo brasileiro, segundo Juppé. Dilma quer analisar os relatórios do projeto antes de sacramentar a compra, que pode custar de US$ 4 bilhões a US$ 7 bilhões.



Anteontem, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, explicou que a intenção do governo é tomar uma decisão em até seis meses. "Não vamos começar da estaca zero, porque seria começar o processo todo de novo, e não é isso", afirmou. Dilma já tem em mãos o relatório preparado pela pasta de Jobim que aponta o Rafale como o único modelo capaz de seguir efetivamente as regras estabelecidas pela Estratégia Nacional de Defesa. A prioridade é a transferência de tecnologia.



Confiança. Por isso, o discurso das autoridades francesas é otimista. "Acho que podemos ficar confiantes", afirmou Juppé, ao retornar a Paris, há uma semana. Christine Lagarde, ministra da Economia, ponderou que é natural que Dilma queira se inteirar do tema. "É preciso afirmar sua autoridade, é legítimo", afirmou à rádio Europe 1. "Houve um enorme trabalho prévio. Espero que os frutos do trabalho sejam levados em consideração. Estamos de dedos cruzados."



Fontes do meio industrial ouvidas pelo Estado ontem confirmam que o prazo estimado para uma resposta seja de três a quatro meses. Mas o momento é de espera para as companhias concorrentes - além da francesa Dassault Aviation, participam a americana Boeing e a sueca Saab.



"A bola neste momento está no campo do Brasil", disse um executivo francês. "Estamos esperando um anúncio sobre com quem serão abertas negociações exclusivas. Depois disso, haverá vários meses, talvez um ano, de negociações jurídicas sobre o contrato, para que então seja conhecido o preço final." A Dassault, fabricante do Rafale - o preferido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e concorrente do Boeing F-18 Super Hornet e do Saab Gripen NG -, não comenta o assunto.

MODERNIZAÇÃO DOS AMX

A Embraer e o Comando da Aeronáutica(COMAER) do Brasil assinaram um contrato para a revisão de 43 jatos de combate AMX da Força Aérea Brasileira (FAB). Este acordo complementa o contrato para a modernização dos caças AMX assinado em 2003.




“Temos muito orgulho em apoiar a Força Aérea Brasileira na tarefa de manter esta aeronave estratégica totalmente operacional”, explica Orlando José Ferreira Neto, Vice-Presidente Comercial da Embraer Defesa e Segurança. “Com este novo contrato, deixaremos as aeronaves mais preparadas para o subseqüente programa de modernização, cujo contrato já está em vigor, resultando em maior eficácia no processo de atualização geral dos caças e no retorno destas aeronaves à operação.”



O contrato original de modernização tem foco na atualização dos sistemas eletrônicos dos jatos AMX, designado pela FAB como A-1. O novo acordo anunciado hoje contempla a revisão estrutural e o reparo e substituição de outros equipamentos desatualizados.







O vôo inaugural do protótipo monoposto modernizado está previsto para o começo de 2012 e dará início aos ensaios em vôo dos sistemas. A primeira entrega está programada para o final de 2012. A Força Aérea Brasileira começou a operar o AMX há 20 anos. Este novo contrato reforçará o longo e produtivo relacionamento entre a Embraer e a FAB, contribuindo para o aperfeiçoamento do sistema de defesa

BOEING COM APETITE

A Boeing saudou a decisão da presidente Dilma Rousseff de "aplainar o terreno" e prometeu fazer tudo para colocar seu melhor preço na mesa de negociações. Joe McAndrew, vice-presidente da Boeing para desenvolvimento de negócios nas Américas, Europa e Israel, afirmou que um acordo com a Boeing abriria ao Brasil o mercado de defesa americano, o maior do mundo. O F/A-18 Super Hornet concorre com os Rafale, da francesa Dassault, e os caças Gripen NG, da sueca Saab.




- Temos todas as indicações de que o novo governo vai aplainar o terreno e julgar cada um dos competidores por seus méritos e pelos benefícios das relações com cada uma das companhias. Quando se pensa numa relação com a Boeing, é preciso pensar no que ela traria para a economia brasileira, em termos de transferência de tecnologia e acesso ao mercado de defesa americano, o que não se pode dizer sobre a Dassault ou Saab - disse McAndrew ao GLOBO, por telefone, de Washington, enfatizando que o mercado de defesa americano é maior do que a soma de todos os outros países.



McAndrew: Boeing tem apoio do governo americano

O vice-presidente da Boeing destaca o fato de a candidatura da empresa ter "apoio integral" do governo e do Congresso americano, que já aprovou a transferência de tecnologia.



- Acho que nos próximos quatro a seis meses esse apoio continuado será muito importante para nós - avalia.



McAndrew citou o fato de a Embraer ter interesse em expandir sua atuação na área de aviação de defesa. Disse não temer a repetição de problemas como o ocorrido quando a Embraer foi impedida de vender Super Tucanos para a Venezuela por uma limitação imposta pelos americanos, já que mais de 50% dos componentes das aeronaves haviam sido fabricados nos EUA:



- Todo país tem esse tipo de preocupação com a transferência de equipamentos de defesa para terceiros. A Venezuela é um país que demonstrou não ser muito amigo dos EUA, então acho que é importante botar isso dentro de um contexto. Os Super Hornet são destinados à FAB, não à reexportação.



