sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A FAB AJUDA OS SUPERTUCANOS NOS EUA

Foi realizada na Base Aérea de Kirtland, Novo México, no período de 25 a 28 de janeiro, a LASSD (Light Air Support System Demonstration) da aeronave A-29 Super-Tucano para a USAF.




Trata-se de uma concorrência aberta pelo governo norteamericano para a compra de aeronaves de caça leves para incorporação ao acervo da Força Aérea. A FAB apoiou a EMBRAER no evento com uma aeronave A-29 FAB 5951 do 3°/3° GAV, Esquadrão Flecha, e uma aeronave C-130 FAB 2475 do 1° GTT, além de mecânicos e equipe mista de pilotos dos três esquadrões de A-29 subordinados à III FAE.



A saída do Brasil foi no dia 21 de janeiro, da Base Aérea de Boa Vista, tendo sido percorridos mais de 6.800 milhas náuticas (ida e volta) em uma aeronave monomotor.



Para tal feito, por exemplo, houve a necessidade de pousos técnicos intermediários no deslocamento de ida em: Piarco (Trinidade e Tobago), Santo Domingo (República Dominicana) e Fort Lauderdale (Estados Unidos). No dia seguinte, as aeronaves seguiram voo para Nova Orleans (Luisiana), San Antonio (Texas) e, finalmente, Albuquerque (Novo México).



O empenho no planejamento e execução da missão, bem como o alto nível de profissionalismo e entrosamento dos esquadrões da FAB contribuíram sobremaneira para o notório sucesso da apresentação realizada, em conjunto com a EMBRAER, em território estrangeiro.

EMB145 NA ÍNDIA

A Embraer apresentou no dia 21 de fevereiro (segunda-feira),a primeira das três plataformas EMB 145 AEW&C (Airborne Early Warning & Control ou Alerta Aéreo Antecipado e Controle) para representantes do Governo da Índia, em cerimônia realizada na sede da Empresa, em São José dos Campos.




Com base no comprovado jato regional ERJ 145, da Embraer, a aeronave possui sistema de reabastecimento em vôo, comunicação por satélite, aumento significativo na capacidade de geração elétrica e refrigeração, e um amplo conjunto de modificações aerodinâmicas e estruturais. Essas melhorias permitirão a instalação de sistemas eletrônicos avançados atualmente em desenvolvimento pelo Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento de Defesa (Defence Research & Development Organisation – DRDO) do Ministério da Defesa da Índia, sob a coordenação do Centro de Sistemas Aero-embarcados (Centre for Airborne Systems - CABS).



Após a apresentação oficial, o avião começará os exigentes testes em solo e em voo. O traslado para a Índia, onde receberá o equipamento que está sendo desenvolvido pelo DRDO, está previsto para o segundo semestre deste ano.



“O bom andamento desse programa tão complexo é fortemente baseado na boa vontade e no elevado nível de profissionalismo que ambas equipes, indiana e brasileira, têm demonstrado ao longo dos últimos dois anos e meio. Dada a experiência da Embraer na área de aeronaves de vigilância e equipamentos desse tipo, acreditamos que esse produto desenvolvido conjuntamente oferecerá excelente capacidade operacional, e estamos ansiosos pela entrada em serviço”, disse Eduardo Bonini, vice-presidente de Operações, Embraer Defesa e Segurança.



Atualmente, há quatro aviões Legacy 600, da Embraer, sendo utilizados pela Força Aérea da Índia (Indian Air Force – IAF) para o transporte de autoridades indianas e estrangeiras. Um quinto Legacy é operado pela Força de Segurança de Fronteiras (Border Security Force – BSF), subordinada ao Ministério do Interior da Índia .



A Embraer na Índia - A Embraer tem uma forte presença no mercado indiano, e tem como clientes de uma variedade de produtos tanto o governo nacional quanto organizações privadas. Além da IAF e da BSF, a Empresa tem obtido sucesso na venda de jatos executivos à companhias privadas na Índia, como Aviators Pvt. Ltd. - o primeiro cliente de jatos executivos Phenom na região – e Invision Pvt. Ltd., que atualmente possui a maior encomenda de jatos Phenom 300 e Phenom 100 na Índia. Para apoiar as operações do crescente número de clientes e operadores de jatos executivos da Embraer no país, a Empresa nomeou a Indamer. Pvt Ltd. e a Air Works Pvt. Ltd. como centros de serviços autorizados.



Perfil- O EMB 145 AEW&C (Airborne Early Warning & Control ou Alerta Aéreo Antecipado e Controle) é um dos integrantes da família de aeronaves e sistemas de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (Intelligence, Surveillance and Reconnaissance – ISR) da Embraer. O jato é derivado do ERJ 145, um dos mais bem sucedidos jatos regionais no mundo, com mais de 1.100 aeronaves entregues e 18 milhões de horas de vôo acumuladas.



A Embraer oferece aeronaves flexíveis, confiáveis e financeiramente acessíveis para missões ISR, mesclando perfeitamente eficiência e economia. Sua principal missão é detectar, rastrear e identificar alvos dentro da sua área de patrulhamento e transmitir essas informações para forças amigas, de modo a fornecer-lhes uma precisa e ampla visão do teatro de operações.



O EMB 145 AEW&C também tem capacidade para monitorar o espaço aéreo, controlar o posicionamento de caças em missões de interceptação, inteligência de sinais e vigilância marítima, de fronteira e de Zonas Econômicas Exclusivas. Dez aeronaves EMB 145 AEW&C já foram entregues a três forças aéreas no mundo. A Força Aérea Brasileira (FAB) opera cinco delas no Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM).



Uma outra aeronave está em serviço no México, com a Secretaría de la Defensa Nacional (SEDENA), e a Força Aérea da Grécia (Hellenic Air Force) encomendou quatro jatos para operações junto à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).



O EMB 145 AEW&C para a Índia irá juntar-se à bem-sucedida família de aeronaves de vigilância da Embraer. Ele será equipado com um conjunto completo de sistemas de missão, composto por um potente radar de vigilância aérea e sistema de comando e controle, além de um conjunto completo de sistemas de apoio à missão, tais como avançados sistemas de comunicação e apoio eletrônico, link de dados, e dispositivos de auto proteção. Os sistemas



de missão estão atualmente sendo desenvolvidos pelo DRDO da Índia, e será integrado com a plataforma do EMB 145, sob a coordenação do CABS., A Embraer também está instalando, de acordo com os requisitos da DRDO, um sistema de reabastecimento ar-ar, uma fonte adicional de energia elétrica e uma unidade extra de refrigeração sobre a plataforma anterior do EMB 145 AEW&C.

A ERA ESPACIAL E OS QUILOMBOLAS

A base de Alcântara, no norte do Maranhão, tem outro desafio além de fazer um lançamento bem-sucedido do foguete ucraniano Cyclone-4, previsto para 2012: os planos governamentais de expandir a base para projetos futuros esbarram nas comunidades de estimados 2 mil quilombolas que vivem na região.




Segundo Servulo de Jesus Moraes Borges, representante do Movimento dos Afetados pela Base de Alcântara (Mabe), o caso está em debate em uma câmara de conciliação, sem previsão de conclusão.



Se aprovados, os planos de expansão podem dobrar o tamanho da base, que atualmente tem cerca de 8,5 mil hectares.



Borges disse que seu movimento “não aceita o avanço dentro das áreas dos quilombolas, porque se criariam precedentes políticos”.



Segundo ele, os quilombolas ficam atualmente apenas com os “subempregos de pouca qualificação” oferecidos pela base. “O projeto não beneficia a comunidade local, faltam investimentos em educação e em qualidade de vida”, disse à BBC Brasil.



O presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Ganem, aposta no bom relacionamento com os quilombolas e afirmou que essas comunidades “deverão ser tratadas como clientes prioritários”.



“A população encontrou um colaborador no programa espacial brasileiro”, disse.



O previsão é de que o lançamento do foguete Cyclone-4, preparado em parceria entre Brasil e Ucrânia, ocorra com a base de Alcântara nas atuais dimensões.

TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA É GARANTIDA

O Brasil não deve duvidar da transferência de tecnologia se adquirir os caças F/A-18 Super Hornet para sua Força Aérea, disse nesta quinta-feira, nos Estados Unidos, o subsecretário de Defesa para a América Latina, Frank Mora, em audiência no Senado.




"Afirmaria que a transferência de tecnologia da magnitude que estamos oferecendo colocará o Brasil no nível de nossos aliados próximos", destacou.



Ao ser ouvido sobre se Brasília não deveria duvidar do compromisso da transferência de tecnologia, Mora respondeu: "É correto".O F/A-18 Super Hornet da Boeing compete com o Rafale da francesa Dassault e com o Gripen NG da sueca Saab, por um contrato estimado entre 4 bilhões e 7 bilhões de dólares.



O ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva, que declarara preferência pelos aviões franceses, deixou a decisão em mãos da sucessora Dilma Rousseff.Um dos aspectos mais importantes para o Brasil na negociação é a transfêrencia de tecnologia.



"Os Estados Unidos apresentaram uma proposta sólida dos Super Hornet (...), com transferência significativa de tecnologia", destacou Frank Mora.Explicou que a compra dos aviões estreitaria ainda mais a colaboração na defesa, depois da assinatura, em abril de 2010, de um acordo de cooperação militar entre ambos os países.



O presidente Barack Obama visitará o Brasil no final de março, como parte de uma turnê que o levará, também, ao Chile e a El Salvador.

FAB NO COMBATE AS DROGAS

A Força Aérea Brasileira (FAB) participou, recentemente, de uma operação para combater o plantio de maconha no Sertão Nordestino, principalmente nos Estados de Pernambuco e Bahia. A missão destruiu 294 mil mudas e derrubou 394 mil pés da droga, tirando de circulação aproximadamente 117 toneladas do entorpecentes.




Os helicópteros transportaram policiais federais de diversos Estados para desmantelar o plantio e produção da droga na região. Os policiais consideraram determinante o apoio da FAB à operação para o combate ao tráfico de entorpecentes, impedindo a disseminação de grande parte da droga produzida na região.



Na primeira etapa da operação, nos municípios de Carnaubeira da Penha, Cabrobó, Betânia, Belém do São Francisco, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, Floresta, Salgueiro e ilhas do rio São Francisco, foram destruídas 131 roças com 294 mil mudas, 337 mil pés de maconha e 39 quilos prensados que, que totalizariam 101 toneladas da droga pronta para a comercialização.



Na etapa seguinte, já no Estado da Bahia, foram destruídos cerca de 57 mil pés da planta, tirando de circulação 16 toneladas de maconha nos municípios de Sobradinho, Casanova e Juazeiro.

PARAGUAI VAI INSTALAR RADAARES MÓVEIS EM SUAS FRONTEIRAS

O Paraguai vai instalar nos próximos dois anos radares móveis com operações em terra para detectar voos não autorizados, principalmente nas regiões de fronteira, anunciou nesta quarta-feira o comandante da Força Aérea, general Miguel Christ.




O chefe militar disse aos jornalistas que os instrumentos só funcionam em terra e vão ser deslocados "de acordo com um programa de combate ao tráfico, tanto no nosso país quanto nos países vizinhos".



Explicou que o primeiro dos equipamentos, com custo de US$ 2 milhões cada um, entraria em operação em maio. O segundo está previsto para o ano de 2012, para "ajudar no trabalho em execução pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e a Polícia Nacional".



Christ fez o anúncio após a reunião semanal do presidente Fernando Lugo com a cúpula militar e apenas três semanas após o ministro da Justiça do Brasil, José Eduardo Cardozo, anunciasse o sobrevoo de aviões não tripulados na fronteira com a Argentina e o Paraguai.



Paraguai compartilha com a Argentina, Bolívia e Brasil uma extensa zona de fronteira na qual proliferam voos clandestinos de organizações que traficam drogas, armas e tabaco.

MINISTRO JOBIM VISITA EMPRESAS NO POLO TECNOLÓGICO PAULISTA

O Ministro da Defesa Nelson Jobim visitou ontem, segunda-feira (07/02), o Parque Tecnológico de São José dos Campos e conheceu os projetos desenvolvidos por empresas como a Flight Technologies, Embraer e a Vale Soluções e Energia.




O diretor da Flight Technologies, Nei Brasil, apresentou ao Ministro Jobim os projetos da empresa, entre eles o VANT (veículos aéreos não tripulados), que tem entre os clientes o Exército Brasileiro. O diretor apresentou ao Ministro da Defesa as aplicações do VANT nas áreas de defesa e segurança.



“Tivemos uma oportunidade única, pois a visita abre um canal de comunicação muito importante com o Ministério da Defesa e pudemos mostrar com clareza os nossos projetos e estratégias”, afirmou Nei Brasil.



A Flight Technologies foi fundada em 2005 por Nei Brasil e Benedito Maciel. Focada no desenvolvimento de sistemas aeronáuticos, a empresa foi o primeiro empreendimento apoiado pela Incubadora de Negócios do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA/CTA).



Para o diretor executivo e co-fundador da Flight Technologies, a empresa é o resultado de uma política do governo de investimento em incubadoras. “Um dos principais desafios da empresa agora é a consolidação da nossa posição no mercado.”



Flight Technologies

Desde sua criação, a Flight Technologies passou a atuar para dar suporte ao desenvolvimento de sistemas robóticos em projetos do Ministério da Defesa Brasileiro. Participou do Projeto VANT, sob Gerência do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA).



A partir de 2007, a Flight Technologies passou a praticar uma estratégia de negócios mais ampla, voltada para o desenvolvimento e a comercialização de produtos estratégicos para o país em duas áreas principais: Sistemas Aviônicos e Sistemas de Inteligência, Comando e Controle, baseados em veículos aéreos não-tripulados. Durante o mesmo ano, a empresa conquistou importantes contratos com o Centro Tecnológico do Exército (CTEx), através de sua controladora Flight Solutions, e com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).



A partir daí, alavancou a capacidade científica e tecnológica, com o desenvolvimento de tecnologias próprias em Sistemas Aviônicos e Sistemas de Inteligência, Comando e Controle.



Ao apresentar resultados positivos no Projeto VANT, bem como ao realizar as primeiras entregas para o Exército Brasileiro, em 2008, a Flight Technologies consolidou sua posição como liderança e referência latino-americana. Detentora de tecnologias próprias de interesse para o país, passou a ser considerada como uma empresa estratégica para as Forças Armadas Brasileiras.

DILMA E O SECRETÁRIO AMERICANO DISCUTEM ASSUNTOS MILITARES

No seu encontro de anteontem, em Brasília, com o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, a presidente Dilma Rousseff teria afirmado que considera o caça F-18, da Boeing, o melhor entre os três modelos candidatos a substituir a frota de caças da Força Aérea Brasileira (FAB). Os outros dois são o Rafale, da empresa francesa Dassault, e o Gripen, da sueca Saab.




A informação foi dada pela agência Reuters. Dilma, segundo o texto, só estaria esperando as garantias de transferência de tecnologia - questão-chave para o acordo. Normalmente, essa condição é vetada pelas leis dos Estados Unidos ou, se for o caso, derrubada pelo Congresso daquele país. Dilma teria manifestado a Geithner sua preocupação com essa transferência, indispensável para que o Brasil possa desenvolver sua própria indústria de defesa.



Em Paris, o jornal Le Monde divulgou com destaque a notícia da Reuters, que chamou de "uma novidade ruim". Diz que a revelação teria sido passada "por uma fonte próxima do dossiê (da FAB, sobre o processo de escolha)". E o jornal prossegue: "A nova presidente do Brasil teria declarado que o F-18 seria superior aos dois outros finalistas". Ao final da nota, lamenta o fato de que "a venda desses aviões é um folhetim que parece jamais terminar para a Dassault".



Negativa. Informado do episódio, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou ontem ao Estado que a presidente Dilma Rousseff já tenha dado uma opinião final sobre qual dos três modelos será o escolhido. Jobim voltou a lembrar que o assunto - que está na pauta do Planalto desde o início do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - continua na mesa da presidente. O martelo só será batido, segundo Jobim, depois de encontro com o Conselho de Defesa Nacional, a exemplo do que já tinha sido feito na compra de submarinos pelo Brasil.



A informação corrente, no Planalto, é que a presidente não manifestou sua preferência por nenhum modelo. De acordo com alguns de seus auxiliares diretos, ela não fez nenhuma avaliação na conversa com Geithner .



A modernização da frota da FAB prevê a compra de 36 novos caças, a um valor estimado em US$ 6 bilhões.

ACORDO BRASIL E ITALIA FOI RATIFICADO NA CÂMARA ITALIANA

Acordo firmado entre o Brasil e a Itália sobre a cooperação na Indústria de Armamentos e Defesa, firmado em Roma,11 novembro 2008 foi definitivamente ratificado hoje  na Câmara , faz parte dos acordos de cooperação entre os militares dos dois países que nos últimos tempos o Ministério da Defesa concluiu a nível bilateral para facilitar o processo de modernização das Forças Armadas, dando um impulso para o desenvolvimento da indústria de defesa Italiana.




A Câmara ratificou o Acordo entre a Itália e o Brasil sobre defesa . O texto no início do ano foi envolvido em controvérsia após o ex-presidente brasileiro luiz Inácio Lula da Silva negar a extradição para Itália de Cesare Battisti , razão pela qual , por proposta do relator compartilhada por todas as forças políticas , foi decidido "congelar " o exame do tratado.