Em relação aos planos de ajuste fiscal do governo Dilma, que podem levar a uma nova ênfase nas questões de preço e custos de manutenção, McAndrew se mostrou confiante.



- Quando falamos em custos, temos que pensar no custo de manutenção de cada um desses aviões durante todo o seu ciclo de vida útil, de 30 anos ou mais, e nesse ponto de vista, a FAB se beneficiaria da magnitude das encomendas de Super Hornets, que é bem maior que a dos Rafales; temos encomendas de 600, contra 200 dos Rafale e zero do Gripen. Olhando em termos de economia de escala, temos uma clara vantagem - afirmou.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

REVISÃO DE ACORDO NAVAL COM ITÁLIA

Imbuída do mesmo espírito que a da tripulação da Fragata Independência, que neste ano surpreendeu os ingleses na operação Joint Warrior 101, a então futura presidente Dilma Rousseff torpedeou, talvez de forma definitiva, a oferta italiana de fornecimento de navios para a Marinha do Brasil.




As ações tomadas em Dezembro basearam o conceito intitulado de DilmaX por DefesaNet.



O PROSUPER



A segunda pérola da coroa na Marinha do Brasil (MB) após o PROSUB é o Programa de Obtenção de Meios de Superfície (PROSUPER).



A Marinha do Brasil, através do Programa de Obtenção de Meios de Superfície (PROSUPER), busca contratar, mediante um Acordo entre Governos que garanta o financiamento e transferência de tecnologia para a construção de:



- 5 Navios-Patrulha Oceânicos (OPV) de 1800 toneladas;

- 5 Fragatas de 6000 toneladas e,

- 1 Navio de Apoio Logístico.



Estes são os meios navais de superfície priorizados dentro do Programa de Articulação e Equipamento da Marinha (PAEMB). (para as especificações ver quadro abaixo)



Não atrai a atenção da imprensa como o programa F-X2, porém os valores do PROSUPER são tão elevados ou até mesmo superiores ao dos caças. Cada fragata (navio de escolta) tem um valor entre 500 a 700 milhões de dólares. O valor de um navio de Patrulha Oceânica de 150 milhões e o de apoio lógístico de cerca de 1 bilhão de dólares.



Competiam para o PROSUPER as mais importantes empresas do setor no mundo sendo as principais:



País Empresa

Itália



Fincantieri - Cantieri Navali SpA

Inglaterra BAE Systems

Alemanha TKMS - ThyssenKrupp Marine Systems

França DCNS

Coréia do Sul DSME - Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co

Nota – A francesa DCNS já está trabalhando com Marinha do Brasil, contratada para fornecer 4 unidades do Submarino Classe Scorpène dentro do PROSUB. O primeiro já está em construção na França. Projeto que posteriormente será a base do futuro submarino de propulsão nuclear.



Desde o começo a vantagem sempre foi da indústria italiana, em especial após os acordos assinados entre Brasil e Itália



PARCERIA ESTRATÉGICA ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E A REPÚBLICA ITALIANA – assinado pelos presidentes Luiz Inácio e Silvio Berlusconi, em 12 de Abril de 2010, na Embaixada do Brasil, em Washington DC.



Seguido de dois ajustes:



AJUSTE COMPLEMENTAR - assinado pelo ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, e o Sub-Secretário de Defesa da Itália, Guido Crosetto, 24 de junho 2010, Brasília DF.



AJUSTE COMPLEMENTAR TÉCNICO - ao mesmo acordo, entre os comandantes da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Júlio Soares de Moura Neto, e da Itália, Almirante Bruno Branciforte, 24 de junho de 2010, Brasília DF



Também a Marinha do Brasil e a da Itália trabalharam de forma conjunta na ajuda humanitária ao Haiti, após o terremoto de 12 de Janeiro de 2010. Na oportunidade a Marinha Italiana (Marina Militare) deslocou o seu navio capitânea, o navio-aeródromo Cavour, para operar no caribe em apoio a Marinha do Brasil e forças brasileiras vinculadas à MINUSTAH.

incerteza politica no haiti

A inesperada volta ao Haiti na noite de domingo do ex-ditador Jean-Claude "Baby Doc" Duvalier aumenta a incerteza política vivida por um país já em crise depois das questionadas eleições presidenciais.




Duvalier chegou acompanhado de sua esposa, Veronique Roy, e foi recebido por uma delegação de ex-funcionário que serviram em seu gabinete de ministros, enquanto dezenas de seguidores se reuniram do lado de fora do complexo.



Veronique Roy disse à AFP que seu marido se colocou de joelhos e beijou o solo ao pisar em sua terra natal pela primeira vez desde sua deposição em 1986.



"Haiti, meu país, o país de Dessalines", contou Roy, citando Duvalier, que se referiu ao herói da Independência Jean-Jacques Dessalines, que expulsou os franceses e se converteu em imperador.



Roy sugeriu que a volta do casal foi motivada pelo devastador terremoto que, há exatamente um ano, causou a morte de quase 250 mil haitianos. "Esse foi o fator motivador", afirmou ela. "É tão emotivo, não esperávamos esta recepção", acrescentou.



Com 59 anos, o ex-ditador, apelidado "Baby Doc", vivia no exílio na França.



Da parte do governo haitiano, a notícia dessa volta despertou uma reação moderada.







O primeiro-ministro haitiano Jean-Max Bellerive disse à AFP que Jean-Claude Duvalier tem o direito de regressar a seu país.



"Duvalier é um cidadão haitiano que regressa a seu país como tem direito. Só espero que isso não complique uma situação que já é tensa", declarou.



Em 2007, Jean-Claude Duvalier falou às rádios haitianas para pedir "perdão ao povo pelos erros cometidos" durante seu governo.



O presidente René Preval reagiu dizendo que se havia perdão, também havia justiça, pois o ex-ditador é acusado por desvio de fundos no exercício do poder.



As autoridades do Haiti consideram que mais de 100 milhões de dólares foram desviados sob o pretexto de obras sociais até a queda, em 1986, de "Baby Doc", que sucedeu, em 1971, seu pai François Duvalier, eleito presidente por via democrática em 1957.



A França aceitou em 1986 receber Jean-Claude Duvalier quando ele passou a enfrentar, desde o final de novembro de 1985, manifestações antigovernamentais nas quais morreram dezenas de haitianos.



Como aconteceu com o presidente Jean Bertrand Aristide em 2004, "Baby Doc" foi obrigado pelos Estados Unidos a renunciar e abandonar o país em 7 de fevereiro de 1986 a bordo de um avião da Força Aérea americana.



Jean Bertrand Aristide vive no exílio na África do Sul.



A saída de Jean-Claude Duvalier pôs fim ao regime duvalierista, surgido 28 anos antes com a chegada ao poder de François Duvalier, o "Papa Doc", a quem sucedeu em 1971 aos 19 anos, virando depois "presidente vitalício".



Depois que teve rejeitado seu pedido de asilo pela Suíça, Espanha, Grécia, Marrocos e Gabão, viajou finalmente para a França, que o recebeu inicialmente em caráter temporário.



"O ex-presidente do Haiti foi recebido apenas porque isso facilitava libertar o país da ditadura", disse na ocasião o primeiro-ministro francês Laurent Fabius.



O ex-presidente viveu depois um exílio em amplas mansões na Côte d'Azur francesa.



O regresso não previsto de Duvalier acontece quando o Haiti acaba de completar o primeiro aniversário do terremoto que o devastou e está mergulhado num bloqueio político três semanas antes do fim de mandato de René Preval.



O segundo turno das eleições presidenciais e legislativas previstas para este domingo no Haiti foi adiado, segundo informou o Conselho Eleitoral Provisório (CEP).



"O dia 16 de janeiro constava do planejamento do calendário eleitoral. No entanto, na medida em que os resultados definitivos do primeiro turno ainda não foram proclamados, a data não será respeitada", declarou à AFP o diretor-geral do CEP, Pierre-Louis Opont.



O anúncio em dezembro dos resultados preliminares do primeiro turno, pelo Conselho Eleitoral Provisório, havia sido motivo de violentas manifestações dos partidários de Michel Martelly, que denunciaram fraude em massa em favor do candidato governista Jude Célestin, que terminou em segundo lugar.



Ganhou o primeiro turno uma ex-primeira-dama, Mirlande Manigat, com 31% dos votos. Martelly foi o terceiro com 7.000 votos a menos que Célestin.



Um grupo de 12 candidatos à presidência exigiu por sua vez a anulação das eleições de 28 de novembro.

OS FRANCESES VÃO A LOUCURA

 O governo francês reagiu nesta segunda-feira à notícia de que a presidente Dilma Rousseff vai recomeçar o processo de escolha dos caças para a renovação da frota da Força Aérea Brasileira (FAB). A ministra de Economia francesa, Christine Lagarde, disse esperar que, durante a revisão do processo, Dilma leve em conta o trabalho feito até agora.




"Um enorme trabalho foi feito anteriormente. Espero que os frutos destes esforços sejam levados em conta pela nova presidente", afirmou a ministra à rádio Europe 1.



A escolha de novos caças para substituir a frota atual da FAB, que especialistas classificam de obsoleta, vem se arrastando desde o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, no último ano de seu mandato, em 2002, decidiu deixar a decisão sobre a compra para o ex-presidente Lula, seu sucessor. Inicialmente, Lula cancelou o projeto, então conhecido como F-X, mas em maio de 2008 foi criado o projeto F-X2 e, em novembro do mesmo ano, selecionados como finalistas o Rafale, o Gripen NG, da sueca Saab, e o F-18 Super Hornet, fabricado pela americana Boeing.



O Rafale é apontado por especialistas como a opção mais cara entre os três concorrentes. A renovação da frota da FAB é um negócio avaliado em 5 bilhões de euros. Christine assinalou que a França já consentiu em firmar importantes compromissos no que se refere à transferência de tecnologia ao Brasil, ponto mencionado pela presidente como condição para voltar a examinar os contratos. A ministra afirmou ainda que a França "cruza os dedos" para obter este importante contrato, que, caso se concretize, representará a primeira venda destes caças fora do país.