Hoje (15FEV) a pedido do PdL (Il Popolo della Libertà), partido do Primeiro-Minisro Berlusconi a Câmara dos Deputados , que assumiu a análise, e aprovou o texto com 425 votos a favor, um contra e 98 abstenções , todas da UDC (Unione dei Democratici Cristiani e di Centro- linha centro-direita), Fli (Futuro e Libertà – linha centro-direita)) e IDV (Italia dei Valori – linha centrista).



Com quinze itens, o acordo Brasil-Itália, já foi aprovado pelo Senado e é de duração ilimitada, tem como objetivo desenvolver a cooperação bilateral entre suas forças armadas a fim de reforçar as capacidades defensivas e reforçar a cooperação mútua em matéria de segurança. A análise do impacto da regulamentação também aponta que a medida destina-se a reforçar as relações entre os dois países, aumentando o espírito de amizade que já existe.



Seja como princípios básicos a cooperação da igualdade e reciprocidade, está prevista a criação de um grupo de trabalho conjunto para garantir a implementação da cooperação em matéria de segurança e defesa, da investigação e desenvolvimento, apoio logístico, a partilha de experiências manutenção da paz, questões ambientais e de controlo da poluição proveniente de instalações militares, serviços de saúde militar, educação e formação, desporto, história militar.



As Partes comprometem-se a fornecer a cada apoiar as outras necessárias para as iniciativas empresariais relacionadas com equipamentos, serviços militares e de outras áreas de interesse comum, além de assistência mútua para promover a implementação de ações por parte das indústrias envolvidas no acordo e os acordos posteriores assinados sob ele.

DEFESA BRASILEIRA ESTÁ OBSOLETA

 O poderio militar brasileiro está obsoleto, mas também não tem ameaças imediatas ou competidores avançados na região. Sofre gravemente em setores como defesa aérea, mas tem algumas ilhas de excelência.




Há dois focos usados para justificar o reequipamento: a defesa do pré-sal e a Venezuela. Nos últimos anos, muito se falou do alinhamento de Hugo Chávez com a Rússia, que passou a lhe fornecer equipamento militar.



Os mais vistosos negócios são a aquisição de 24 caças Sukhoi-30, os mais poderosos do continente, e sistemas antiaéreos de ponta.



Nesse quesito, defesa aérea, o Brasil tem sua maior fragilidade. Dispõe de 66 lançadores portáteis de mísseis russos Igla, de curto alcance, e canhões antiaéreos antiquados. O Exército, responsável pelo setor, analisa a compra de sistemas russos similares aos da Venezuela, mas lentamente.



Os mais de 200 tanques de segunda mão que o Brasil comprou da Alemanha serviriam muito pouco no caso de um agressor com poder aéreo razoável atacar. Aliás, como a Argentina levaria décadas para voltar a ser uma preocupação estratégica, a aquisição não combina com as prioridades da Força terrestre, como a Amazônia.



Os Mirage-2000 baseados em Anápolis resolvem problemas pontuais no caso de alguém atacar Brasília, mas não passam muito disso. Há buracos no reabastecimento aéreo e transporte.



Melhor se saem os antigos caças F-5 modernizados no Brasil. Tendo derrotado aviões modernos em exercícios simulados, inclusive o Rafale oferecido à FAB, eles deverão "segurar as pontas" quando os Mirage forem aposentados a partir de 2015-16.



É nesse contexto que existe pressa para a escolha dos novos aparelhos, porque sua adoção é gradual e os F-5 não devem voar depois de 2020.



Concebida no espaço de atuação do Sivam na Amazônia, a vigilância feita pelos aviões-radar R-99 em conjunto com SuperTucano e F-5, ambos da Embraer, não tem rivais locais.



A Marinha opera submarinos convencionais eficazes e conseguiu manter seus navios atualizados. E já toca a renovação de sua frota submarina, dentro do acordo militar de 8,5 bilhões de euros (R$ 20 bilhões) assinado com a França em 2009.



"A intenção de ter um submarino nuclear (em 2025) colocará o Brasil como a nação mais poderosa em termos navais na região", disse Russell Jones, analista de América Latina da consultoria Jane"s.



SEM AMEAÇAS



Comunicações são um problema, com Exército e Marinha visando ampliar capacidades com planos bilionários. Há ainda bases aéreas grandes no Sul-Sudeste, refletindo uma ideia antiga de guerra com a Argentina.



Não existe, porém, ameaça direta ou mesmo capacidade de algum de nossos vizinhos de nos causar problemas mesmo em simulações delirantes de conflitos.



Diferentemente da maioria dos analistas, o chefe de Jones afirma que há uma corrida armamentista em curso na América Latina. "Mas acho que ela não diz respeito a perigos no futuro, mas a movimento do Brasil para assumir a posição de primazia diplomática nos assuntos da região", disse Guy Anderson.



Seja como for, nada disso se compara ao colosso militar ao norte, os EUA. A última superpotência, que pode destruir o mundo com suas 5.000 ogivas nucleares, gasta 25 vezes mais com suas forças do que o Brasil -e sete vezes mais que a segunda colocada, a badalada China.

FOGUETE UCRANIANO SERÁ LANÇADO EM ALCÂNTARA EM 2012

Brasil prepara lançamento inédito de foguete em 2012, mas uso é incerto

A capacidade de carregamento de satélites do Cyclone-4, fabricado na Ucrânia, é questionada por especialistas.





O Brasil prepara, para 2012, um feito inédito em seu programa espacial: pela primeira vez, irá colocar no espaço, a partir do seu próprio solo, um foguete com um satélite a bordo. Trata-se do Cyclone-4, foguete de fabricação ucraniana que deve ser lançado no ano que vem da base de Alcântara (MA), em uma parceria que começou a ser orquestrada em 2003. Pelo acordo, o Brasil entra com a base, e a Ucrânia, com a tecnologia do foguete.



Um lançamento bem-sucedido pode elevar o status dos dois países no cenário espacial global. No entanto, um dos dilemas do programa é quanto ao uso que o Brasil poderá dar ao Cyclone-4. Alguns especialistas ouvidos pela BBC Brasil consideram "altamente questionável" sua viabilidade comercial.






Uma questão-chave é a capacidade limitada de carga do Cyclone-4: para a chamada órbita geoestacionária, em que o satélite fica a 36 mil km de altitude e parado em relação a um ponto na superfície da Terra, o foguete só consegue levar carga de 1,6 mil quilos, o que é considerado insuficiente para muitos satélites de comunicação.



"O programa foi inicialmente proposto como uma empreitada de cunho comercial, e que deveria se sustentar com a venda dos serviços de lançamentos de satélites. Mas sua evolução não corrobora essa hipótese", disse José Nivaldo Hinckel, coordenador do departamento de mecânica espacial do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Fontes ligadas à ACS, empresa binacional criada pela parceria Brasil-Ucrânia, admitem que será necessário encontrar um “nicho de mercado” para o Cyclone-4, já que muitos satélites públicos e privados não cabem no foguete. Mas a empresa diz que já está participando de concorrências internacionais e que negocia qual satélite participará do lançamento inicial do foguete.

Vantagem geográfica



Para Carlos Ganem, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), o programa com a Ucrânia "inaugura um tempo novo" para o Brasil e permitirá que o país usufrua de sua vantagem geográfica.



Como Alcântara fica próxima à Linha do Equador, lançamentos feitos ali permitem o uso eficiente do movimento de rotação da Terra, gastando 30% a menos de combustível no envio de foguetes ao espaço.



Ucrânia é parceira do Brasil no projeto .



Além de serem considerados importantes pelo uso em telecomunicações, os satélites são muito usados para coletar informações sobre clima, navegação, ocupação de solo e monitoramento da região

amazônica.



"São essenciais para que o Brasil exerça sua autonomia", opinou Ganem, dizendo que o país ambiciona ter satélites feitos em parceria com Argentina e África do Sul que possam ser lançados em Alcântara.



Para Hinckel, do Inpe, porém, "é difícil justificar um programa espacial autônomo (como o do Cyclone) sem que o segmento de comunicações geoestacionárias seja contemplado".



Fernando Catalano, professor de engenharia aeronáutica da USP de São Carlos, disse achar importante o desenvolvimento proporcionado à base de Alcântara, mas considera improvável que o lançador traga

lucros de curto prazo para o Brasil ou que elimine a dependência do país para lançamentos de satélites.



Preparativos



Do lado brasileiro, a ACS diz que está preparando a parte estrutural de Alcântara para o lançamento do Cyclone-4.