De acordo com a agência de notícias Reuters, Dilma teria decidido adiar a escolha do fornecedor de jatos de combate que irá substituir a frota atual da FAB. Segundo uma das fontes, a presidente vai reiniciar o processo de avaliação das aeronaves e a esta altura não tem preferência por qualquer fornecedor.

PLANO DA ANATEL PODE SER INCONSTITUCIONAL

Especialistas consultados  afirmam que o plano da Anatel de monitoramento de dados telefônicos fere as garantias individuais.




"Essa medida reflete uma patologia regulatória", diz o advogado Floriano de Azevedo Marques Neto.



"O que ocorre hoje, não só na Anatel, mas em outros setores da administração pública, é tentativa de flexibilização do sigilo do cidadão."



Para ele, se a agência desconfia de que algo não está sendo cumprido pelas empresas reguladas, teria de entrar com pedido na Justiça para ter acesso a esses dados sigilosos.



"Tirando os juízes, só uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] tem o poder de quebrar sigilo telefônico e bancário", afirma o advogado Pedro Dutra, que tem operadoras como clientes.



Para a advogada Elinor Cotait, que também defende operadoras, a medida adultera o princípio do sigilo.



"O sigilo é uma garantia constitucional para que o indivíduo possa se defender do Estado", diz Cotait. "Essa nova lógica [de que o Estado vá defender o indivíduo] desequilibra essa relação."



A tentativa de "flexibilização" do sigilo, para que possa ser "compartilhado" por órgãos da administração pública, levou as operadoras a serem multadas pela Anatel.

Isso porque, no início, elas se negaram a quebrar o sigilo telefônico. Para cumprir a determinação da agência, uma das operadoras teria enviado o relatório omitindo os números de origem e de chegada. Mesmo assim, acabou sendo multada, segundo confirmou a Anatel.

VOTAÇÃO DE ACORDO MILITAR PARALIZADO NO CONGRESSO ITALIANO

A conferência de líderes partidários da Câmara de Deputados da Itália adiou a votação do acordo militar já assinado com o Brasil para o reaparelhamento da Marinha. A decisão foi tomada a partir da proposta de Fiamma Nirenstein, deputada do partido Povo da Liberdade (PDL), da base de sustentação de Silvio Berlusconi, e é encarada como um ato de retaliação à decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar o ex-ativista Cesare Battisti.



A deliberação ocorreu ontem, em Roma, e já era esperada por analistas políticos e pela imprensa italiana. O aval da Câmara dos Deputados é o último passo para a ratificação do acordo bilateral entre Brasil e Itália, que prevê o desenvolvimento, a construção e a venda de navios e fragatas à Marinha brasileira. O valor do acordo é estimado em US$ 3 bilhões. O projeto já foi assinado pelos ministros da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, e do Brasil, Nelson Jobim, e já foi homologado pelo Senado italiano.



Chamado de "pausa para reflexão" por Fiamma Nirenstein, o "congelamento" implica o retorno do texto às comissões setoriais da câmara para nova análise. A decisão é válida por tempo indeterminado. Mas, segundo o ministro adjunto de Relações Exteriores da Itália, o Tratado Itália-Brasil não será abandonado. "O acordo não foi cancelado, mas adiado e nós esperamos do Brasil sinais positivos que essa decisão possa encorajar."



No meio político italiano, a não extradição de Battisti continua repercutindo. No dia 18, a Câmara vai apreciar uma moção de protesto contra a decisão do governo brasileiro sobre o caso. Na segunda-feira, o chanceler italiano, Franco Frattini, voltou a pedir à União Europeia que reaja à decisão do ex-presidente brasileiro. Na semana passada, a Comissão Europeia afirmou que não interviria no tema porque questões de extradição não são de sua jurisprudência.



Soberania. Cotado para a vaga de Eros Grau no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams, afirmou ontem que a decisão de negar a extradição do ex-ativista italiano e mantê-lo no País como imigrante foi um ato soberano do governo brasileiro, tomado com base na lei e no tratado entre os dois países. Ele acredita que o STF manterá a decisão de Lula.



"A decisão está tomada e cabe ao STF dar sequência", afirmou Adams, após audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Parte da agenda foi dedicada aos desdobramentos do caso e às reações do governo italiano, que ameaça recorrer à Corte Internacional de Haia.



Os dois ministros não acreditam que as boas relações entre Itália e Brasil sejam afetadas. O governo, segundo Adams, está convicto de que o STF manterá a decisão anunciada por Lula em 31 de dezembro. "O governo espera com tranquilidade, mas eu não tenho dúvida de que a decisão presidencial será mantida (pelo STF) e ele (Battisti) será solto imediatamente", previu o advogado-geral da União

BABY DOC UM PROBLEMA DE GOVERNABILIDADE

O ex-presidente do Haiti Jean-Claude Duvalier, também conhecido como Baby Doc, retornou ao país 25 anos depois de ser deposto por uma revolta popular. Duvalier, 59 anos, chegou ao aeroporto da capital Porto Príncipe no domingo, em um voo vindo da França, onde ele vivia exilado.



O retorno inesperado de Baby Doc ao Haiti ocorre no momento em que o país enfrenta uma crise política, uma epidemia de cólera e as dificuldades da reconstrução após o terremoto devastador do ano passado que matou mais de 250 mil pessoas.



Não se sabe ao certo o que motivou o regresso de Duvalier, mas ele disse que quer "ajudar o povo haitiano". O primeiro-ministro, Jean-Max Bellerive, disse que não há motivo para acreditar que a chegada de Baby Doc vá desestabilizar o país. "Ele é um haitiano e, como tal, é livre para voltar para casa", disse Bellerive.



Governo violento



Jean-Claude Duvalier tinha apenas 19 anos quando herdou o título de "presidente vitalício" de seu pai, François "Papa Doc" Duvalier, que governou o país de 1957 a 1971. Baby Doc é acusado de corrupção, repressão e abuso de direitos humanos durante o tempo em que esteve no poder, de 1971 a 1986.



Como o pai, ele contava com uma milícia particular conhecida como os Tontons Macoutes, que controlava o Haiti usando violência e intimidação. Os Duvalier são tidos por analistas como dois dos mais violentos governantes da História.



Vodu



Papa Doc reforçou sua imagem ameaçadora com um culto de personalidade baseado no vodu haitiano, mas Baby Doc era visto como um playboy. Em 1986, ele foi deposto por um levante popular após pressão diplomática dos Estados Unidos e fugiu para a França, onde vivia exilado, apesar de nunca ter recebido asilo político formal.



Em uma entrevista em 2007, ele pediu que o povo haitiano o perdoe por "erros" cometidos durante seu governo. Um pequeno grupos de partidários de Duvalier vinha fazendo uma campanha para que ele voltasse ao Haiti.



Crise política



O retorno de Duvalier ao país aconteceu no dia exato em que deveria ocorrer o segundo turno das eleições presidenciais no Haiti, mas a votação foi adiada por causa de uma disputa em torno dos nomes que deveriam constar na cédula eleitoral.



O candidato governista, Jude Celestin, e o cantor Michel Martelly querem participar do segundo turno com a ex-primeira-dama Mirlande Manigat, considerada vencedora do primeiro turno, em 28 de novembro, em uma votação fortemente criticada por causa de relatos de fraude, violência e intimidação de eleitores.



Resultados provisórios anunciados em dezembro pelo conselho eleitoral apontavam Celestin como o segundo colocado, com pequena vantagem sobre Martelly. Mas os resultados provocaram protestos violentos por parte de partidários de Martelly, que alegou ter perdido o segundo lugar por causa de fraudes.

FORTALECIMENTO DO SETOR AEROESPACIAL

Com foco em inovação, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse ontem que pretende fortalecer o setor aeroespacial brasileiro por meio de boas propostas e muita motivação. Em seu primeiro compromisso oficial como ministro, Mercadante esteve ontem no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, e afirmou que o instituto terá importância estratégica em sua gestão, especialmente pelos programas que desenvolve nas áreas de monitoramento de florestas, mudanças climáticas, previsão de tempo e desenvolvimento de satélites.




Mercadante ressaltou que vai procurar uma solução para o problema do déficit de especialistas na área espacial, com a contratação de novos pesquisadores. "A geração dos 50 e 60 anos já representa quase dois terços do pessoal que trabalha hoje no Inpe e no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e o Estado precisa preservar as suas funções de excelência."



O ministro comentou que, nos últimos dois anos, os pesquisadores do Inpe e do DCTA tiveram reajuste salarial importante - 92%, em média - , mas lembrou que o índice ainda está defasado em relação ao mercado de trabalho, que está aquecido.



O ministério, segundo Mercadante, quer trazer de volta pesquisadores que hoje trabalham fora do país. Só em universidades americanas de primeiro nível, segundo o ministro, trabalham hoje cerca de 3 mil professores brasileiros.



"Precisamos criar uma rede para que esses profissionais se relacionem com o Brasil e possam participar de projetos no nosso país, e também abrir uma porta para os que quiserem voltar, além de incentivar a vinda de pesquisadores estrangeiros de alto nível para trabalhar em nossas universidades e institutos de pesquisa", disse.



Mercadante comentou que ainda é prematuro falar em mudanças estratégicas no programa espacial brasileiro. "Temos de avaliar com profundidade o que nós vamos fazer e a ideia é elaborar um diagnóstico bem rigoroso para construir uma estratégia que seja consistente e duradoura."



Qualquer alteração no âmbito das empresas do ministério (ACS, Nuclepe Sibratec), segundo ele, só será feita a partir de uma avaliação rigorosa da atual equipe recém-indicada para trabalhar no ministério. "O critério vai ser competência técnica e excelência. Isso aqui é política de Estado e nós vamos tratar todas essas instituições com esse perfil. A presidente me deu total liberdade para fazer isso."



Na área de lançadores de satélites, o ministro disse que o objetivo é continuar e avançar. No dia 21, Mercadante voltará a São José dos Campos para conhecer de perto os principais projetos do Brasil nessa área e programou uma visita ao DCTA. O ministro será recebido pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito.