Já do lado da Ucrânia, 16 empresas estão contribuindo para a construção do foguete, na cidade de Dnipropetrovsk (centro-leste do país). Segundo os projetistas, essa versão do Cyclone terá alta precisão e

um aumento de 30% na capacidade de carregar combustível. O artefato terá vida útil estimada de entre 15 e 20 anos.



Para Ganem, trata-se de "um lançador confiável, da escola soviética". Para Catalano, é um foguete não muito grande nem muito caro, e a família Cyclone, existente desde 1969, tem um histórico bem-sucedido (em 226 testes de lançamento, houve apenas seis falhas).



Dezesseis empresas ucranianas contribuem para construção do foguete (Foto: BBC)



Segundo a ACS, outro ponto importante é que não haverá contato humano com o foguete na base. Isso impediria a repetição do ocorrido em 2003, quando uma explosão no VLS (Veículo Lançador de Satélites) resultou na morte de 21 técnicos em Alcântara.



No entanto, Hinckel cita preocupações com o combustível propelente "altamente tóxico" que será usado no lançamento. A ACS alega que não haverá manuseio do combustível - que virá da China, via navio -, apenas de seu recipiente.



Tecnologia



Em aparente mostra da preocupação com a viabilidade comercial do projeto, telegramas diplomáticos divulgados pelo site WikiLeaks apontaram recentemente que a Ucrânia sugeriu aos Estados Unidos que

lançassem seus satélites a partir de Alcântara.



Os documentos indicam que os americanos condicionaram seu interesse pela base à não transferência de tecnologia ucraniana de foguetes ao Brasil.



O embaixador ucraniano em Brasília, Ihor Hrushko, disse à BBC Brasil (em entrevista prévia ao vazamento do WikiLeaks) que formalmente não há acordo para a transferência de tecnologia no Cyclone-4, mas

sim expectativa de que a parceria bilateral continue "para que trabalhemos em conjunto em outros processos".



Ele disse que transferir tecnologia não é algo de um dia para o outro, "é um processo duradouro, de anos".



Mas ele afirmou que o Brasil é o "sócio mais importante" da Ucrânia no continente - tanto que, em 10 de janeiro, o presidente do país, Viktor Yanukovich, telefonou à presidente Dilma Rousseff para falar sobre a

expectativa de criar uma "parceria estratégica" com o Brasil a partir do foguete. Os dois presidentes esperam estar presentes no lançamento do artefato.



Base de Alcântara quer apagar lembrança do acidente em 2003 (Foto: BBC)



A ACS, por sua vez, afirmou que a expectativa de transferência de tecnologia existe, mas ressaltou que não é esse o objetivo do tratado binacional.



Ainda que o intercâmbio tecnológico seja considerado importante para os especialistas consultados pela BBC Brasil, alguns destacam que a não transferência acabou estimulando o desenvolvimento de tecnologias brasileiras.



É o caso do satélite CBERS-3, que será lançado na China em outubro, com o objetivo de monitoramento ambiental e controle da Amazônia: suas câmeras foram produzidas em São Carlos (SP), com tecnologia nacional da empresa Opto.

MINERAIS AOS CHINESES

 O todo o processo de exploração mineral no Brasil, a China assumiu um papel-chave: é o maior mercado para produtos brasileiros, figurando em primeiro lugar na pauta de exportações para aquele país o minério de ferro, cujas vendas somaram US$ 13,338 bilhões em 2010. O apetite chinês por commodities tem favorecido a balança comercial brasileira e é um fator essencial na manutenção do superávit comercial. Além disso, a China se credencia também como uma das principais fontes de investimentos no Brasil nos últimos anos. A ofensiva de suas empresas estatais no País já desperta apreensão, especialmente na atividade mineradora, inteiramente desenvolvida pela iniciativa privada no País, e um dos setores mais dinâmicos da economia nacional.




Com as enormes riquezas de seu subsolo, o Brasil atrai cada vez mais investimentos para a mineração, sob estímulo da forte demanda internacional. O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) estima que os investimentos no País nessa área atinjam US$ 64,8 bilhões entre 2010 e 2014, um acréscimo de US$ 2,8 bilhões sobre sua projeção anterior. Dois terços desses investimentos serão destinados à exploração de minério de ferro (US$ 42,3 bilhões), vindo em seguida o níquel (US$ 6,5 bilhões) e a cadeia de alumínio (US$ 5,2 bilhões). Numa avaliação a mais longo prazo, o Programa Nacional de Mineração, lançado há pouco pelo Ministério de Minas e Energia, prevê investimentos privados de US$ 350 bilhões na exploração mineral no País até 2030. Um grande volume desses investimentos deverá ser feito por empresas nacionais, mas a contribuição do capital estrangeiro será também substancial, não sendo previstas quaisquer restrições ou controles, estando o caminho aberto para a China.



Em março do ano passado, a estatal chinesa ECE adquiriu uma jazida de minério de ferro em Sarzedo (MG), com reservas estimadas em 1,3 bilhão de toneladas. Pouco depois, a Wisco Iron & Steel, igualmente estatal, adquiriu 21,5% do capital da mineradora MMX, para fornecimento de minério para a siderúrgica que está sendo construída no Porto do Açu em São João da Barra (RJ). A Wisco, por sinal, adquiriu uma mineradora em Morro do Santana (MG), com reservas estimadas em 750 milhões de toneladas. Já a Honbridge Holdings, que representa estatais chinesas do setor siderúrgico, comprou áreas em Minas e na Bahia com reservas avaliadas em 2,8 bilhões de toneladas de minério.



O fato de todas essas empresas serem controladas pelo Estado gera certo desconforto, mas muitos empresários brasileiros consideram que isso não é tão relevante, uma vez que tais empresas se comportam como quaisquer outras multinacionais. E, afinal, foram grupos privados nacionais que resolveram vender, por preços muito atraentes, as minas que operavam. Seja como for, a presença chinesa na área mineral do País só tende a crescer.



Questionado sobre esse ponto, o presidente do Ibram, Paulo Camilo Penna, disse ser contrário à imposição de restrições ao capital estrangeiro na mineração no Brasil, mas ponderou que "a gente defende o princípio da reciprocidade nas relações". Penna relatou que empresas brasileiras que pretendiam participar de um centro de distribuição de minério na China não receberam uma negativa formal de Pequim, mas o processo de implantação do centro não prosperou. Ele não explicitou as razões por que o empreendimento não foi adiante, mas é sabido que o governo chinês mantém fechados a estrangeiros setores que considera estratégicos, entre eles o da exploração mineral.



Até agora, o governo brasileiro tem evitado qualquer restrição ao capital estrangeiro, em se tratando de aquisição de jazidas minerais, de terras ou de atividades ligadas ao setor elétrico. Mas este é um tema que deve constar da agenda da presidente Dilma Rousseff na visita que fará à China, em abril. Se não houver um entendimento, o País deve considerar a possibilidade de controlar, em determinadas áreas, investimentos provenientes de países que não dão aos investimentos brasileiros o mesmo tratamento que lhes é assegurado aqui.

BRASIL COMANDA FORÇA NAVAL NO LÍBANO

O Brasil passa a comandar oficialmente nesta terça-feira a unidade marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil, na sigla em inglês), disse à BBC Brasil a embaixada brasileira em Beirute.




O contra-almirante Luiz Henrique Caroli chega à capital libanesa para assumir o comando da Força Tarefa Marítima (MTF, na sigla em inglês), subordinada à Unifil, que atualmente monitora a fronteira entre Líbano e Israel e ajuda o governo libanês a evitar a entrada de armas ilegais no resto de suas fronteiras.



A MTF iniciou suas atividades em outubro de 2006, logo após a guerra entre o grupo islâmico libanês Hezbollah e Israel. O contra-almirante Caroli chega acompanhado de oito militares da Marinha brasileira, quatro oficiais e quatro marinheiros.



Ele comandará uma frota composta de oito embarcações, 800 oficiais e marinheiros de cinco nacionalidades. A força naval da Unifil tem a tarefa de patrulhar os 225 quilômetros da costa libanesa e interceptar navios que levem armas ilegais ao país.



Segundo o embaixador brasileiro no Líbano, Paulo Roberto Campos Tarrisse da Fontoura, a contribuição brasileira se encaixa na visão do Itamaraty de um engajamento ativo em missões internacionais. "O Brasil já tem tradição em missões de paz. Desde 1948, foram mais de 60 missões de paz com a participação de militares brasileiros", disse.



O embaixador disse ainda que, apesar da tradição, essa será a primeira vez que o país fará parte do componente naval em uma missão de paz. No ano passado, segundo Fontoura, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon pediu que o Brasil cedesse um contingente da marinha nacional à missão libanesa. "Os militares brasileiros são conhecidos por sua qualidade e competência", disse o embaixador. "Em vários níveis do governo libanês eu ouvi elogios ao Brasil por tornar-se parte da força de paz."