Mercadante disse que considera indispensável o investimento em satélites que fazem o monitoramento climático e dão apoio à previsão de safra. "A economia satelital representa hoje US$ 206 bilhões por ano. Portanto, é um setor de grande disputa estratégica, de alto valor agregado e que também permite desenvolvimento de inovação em muitas outras áreas da economia", afirmou.

laboratório oceanográfico em alto mar

O Brasil tem uma ambiciosa proposta de fincar um laboratório oceanográfico na mais remota fronteira marítima do país e, com isso, garantir o domínio territorial sobre uma área em que as riquezas naturais escondidas vão além do petróleo na camada do pré-sal. No limite da plataforma continental, a 350 milhas náuticas (648 quilômetros) da costa, o potencial de reservas minerais é imensurável, segundo uma fonte militar revelou ao GLOBO.




Com a implantação de um centro de pesquisas em alto-mar e o investimento em satélites, embarcações de patrulhamento e submarinos, a estratégia que vem sendo esboçada reservadamente pelo governo Dilma Rousseff é no sentido de afastar investidas de estrangeiros, como americanos, russos, alemães e japoneses, nos cobiçados mares do Atlântico Sul.



O instrumento de pesquisa, cujo projeto envolve os ministérios da Defesa, da Ciência e Tecnologia, do Meio Ambiente e investidores privados brasileiros, passará a ser usado para marcar a presença do Brasil dentro e fora das 200 milhas (370 quilômetros) hoje delimitadas. É o mesmo espírito que move a ocupação de pesquisadores do minúsculo arquipélago de São Pedro e São Paulo, a 1.010 quilômetros de Natal (RN). Os cientistas atualmente se revezam a cada 15 dias no arquipélago.



A localização e o projeto da plataforma fixa que dará suporte ao laboratório ainda estão em fase de elaboração. A determinação de custos e de prazo para a construção do equipamento é a próxima etapa, e a ideia é formalizar um consórcio com a participação do governo, da Petrobras e de parceiros da industrial nacional para custear o projeto. Além das pesquisas direcionadas à segurança ambiental, ao desenvolvimento de tecnologia naval e à biotecnologia, já há entendimento para que o laboratório tenha um observatório submarino, cujas imagens estariam disponíveis ao público pela internet.



Exploração brasileira tem respaldo das Nações Unidas

No limite de 200 milhas mar a dentro, entra na pauta de prioridades a descoberta de petróleo no pré-sal. Os mais preocupados citam a volta da Quarta Frota dos Estados Unidos, país atento ao fortalecimento de uma frota militar na região. Um oficial da Marinha lembra a "incrível coincidência" entre o anúncio do petróleo na camada pré-sal e a decisão dos americanos de deslocar para o Caribe a Quarta Frota - divisão da Marinha americana responsável por operações no Atlântico Sul.



O faturamento potencial das reservas do pré-sal, considerando as atuais estimativas de 40 bilhões de barris, com o preço médio unitário de US$100, alcançaria US$4 trilhões. A ideia, segundo revelou ao GLOBO alto funcionário do governo, é "cravar os pés brasileiros" em um eldorado cuja soberania nacional pode ser questionada no futuro. A autoridade lembra que, nos limites oceânicos, prevalece a ocupação permanente para fins de domínio territorial.



- Vamos pegar o limite da área de disputa, antes de outros. Eles vêm aqui com a Quarta Frota e nós vamos com o laboratório marítimo, muito mais simpático - afirma.



O Brasil já conquistou, junto às Nações Unidas, respaldo para explorar científica e comercialmente uma vasta área oceânica, que alcança 350 milhas náuticas, entre a fronteira com a Guiana Francesa e a divisa com o Uruguai. E disputa outros três trechos estratégicos, um ao sul e outro ao norte das reservas do pré-sal, inclusive na ainda misteriosa costa do extremo sul do país. O terceiro ponto segue em direção ao Mar do Caribe.



A questão é que, quando o pré-sal estiver a pleno vapor, o Brasil estará entre os maiores fornecedores de petróleo do mundo, podendo chegar ao nível do Oriente Médio. Passará também a ser um ator relevante no setor de energia. Assim, exercerá influência sobre as nações produtoras e terá de negociar pesadamente com os grandes consumidores, onde se inserem os americanos.



- Estamos trabalhando sobre um cenário de 30, 40 anos. Nossa preocupação, no caso do pré-sal, não é com uma ameaça imediata. Não importa o que aconteça no futuro, temos de estar preparados para a adversidade - esclareceu uma fonte da área militar.



Em outra frente, o Brasil se prepara para disputar novos espaços para entrar firme em mineração no solo oceânico, na área fora do pré-sal e após as 200 milhas, entre a África e a América do Sul. As Nações Unidas trabalham em uma normatização para a exploração dos solos marinhos na faixa entre os dois continentes, hoje ocupada por embarcações da Rússia, do Japão e da Alemanha.



- A América do Sul e a África podem interferir nas decisões da ONU sobre o Atlântico Sul - diz essa fonte.