Frota



Os navios da MTF são compostos por três embarcações alemãs, duas bengalesas, uma turca, uma indonésia e um navio grego. O comando da força tarefa era exercido pela Itália até o ano passado. A força naval da ONU deve auxiliar a marinha libanesa a monitorar as águas territoriais do Líbano, cuidar da segurança da costa e prevenir a entrada ilegal por mar de armamentos para dentro do país.



Segundo a Unifil, desde 2006, quando iniciou suas atividades, a MTF interceptou 28 mil embarcações, e encaminhou 400 navios suspeitos às autoridades libanesas para inspeções. Outro militar brasileiro, o capitão de mar e guerra Gilberto Kerr, está no Líbano desde dezembro de 2010 como chefe de operações navais junto ao comando da Unifil.



A missão de paz no país foi criada em 1978, inicialmente para confirmar a retirada de Israel do Líbano, mas teve, depois, seu mandato alterado em 1982, 2000 e 2006. Hoje, a força tem um contingente de mais de 13 mil soldados de diferentes países. Desde 1978, 275 militares da missão foram mortos no Líbano.



A Unifil é liderada atualmente pelas tropas espanholas, sob o comando do major-general Alberto Asarta Cuevas. Depois da guerra de 2006, entre Israel e o Hezbollah, o mandato da Unifil foi ampliado e os soldados de paz passaram também a patrulhar a fronteira sul do Líbano.



Os soldados de paz devem ajudar o Exército libanês a prevenir o contrabando de armamento ilegal, manter o controle sobre a região, além de coordenar e manter o cessar-fogo entre o Líbano e Israel.



Segundo a embaixada brasileira, o contra-almirante Luiz Henrique Caroli estará subordinado diretamente ao comandante espanhol Alberto Cuevas.

BASE SUL AMERICANA

Brasil tem planos de criar com seus parceiros continentais uma "base sul-americana de defesa" que permita à região ter "voz no mundo" e "dissuadir" aqueles que pretendem dominar seus recursos naturais, afirmou nesta segunda-feira o ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim.




O ministro explicou em Montevidéu, onde se reuniu com o presidente José Mujica e com seu colega uruguaio, Luis Rosadilla, que a política de defesa do Brasil se baseia "na cooperação e na integração" regional, para que a estratégia da América do Sul possa ser a da "dissuasão".



Desta forma, o ministro apontou em entrevista coletiva que "o ambiente estratégico de Uruguai e Brasil é a região", e o da região "é o mundo", pelo que todos os países da América Latina terão de aprofundar suas relações para "fazer com que o Sul tenha uma voz única nas gestões internacionais".



Nesse sentido, Jobim destacou que a política brasileira pretende "a formação" de uma indústria de defesa regional, na qual existam fortes investimentos dos Estados orientados ao desenvolvimento comum.



No entanto, Jobim, que viajou ao Uruguai acompanhado por uma grande representação, descartou que este tipo de iniciativas constitua uma "corrida armamentista". "Não há corrida, é a recuperação do tempo perdido. É a necessidade que tem a região de dotar-se de capacidade operacional para poder dizer que se o senhor vem aqui, o senhor vai ter problemas", apontou.



Jobim lamentou a grande "dependência logística" que atualmente a região tem com relação ao exterior e disse que por isso é necessário que "a indústria militar se desenvolva ao lado do tecido produtivo sul-americano".



"Agora não temos o controle do Atlântico e também necessitamos controlar o espaço aéreo. Em 2025 será imposto o controle do espaço aéreo com satélites e não com radares, e é necessário ter capacidade para assumir esse controle. Temos que decidir esses pontos juntos, para ter uma maior capacidade de escala", apontou Jobim.



Da mesma forma se manifestou Rosadilla, para quem a hipótese de conflito na região será de "grande importância no futuro". "A integração regional vai fortalecer a América Latina, e essa fortaleza trará riscos, novos e maiores, e é preciso evitá-los, com debate, com diplomacia, com investimento. O Sul se fortalece, e terá que enfrentar seus desafios mais cedo que tarde", apontou.



Nos últimos tempos o Brasil anunciou um grande desenvolvimento de seu material bélico, que inclui a compra de até 11 navios para patrulha oceânica por quase US$ 6 bilhões, destinados a proteger suas reservas de hidrocarbonetos no Atlântico.



Além disso, também prevê comprar 36 aviões de defesa último modelo em uma concorrência na qual estão a empresa sueca Saab, com seu avião Gripen, a americana Boeing e seu F-18, e a francesa Dassault com o Rafale. O país ainda aguarda a construção de 50 helicópteros militares Super Cougar EC-725, que estão sendo produzidos em uma fábrica brasileira.



Antes da visita de Jobim, o governo uruguaio apontou que sua intenção é criar com o Brasil uma associação para o desenvolvimento da indústria aeronáutica militar, assim como vários acordos comerciais para a compra de material bélico.



Segundo o Uruguai, a ideia seria criar uma associação que permita a instalação de uma fábrica em algum lugar do país em cooperação com o Brasil para a produção de peças destinadas à aviação militar.

URUGUAI QUER EMPRESA DE PEÇAS AERONAUTICA EM SEU TERRITÓRIO

O governo uruguaio buscará criar uma parceria com o Brasil para o desenvolvimento da indústria aeronáutica militar durante a próxima visita do ministro da Defesa, Nelson Jobim, a Montevidéu, informaram neste sábado fontes oficiais.




Jobim chegará ao Uruguai no próximo dia 14, quando deve se reunir com o presidente José Mujica e com titular da Defesa uruguaio, Luis Rosadilla. Segundo fontes do Ministério uruguaio, durante a visita serão tratados assuntos como o andamento do acordo de cooperação em Defesa de ambos os países, além do desenvolvimento de manobras militares conjuntas no Atlântico sul, entre outros assuntos.



Também será debatida a possibilidade de criar uma parceria que permita a instalação de uma fábrica em algum lugar do Uruguai para a fabricação de peças destinadas à aviação militar e será tratado o desenvolvimento da compra e troca de armamento e tecnologia entre ambos os países.

AVIÕES MAIS CONFORTÁVEIS

O que poderia mudar no interior de uma aeronave de modo a aumentar os níveis de conforto durante um voo? Essa é a pergunta que, a partir de março, um grupo de pessoas habituadas a viajar de avião apontará durante reuniões periódicas. Elas vão participar de um estudo realizado pela Embraer em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que visa a desenvolver cabines de aviões mais confortáveis.




Iniciada no segundo semestre de 2008, a pesquisa está analisando os fatores que influenciam a sensação de conforto dos passageiros de um avião, como vibração, temperatura, pressão e ergonomia, além de odores, materiais e iluminação.



Na primeira fase do projeto – financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São paulo (Fapesp) por meio do programa Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (Pite) –, os cientistas estudaram esses fatores de forma isolada por meio de testes com participantes treinados.



Agora, deverão iniciar os estudos desses diversos aspectos de maneira integrada, por meio de ensaios com cerca de 600 participantes que já viajaram de avião.



“Os participantes darão suas respostas baseadas unicamente em preferências pessoais. E, como é um teste com consumidor, eles só poderão participar uma única vez”, explica o coordenador do projeto, Jurandir Itizo Yanagihara, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da USP.



Para realizar os testes, o interior do Laboratório de Engenharia Térmica e Ambiental (Lete) da Poli-USP será transformado em um aeroporto cenográfico. Ao chegar ao prédio do

laboratório, os participantes dos ensaios aguardarão, em espaço semelhante ao de uma sala de espera de um terminal aeroportuário, o momento de embarcar em uma viagem, com duração prevista de três a quatro horas, em um simulador de voo.



Segundo do gênero no mundo – o primeiro está na Alemanha –, o equipamento reproduzirá todas as características do interior da cabine de aeronaves – no caso, modelos 170 e 190 da Embraer.



Representará também as condições de um voo real, como pressão, temperatura, ruído e vibração, para que os pesquisadores possam analisar esses fatores em conjunto e as influências de um sobre os outros.



“O simulador terá som, iluminação, poltronas e o que mais há em um avião. A ideia é que, passado certo tempo, os participantes fiquemtão imersos no ambiente reproduzido pelo equipamento que esqueçam que estão participando de um teste e pensem que realmente estão viajando em um avião" diz Yanagihara.



BEM-ESTAR



Previsto para ser concluído no fim de 2011, o projeto deverá resultar em critérios que os engenheiros da Embraer poderão priorizar nos projetos das aeronaves fabricadas pela empresa, além de softwares que permitirão prever o comportamento dos passageiros de um avião em diferentes momentos da viagem.



Com base nessas ferramentas, a empresa poderá elevar os níveis de conforto das cabines de suas aeronaves e garantir o bem-estar dos passageiros durante suas viagens. “Os resultados da pesquisa deverão ter impactos diretos no projeto de todas as aeronaves civis fabricadas pela Embraer”, afirmou Yanagihara.



De acordo com o professor da Poli, o desenvolvimento dessas ferramentas de pesquisa é inédito no hemisfério sul e bastante recente no cenário mundial da aviação civil, uma vez que só nos últimos anos o conforto passou a ser uma prioridade nos projetos de aeronaves comerciais. Razão pela qual as grandes fabricantes do setor estão investindo nesse aspecto em seus projetos.



Análise dos pequenos



Para sair na frente na corrida do conforto, empresas como Airbus e Boeing iniciaram pesquisas na área internamente ou por meio de consórcios, que contam com a participação de universidades e instituições de pesquisa europeias e norte- americanas. A partir de 2006, foram iniciadas discussões entre a Embraer e as universidades, que resultaram nesse projeto de pesquisa.



Segundo Jurandir Yanagihara, uma das principais diferenças entre essa pesquisa e as de outros fabricantes está no porte dos aviões analisados. Esta se centrada em modelos de aviões menores, com os quais a Embraer se notabilizou no mercado internacional. Já os trabalhos da Boeing e Airbus se relacionam a aviões de grande porte. Devido a essa diferença, os resultados já começaram a chamar a atenção de cientistas estrangeiros, que realizam ensaios com grandes aviões.



EXCLUDENTES



Uma das constatações dos testes é que o nível de ruído dos aviões – produzido, entre outras fontes, pelas turbinas – é bem alto. Porém, para o passageiro é importante ouvir o ruído, por ser uma comprovação que a aeronave está voando e que as turbinas estão funcionando.



“Se não ouvir o ruído, isso poderá causar muita apreensão. O ruído proveniente da turbina é mais difícil de ser mitigado e é de responsabilidade do fabricante. Mas existem fontes importantes de ruído, como os sistemas ambientais, que têm sido objeto de maior atenção. É preciso levar em consideração todas essas questões no desenvolvimento de um projeto”, ressalta Yanagihara.



Quanto ao conforto térmico, o pesquisador diz que é desejável que a umidade da cabine da aeronave não seja muito baixa. Normalmente, todos os aviões trabalham com baixa umidade, em torno de 15%.



Se essa taxa for aumentada um pouco mais, o vapor da água do ar se condensaria próximo à parede metálica da cabine da aeronave, que fica em contato com o ar frio externo, e ficaria aprisionado no material isolante do avião, aumentando seu peso em até 500 quilos, no caso de aviões de grande porte.

BRASIL AJUDA A DESCOBRIR O POTÊNCIAL DE MOÇAMBIQUE

Brasil, União Europeia e Moçambique anunciaram nesta sexta, dia 25, o início de estudos conjuntos para determinar o potencial do território moçambicano para produzir biocombustíveis. Será o primeiro país africano a se beneficiar da cooperação, que pretende auxiliar na implementação de projetos nesse setor em várias partes do continente.




– Esperamos que esse projeto contribua para criar um mercado mundial de biocombustíveis. Biocombustíveis são uma benção – disse o embaixador André Amado, subsecretário de Energia e Alta Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, durante a cerimônia de lançamento, na capital Maputo.



O trabalho será conduzido por técnicos da Fundação Getulio Vargas e financiado pela mineradora Vale, ambas brasileiras. O projeto estava previsto desde a assinatura de um uma declaração conjunta, em julho do ano passado.



Moçambique estuda como produzir e usar biocombustíveis em larga escala desde 2007. Dois anos depois, o país aprovou a Estratégia Nacional para o setor, que será majoritariamente explorado por investidores privados. Segundo o ministro de energia de Moçambique, ainda este ano deve ser aprovada a lei que obriga a misturar álcool à gasolina e biodiesel ao óleo diesel.



– Será uma forma de criar o mercado – afirmou Salvador Namburete.



De acordo com o ministro, a regra vai determinar um prazo para a adoção da mistura. Também vai estipular que, caso ainda não haja produção nacional suficiente, Moçambique deverá importar biocombustível para completar a porcentagem.



– Acredito ser possível comprarmos viaturas [automóveis] com motor flexível, produzidos no Brasil, por exemplo – disse.



Para Namburete, “o biocombustível é o caminho”, por conta da nova escalada nos preços do petróleo com a crise política nos países produtores, como a Líbia.



O representante do governo brasileiro reforçou que o biocombustível não compete com a produção de alimentos, porque sua produtividade é muito alta.



– Mas é preciso ser responsável na aplicação, levando em conta as particularidades locais, sem simplesmente repetir o que funcionou em um país no outro – disse André Amado.

OAB COBRA OS PASSAPORTES DIPLOMÁTICOS

 A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) enviou  novo ofício ao Ministério das Relações Exteriores em que cobra detalhes sobre a emissão de passaportes diplomáticos. “Somente poderemos ingressar com ações na Justiça contestando possíveis emissões irregulares quando soubermos quem foram os beneficiados e porque receberam o passaporte”, disse à Agência Brasil o presidente da OAB, Ophir Cavalcante.




O ofício encaminhado ao ministro Antonio Patriota diz que a informação sobre a quantidade de passaportes diplomáticos emitidos não é suficiente para apuração dos fatos. “Mister se faz que essa pasta individualize e remeta a este Conselho Federal os nomes dos 328 beneficiários dos passaportes diplomáticos expedidos em caráter excepcional e por ‘interesse do país', bem assim apresente a motivação utilizada em tais atos administrativos”, diz o documento.



Segundo Cavalcante, as únicas informações até o momento são relativas aos passaportes emitidos para parentes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme divulgado em matérias jornalísticas no início do ano. O fato levou o Itamaraty a editar normas mais rígidas para a concessão do benefício, mas nenhuma medida foi tomada em relação à emissão dos documentos entre 2006 e 2010.



Na semana passada, Patriota afirmou em entrevista à Rádio Nacional que o uso do passaporte diplomático não traz grandes benefícios em relação ao passaporte comum. “Eu sou a favor, em primeiro lugar, de que haja transparência e não haja abuso na concessão de passaportes [diplomáticos]”, disse o ministro.

SECRETÁRIO DA OEA É RECEBIDO PELA PRESIDENTE DILMA

 A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta terça-feira o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, que explicou que fizeram uma análise geral da situação na América Latina, com ênfase nos casos de Honduras e Haiti.




"Conversamos sobre os principais temas da região em um marco de otimismo compartilhado, porque a América Latina está hoje em uma posição de desenvolvimento econômico importante, com uma redução dos índices de pobreza e com mais democracia do que nunca", declarou Insulza após o que foi seu primeiro encontro com Dilma.



Em relação a Honduras e a seu possível retorno à OEA, que foi suspenso após o golpe que derrubou em junho de 2009 a Manuel Zelaya, Insulza indicou que "é necessário resolver o tema pendente, que é o retorno tranquilo e seguro" do agora ex-líder a seu país.



"Brasil está esperando assim como todos que a situação de Zelaya se resolva", declarou Insulza, que considerou que até então será difícil que alguns Governos, como o brasileiro, possam reconhecer como presidente legítimo de Honduras Porfirio Lobo, que foi eleito na eleição realizada no fim de 2009.



Zelaya é acusado de diversos delitos de corrupção e vive na República Dominicana desde 27 de janeiro de 2010, quando pôs fim a um fechamento de vários meses na embaixada do Brasil em Tegucigalpa na qual se refugiou após voltar clandestinamente a Honduras depois de ser derrubado e expulso à Costa Rica.



O ex-presidente afirma que não retorna a Honduras, pois se diz vítima de uma "perseguição política", da qual foi negado pelo Governo de Lobo.



Em relação ao Haiti, Insulza disse que concorda com Dilma em seu desejo que o segundo turno das eleições presidenciais marcado para o dia 20 de maio se desenvolva em "plena normalidade" e que se inicie um "Governo sólido" e capaz de encarar a necessária reconstrução do país.

COOPERAÇÃO ESTRATÉGICA CHINA BRASIL

A China manifestou-se hoje “disposta a aprofundar a cooperação estratégica” com o Brasil, salientando a “crescente melhoria das relações e da confiança mútua” entre os dois países.




“Sempre atribuímos muita importância às relações com o Brasil”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Ma Zhaoxu, a propósito da visita à China do ministro das Relações Exteriores brasileiro, António Patriota.



António Patriota – o primeiro governante da administração Dilma Rousseff recebido em Pequim – visitará a China de 02 a 04 de Março.