Um das preocupações é que, com a autorização dada aos países para explorar minérios, serão montadas estruturas no caminho das rotas marítimas comerciais brasileiras, o que provocará aumento de custo e obrigará navios a desviarem o curso. Mais um item a encarecer o frete.



- O Atlântico Sul é a região do oceano menos estudada do planeta e 92% do nosso comércio exterior passam por lá. Essa base científica é fundamental e vale a pena, não importa o custo - avalia Jorge Ramalho, especialista em relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB).



Plataforma será patrulhada por submarino nuclear

No ano passado, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, iniciou uma ofensiva junto aos países da Costa Oeste da África, para que seja deslanchada uma ação conjunta que beneficie os dois continentes na negociação no âmbito da ONU. Jobim ofereceu a Marinha brasileira para ajudar os africanos a mapearem sua plataforma continental e estabelecer seus próprios limites.



Para assegurar o controle da plataforma brasileira, serão usados um submarino convencional e um submarino nuclear, que pode ficar meses submerso com uma velocidade maior. Também serão comprados mais navios de patrulha oceânica e construído um sistema de satélite para monitorar a chamada Amazônia Azul.

SISFRON

 O Exército vai lançar um Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), com investimento de R$ 10 bilhões, visando modernizar as Forças Armadas, segundo a "Folha".




O sistema deve ser concluído em 2019 e será feito em três etapas. O gasto com manutenção anual chegará a 10% do total do orçamento. Inicialmente, o projeto inclui equipamentos como radares de comunicação de diferentes graus de sofisticação, radar de imagem, veículos aéreos não tripulados (vants), além de blindados para abranger a fronteira terrestre.



Para o governo, o problema com as fronteiras é o principal quando se trata da segurança do país, levando em conta as "falhas" que acontecem na entrada de produtos ilícitos. Após o monitoramento do espaço aéreo, com o Sistema de Proteção da Amazônia, o contrabando e o tráfico de armas passaram a ser feitos por terra, chegando até as favelas cariocas.

DE OLHO NO ESPAÇO

Para ganhar espaço no uso de alguns dos telescópios mais poderosos do mundo, o Brasil vai pagar cerca de R$ 550 milhões durante dez anos ao Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês). O acordo, assinado no final de dezembro pelo ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, e pelo diretor geral da ESO, Tim de Zeeuw, faz do Brasil o primeiro país de fora da Europa a ser membro do observatório.




O convênio permite a participação brasileira na construção do futuro superobservatório E-ELT, que terá 42 metros de abertura e deve ser inaugurado em 10 anos, em Paranal, no Deserto do Atacama, Chile.



Para o ministro Rezende, o país crescerá ainda mais na área se tiver acesso aos meios mais modernos de pesquisa astronômica e participar ativamente de grandes projetos de infraestrutura observacional.



Ele adianta que “A ESO é uma organização multilateral que até agora só tinha como membros os países europeus. A entidade é proprietária das melhores instalações de astronomia do mundo”.

contrato milionário

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos ainda não decidiu de quem vai comprar até 200 aviões turboélice de combate, mas a Embraer já está se preparando para o caso de ganhar esse contrato bilionário. A empresa obteve da autoridade aeroportuária da cidade de Jacksonville, na Flórida, uma opção para alugar um hangar para montar os aviões em território americano e já assegurou benefícios tributários para o projeto.



O governo americano deve escolher até junho o fornecedor dos aviões que serão usados sobretudo no combate ao tráfico de drogas em países como a Colômbia. O avião Super Tucano da Embraer é uma dos fortes candidatos a esse contrato, que pode oscilar entre valores de US$ 1 bilhão e US$ 3 bilhões.



A Embraer está impedida de comentar os seus planos para a Flórida, devido a cláusula de confidencialidade assinado com autoridades locais, mas o Valor confirmou os detalhes mais importantes do projeto com o grupo de desenvolvimento econômico da Câmara de Comércio de Jacksonville, que trabalhou no encaminhamento do pedido de benefícios fiscais.



"É um pouco mais difícil para uma empresa estrangeira, mesmo para quem tem uma subsidiária nos Estados Unidos como a Embraer, competir num contrato como esse", afirma Jerry Mallot, vice-presidente da Câmara de Comércio de Jacksonville. "Entre outras exigências, a empresa deve montar as aeronaves nos Estados Unidos."



O principal concorrente da empresa brasileira - fabricante de aeronaves comerciais, jatos executivos e aviões de defesa - nessa disputa é o suíço Pilatus, mas o Departamento de Defesa também colheu informações das americanas Hawker Beechcrafte Air Tractor. A Embraer tem uma subsidiária na cidade de Fort Lauderdale, na Florida, e está construindo uma fábrica para montar jatos executivos em Melboune, no mesmo Estado. Mallot considera que a montagem das aeronaves militares na Flórida deverá ajudar a Embraer a atender as exigências do governo americano.



A Autoridade Aeroportuária de Jacksonvile concedeu uma opção a Embraer para alugar um hangar com 3,7 mil metros quadrados no aeroporto internacional da cidade para a montagem dos aviões Super Tucanos, que seria exercida caso a empresa vença a disputa no Departamento de Defesa. A Comissão de Desenvolvimento Econômico de Jacksonville concedeu um incentivo fiscal de até US$ 150 milhões para a criação de 50 empregos com salários médios anuais de US$ 50 mil.