Alem do homólogo chinês, Yang Jiechi, António Patriota vai encontrar-se com o primeiro-ministro, Wen Jiabao, e um dos quatro vices-primeiros-ministros, Wang Qishan.



A visita visa também preparar a primeira visita oficial à China da nova Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, marcada para abril.



"A relação com a China é cada vez mais importante para o Brasil", disse António Patriota numa entrevista à rádio e televisão públicas brasileiras, difundida na semana passada.



Em 2009, a China tornou-se o maior parceiro comercial do Brasil, ultrapassando os Estados Unidos.



A visita de Dilma Rousseff à China, de 13 a 15 de abril, coincidirá com a cimeira anual dos BRIC, fórum das quatro grandes economias emergentes que reúne também a Índia e a Rússia e que passará a incluir a África do Sul.

BRASIL PEDE MODERAÇÃO DAS PARTES NO BAHREIN

 O governo do Brasil, por meio do Ministério das Relações Exteriores, informou nessa quinta-feira (17) que acompanha com "preocupação" o agravamento da crise no Bahrein e apelou para que as autoridades busquem um acordo com os manifestantes, envitando confrontos e violência. Em nota oficial, o Itamaraty pediu ainda que sejam respeitados a liberdade de expressão e os direitos civis da população.




"O governo brasileiro conclama as partes a buscarem encaminhamento pacífico para as demandas e manifesta a expectativa de que as autoridades do Reino do Bareine garantam, sem o recurso à violência, a liberdade de expressão e os direitos civis da população", informou a nota.



"O governo brasileiro acompanha com preocupação o agravamento da situação política no Reino do Bareine, onde choques recentes entre forças policiais e manifestantes têm levado a número crescente de vítimas", acrescentou.



Agora de manhã, manifestantes xiitas participaram de um enterro e protestaram contra a monarquia do xeque Al Kalifa, na capital Manama. No total, estimam-se cinco mortos e mais de 200 feridos nos confrontos. Os protestos tiveram início no começo desta semana e permanecem intensos nas principais cidades.



O chefe da diplomacia do Bahrein, Khaled ben Ahmed, acusou ontem os manifestantes de pretenderem conduzir o reino “para o limite do abismo sectário”, apesar de ter considerado “lamentável” a repressão policial, que justificou pela necessidade de impedir um “conflito confessional e uma crise econômica.”



Os aliados regionais do Bahrein decidiram manifestar solidariedade com o reino, dirigido por uma dinastia sunita, mas com maioria de população xiita. Os chefes da diplomacia do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) realizaram em Manama uma reunião extraordinária, num sinal de apoio ao governo do Bahrein.

CHILENOS RECORREM A EMBAIXADA BRASILEIRA

- O Ministério das Relações Exteriores do Chile recomendou aos chilenos que estão na Líbia que entrem em contato com a Embaixada do Brasil em Trípoli caso queiram se abrigar da crise política pela qual o país africano passa.




Segundo a Chancelaria chilena, a diplomacia brasileira "ajudará nossos compatriotas mediante a base do acordo de assistência consular entre Brasil e Chile", que reiterou sua recomendação ao seu poço de não viajar à Líbia.



O governo de Sebastián Piñera voltou hoje a "deplorar e condenar energicamente a repressão governamental [líbio] contra os seus cidadãos, uma ação contrária ao espírito de diálogo reivindicado pelo Chile e pela comunidade internacional para resolver a crise política naquele país e profundamente oposta ao pleno respeito dos direitos humanos consagrados na Carta das Nações Unidas".



Peru rompe relações



O Peru suspendeu hoje "toda relação diplomática com a Líbia, até que tenha fim a violência contra a população", como informou a assessoria de imprensa da presidência no microblog Twitter.



O ex-chanceler peruano e atual parlamentar governista, Luis Gonzáles Posada, propôs essa medida diante da onda de protestos vivida na Líbia, por conta do descontentamento da população com o regime de Muammar Kadafi. O congressista qualificou o governo da nação africana como "genocida", e indicou que o rompimento de relações isolaria o país.



Calcula-se que a repressão oficial na Líbia tenha deixado ao menos 2.000 mortes, segundo a imprensa internacional. O governo atesta que houve 300 mortes. Kadafi disse aos líbios nesta terça-feira que não abandonará o poder. "Terminarei como um mártir", declarou.

BRASIL FIRMA ACORDO COM UEMOA PRA FABRICAR BIOCOMBUSTÍVEIS

O Ministério das Relações Exteriores e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram acordo de cooperação para financiar estudos na área de bioenergia em países da África. Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Máli, Níger, Senegal e Togo, todos integrantes da União Econômica e Monetária do Oeste Africano (Uemoa) serão beneficiados.




O acordo vai ajudar a diversificar a matriz energética desses países e para reduzir a dependência de petróleo. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que a instituição vai dar apoio aos projetos da área de biocombustíveis. “O Brasil é um dos líderes mundiais em biocombustíveis e bioenergia e esse processo requer que outros países se engajem nessas atividades e, do ponto de vista comercial, pode gerar oportunidades para o Brasil”.



O Brasil celebrou com a Uemoa, em 2007, o Memorando de Entendimento na Área de Biocombustíveis, que prevê a elaboração de estudo de viabilidade para a produção e uso de biocombustíveis nos países que integram o bloco econômico do Oeste africano. O estudo determinará os locais para a implantação de projetos de bioenergia.

PORTUGUAL E BRASIL EM CONVERSAÇÕES

"Foi uma longa conversa, na qual ela (Dilma) estava muito interessada em conhecer a realidade, a situação do nosso país (Portugal), a situação europeia, sobretudo, e a situação internacional, com o desenvolvimento da crise no Médio Oriente", disse o ministro.




No final do encontro, Luís Amado sublinhou o interesse demonstrado pela presidente na parceria com Portugal, país que ocupa atualmente a quarta posição entre os maiores investidores diretos no Brasil.



Trata-se da primeira reunião de um ministro dos Negócios Estrangeiros com a nova presidente do Brasil, que assumiu o poder a 01 de janeiro deste ano.



No encontro, Dilma e Luís Amado discutiram igualmente a convergência dos dois países em matéria de política externa.



Atualmente, os dois países integram, como membros temporários, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).



O Brasil ocupa a presidência do Conselho de Segurança até dezembro deste ano, já Portugal foi eleito para o período 2011-2012.



O Governo brasileiro tem defendido uma reestruturação do órgão e reivindica um assento permanente no Conselho de Segurança.



O ministro português, que chegou ao Brasil após uma visita de cinco dias a países da América Latina, terá ainda um encontro com o seu homólogo brasileiro António Patriota, no Ministério das Relações Exteriores.



Desde 1998, Portugal investiu no Brasil cerca de 25 mil milhões de euros e permanece na quarta posição entre os maiores investidores diretos no país.

O total de investimentos brasileiros em Portugal ascende a 2,9 mil milhões de euros, segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.



O valor da balança comercial entre os dois países quase triplicou, nos últimos anos, superando a marca de dois mil milhões de dólares, em 2010, com um saldo favorável para o Brasil de 927 milhões de dólares.

PRESIDENTA DILMA DECIDE SOBRE OS CAÇAS

 A ministra das Relações Exteriores da França, Michele Alliot-Marie, afirmou nesta terça-feira  que seu país se dispõe a transferir tecnologia para o Brasil, caso o governo da presidenta Dilma Rousseff opte por comprar os 36 aviões caças da fabricante francesa Dassault – que vende os Rafalle. A chanceler disse compreender que o corte de R$ 50 milhões no Orçamento Geral da União atinja em parte o Ministério da Defesa e a compra dos aviões, mas que mantém a expectativa positiva.




“A presidenta [Dilma Rousseff] acaba de tomar posse e a partir deste momento é natural que queira refletir sobre os diversos aspectos desta venda [dos caças]. Para nós, a proposta Rafalle é a melhor”, disse Aliiot-Marie.



O valor da compra das aeronaves envolve cerca de US$ 4 bilhões. A concorrência para a venda dos caças põe na disputa os Raffalle, da francesa Dassault, Gripen NG, da empresa sueca Saab, e o F-18 fabricado pela norte-americana Boeing.



Em seguida, a chanceler da França acrescentou: “Como estamos fazendo com os helicópteros e os submarinos, vamos transferir a tecnologia para que o Brasil possa ser autônomo. Somos os únicos que aceitamos fazer a proposta de transferência. Nenhum outro país fez essa proposta”.



A chanceler concedeu entrevista coletiva ao lado do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Ele reiterou que o momento é para a presidenta Dilma analisar as propostas. Disse também está convencido que as três concorrentes – a francesa, a sueca e americano- compreenderão esta etapa.