Na sua consulta às empresas, o Departamento de Defesa informou que planeja comprar inicialmente 100 aviões, mas o contrato final poderá subir a 200 aviões. A versão mais básica do Super Tucano custa US$ 10 milhões, mas o preço pode subir a US$ 15 milhões dependendo dos equipamentos instalados.



Uma das razões da Embraer para escolher Jacksonville para montar os aviões é a tradição da cidade no setor de aviação. "Temos uma mão-de-obra com as qualificações exigidas para a montagem de aviões", disse Mallot. Jacksonville tem uma base aérea da Marinha americana e fica a cerca de 250 quilômetros ao norte da base de lançamentos de foguetes de Cabo Canaveral.



O contrato com o Departamento de Defesa é considerado estratégico pela Embraer para recuperar o nível de vendas, que foram fortemente afetadas pela crise financeira mundial, e para diversificar a atuação da companhia e torná-la menos suscetível às recessões econômicas.



No terceiro trimestre de 2010, a que se refere o mais recente balanço, a Embraer entregou 44 aviões, o que representa 13 unidades a menos que o esmo periodo do ano anterior. Mas o número de encomendas de novas aeronaves vem se recuperando.



Centro da crise atual, em 2007 a América do Norte comprou US$ 3,377 bilhões em produtos da Embraer, o que corresponde a 47% das vendas da empresa no mundo todo. Cerca de dois terços dessas receitas vieram da venda de aviões para companhias aéreas. A Embraer vem apostando na diversificação de produtos, como o desenvolvimento de novos jatos executivos e produtos para a área de defesa, e de novos mercados, como Oriente Médio e resto da Ásia.



No ano passado, o Brasil assinou com os Estados Unidos um acordo de cooperação militar, o primeiro em 30 anos, que deve ajudar a Embraer na disputa pelo contrato. Em visita a Washington, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que, graças ao acordo militar, o Departamento de Defesa poderá dispensar licitação caso decida comprar os aviões da Embraer

sábado, 8 de janeiro de 2011

wikileaks e suas pérolas

A posição do Gana como centro de novas rotas do tráfico de cocaína da América Latina foi uma das mais recentes informações reveladas hoje por documentos diplomáticos divulgados pelo site Wikileaks e citados pela imprensa internacional.




O jornal britânico The Guardian avança que em janeiro o Presidente do Gana, John Evans Atta Mills, disse ao secretário de Estado adjunto norte-americano para os assuntos africanos, Johnnie Carson, que temia “um futuro sombrio” para o povo daquele país.



De acordo com o mesmo jornal, Mills terá mesmo manifestado a sua preocupação sobre o eventual envolvimento de elementos do Governo com traficantes de drogas.



Outros documentos secretos norte-americanos divulgados hoje pela imprensa internacional reproduzem uma conversa informal entre o ex-primeiro-ministro de Singapura, Lee Kuan Yew, (1959-1990), a embaixadora dos EUA, Patricia Herbold, e o secretário de Estado adjunto Thomas Christensen.



No encontro, Lee chama aos líderes da junta militar da Birmânia “estúpidos” e “lentos” e salienta que lidar com aquele regime é como “falar com pessoas mortas”.



Outras notas diplomáticas confidenciais dão conta de que os diplomatas norte-americanos acompanharam com muita atenção as tensões entre o ex-presidente do Governo catalão José Montilla, do PSC, e José Luis Rodriguez Zapatero presidente do Governo espanhol, do PSOE.



Os conflitos devido ao Estatuto da Catalunha e ao novo financiamento autonómico puseram em alerta o consulado americano que apreciou as atitudes “se paratistas” no PSC, pela procura do setor 'catalanista' de ter grupo próprio no Congresso.



Outra revelação com eco na imprensa internacional foi a alegada intervenção do departamento de Estado norte-americano para impedir que a presidência espanhola da UE (no primeiro semestre deste ano) levantasse o embargo de armas contra a China.



O diário espanhol El País revelou, por outro lado, que os EUA criaram em 2007 - dois anos após os atentados de Londres - um grupo de trabalho especial para combater e observar a radicalização da comunidade muçulmana no Reino Unido.



O dia de hoje também continuou a ser marcado pelo processo criminal contra o fundador do Wikileaks, Julian Assange, e por diversas reações, como a do Presidente russo, Dmitri Medvedev, que exigiu do Serviço de Reconhecimento Externo que tire o máximo proveito da fuga de informação.



Outra das vozes que hoje abordou o tema WikiLeaks foi antigo líder cubano Fidel Castro, que se regozijou com o 'duro golpe' que o portal lançou contra o 'império norte-americano'.



Já a organização Repórteres Sem Fronteiras condenou as medidas tomadas por governos e agências governamentais de todo o mundo para “censurar” sítios na Internet ou meios de comunicação que divulgam telegramas do Wikileaks.



Isto no dia em que um porta-voz do Pentágono anunciou que a Força Aérea norte-americana bloqueou o acesso dos seus computadores a 25 'sites' que publicam os telegramas diplomáticos, incluindo o New York Times.