EMBAIXADOR BRASILEIRO NA LIBIA ATENTO AS SITUAÇÕES PERIGOSAS

O embaixador do Brasil na Líbia, George Ney de Souza Fernandes, viajará à cidade de Benghazi, onde cerca de 20 pessoas foram mortas durante dois dias de manifestações contra o governo. A informação consta em uma nota distribuída à imprensa nesta sexta-feira (18) pelo Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores).




Segundo o ministério, Fernandes se reunirá com representantes da comunidade brasileira residente nessa cidade. O governo Líbio reconhece oficialmente que 14 pessoas morreram nas manifestações, apesar de relatos chegarem a 25 mortos. Segundo a agência France Presse, dois policiais foram enforcados por manifestantes na cidade de Al Baida.



Na nota, o Itamaraty informou que “o governo brasileiro acompanha com apreensão a situação na Líbia e repudia os atos de violência ocorridos durante as recentes manifestações populares, que resultaram em mortes de civis”.



Expressou ainda a “expectativa de que as aspirações do povo líbio sejam atendidas por meio do diálogo político” e disse que o governo brasileiro aconselha “as autoridades daquele país a respeitar e garantir os direitos de livre expressão dos manifestantes”.



Protestos se espalham pelo mundo árabe



Segundo fontes ouvidas pela rede de TV CNN e pela agência France Presse, 20 pessoas morreram apenas em Benghazi. A agência francesa também informa que sete pessoas foram mortas na cidade de Derna e que opositores enforcaram dois policiais, retaliando a repressão do regime de Gaddafi, no poder há 42 anos.





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Líbia convoca 'Dia da Ira'

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Os protestos se espalham rapidamente pelo mundo árabe, uma semana após a queda do líder egípcio Hosni Mubarak. Nesta sexta-feira, milhares de pessoas voltaram à praça Tahrir, no Cairo, para comemorar o fim do regime de três décadas. A revolução no Egito e na Tunísia, onde o regime também desmoronou, inspira revoltas na Líbia, no Bahrein, no Iêmen e em Omã.



Na Líbia, os manifestantes chegaram a anunciar a tomada do controle de Benghazi. A resposta do regime foi rápida. O governo mobilizou o Exército e a repressão das forças de segurança e de milícias leais a Gaddafi deixaram 20 manifestantes mortos na cidade.



Os comitês revolucionários, pilares do regime de Muammar Gaddafi, ameaçaram os manifestantes contra o poder com uma resposta "violenta e fulminante", indicaram no site de seu jornal Azahf al Ajdar (A Marcha Verde).

ITAMARATY FAZ ACORDO COM IPEA

Um acordo de cooperação técnica entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) vai permitir a realização de estudos e pesquisas conjuntos sobre diversas áreas da política externa do Brasil, tais como as negociações comerciais, a integração regional (Mercosul e Unasul), a cooperação internacional para o desenvolvimento, a aproximação com os países africanos e as negociações na Organização das Nações Unidas. A assinatura será realizada às 11h30 da próxima terça-feira (15), na sede do Ipea em Brasília.




A assinatura do acordo, que prevê a troca, entre as partes, de informações e de subsídios técnicos necessários à realização de estudos e pesquisas, contará com a presença do diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do MRE, embaixador Norton Rapesta. A duração é de um ano, podendo ser prorrogada por meio de termo aditivo, dentro do prazo limite de cinco anos.



O primeiro plano de trabalho do acordo prevê a integração do Ipea à rede Extranet do Ministério das Relações Exteriores para troca de mensagens e atendimento a consultas, divulgação das soluções de comércio exterior e investimentos do Ipea por meio de representações do MRE no exterior, participação do Instituto em missões empresariais, feiras e seminários de promoção comercial e investimentos organizados pelo ministério, intercâmbio de informações e estudos e promoção da interação entre a rede BrazilTradeNet e o portal Ipea.

MINISTRO PATRIOTA ACOMPANHA ELEIÇÕES DO HAITI

Na tentativa de cooperar com o processo eleitoral do Haiti e por orientação da presidenta Dilma Rousseff, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, desembarca neste sábado (12) em Porto Príncipe – capital do país caribenho. Patriota terá reuniões com o presidente haitiano, René Préval, e o primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, além dos dois candidatos que disputarão o segundo turno da sucessão presidencial, em 20 de março.



O chanceler vai anunciar a liberação de US$ 300 mil para colaborar com a realização das eleições. O dinheiro será repassado por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).



A viagem de Patriota ocorre no momento em que há uma incerteza política no Haiti em decorrência da chegada do ex-presidente Jean-Claude Duvalier, Baby Doc, e a ameaça de Jean-Bertrand Aritistide, outro ex-presidente da República, também retornar ao país. Ambos foram retirados do poder por pressão popular e são acusados de crimes de corrupção e violação de direitos humanos.



No último dia 5, o Ministério das Relações Exteriores divulgou nota em apoio às eleições no Haiti. Para o Itamaraty, esse apoio é fundamental para a garantia do processo democrático. Por recomendação da Organização dos Estados Americanos (OEA), o Conselho Eleitoral Provisório do Haiti mudou a ordem dos candidatos que disputarão o segundo turno.



Concorrerão à sucessão presidencial a ex-primeira-dama Mirlande Manigat – casada com o ex-presidente haitiano Leslie Manigat (1988) e que é de oposição – e Michel Martelly, um dos músicos mais populares do país, também de oposição. Patriota conversa com ambos até domingo (13).



Para a OEA, o primeiro turno das eleições no Haiti – em novembro de 2010 – registrou uma série de irregularidades, como duplicidade de cédulas eleitorais, resultados fraudados e impedimento de eleitores na hora de votar. Por recomendação da organização, o conselho haitiano mudou o resultado final das eleições – substituiu o governista Jude Célestin pelo artista Martelly.



Paralelamente às incertezas na política, a sociedade haitiana se esforça para reconstruir o país devastado pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010. O terremoto causou a morte de mais de 220 mil pessoas e deixou boa parte da população sem casa. A situação ficou ainda mais grave com a epidemia de cólera que matou mais de 4 mil haitianos.

EMPRESA BRASILEIRAS SAEM DA LÍBIA

 A construtora Queiroz Galvão vai retirar até a próxima quinta-feira (24) 187 brasileiros (entre seus funcionários e familiares) que estão na Líbia. Segundo informações do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores), há entre 500 e 600 cidadãos do Brasil no país africano, tomado por uma onda de protestos violentos que pedem a renúncia do ditador Muammar Gaddafi. Inicialmente, o governo falou em 123 nacionais.









Segundo o Itamaraty, os 187 brasileiros serão levados de navio, fretado pela construtora, até a ilha de Malta. O ministério não deu mais detalhes sobre o resgate dos outros cidadãos, funcionários da Petrobras e das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez.



Nesta terça-feira (22), o governo da França ofereceu ajuda ao Brasil para o resgate. A oferta foi feita pela ministra das Relações Exteriores francesa, Michèle Alliot-Marie, que se encontrou em Brasília com o seu colega brasileiro, ministro Antonio Patriota.



Empresas nacionais "providenciam" resgate



Mais cedo, as demais empresas soltaram comunicados informando que estão providenciando o resgate dos seus funcionários, sem dar maiores detalhes da operação.












Estrangeiros tentam deixar a Líbia

...A Andrade Gutierrez disse que já “providenciou a retirada de seus funcionários e familiares do país” e que “considera a situação sob controle e mantém seu compromisso em garantir a segurança de seu quadro local de funcionários”.



Já a Odebrecht afirmou que a retirada dos seus “5.000 trabalhadores”, sendo “187 brasileiros”, “está sendo feita por meio de voos de carreira e aviões fretados”.



O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, disse em Porto Alegre (RS) que a empresa “está pensando em retirar” os sete funcionários baseados no país.

ATIVISTAS IRANIANOS NO BRASIL

Ativistas acreditam que Brasil apoiará resolução da ONU sobre direitos humanos no Irã, aponta FGV

Conectas Direitos Humanos e os ativistas iranianos Hadi Ghaemi e Parvin Ardalan participaram de reuniões com autoridades brasileiras.



São Paulo - Conectas Direitos Humanos e os ativistas iranianos, Hadi Ghaemi e Parvin Ardalan, estão otimistas em relação à posição que o Brasil pode assumir na 16ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH), que acontecerá entre 28 de fevereiro e 25 de março, em Genebra (Suíça).



Após as reuniões com o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, com a embaixadora Vera Lúcia Barrouin Crivano Machado do Ministério das Relações Exteriores e com a Assessoria Internacional da Secretaria de Direitos Humanos, os ativistas acreditam que o governo brasileiro irá apoiar resolução do CDH que criaria um mandato para um Relator Especial para o Irã. O relator seria responsável por reportar as informações sobre a situação de direitos humanos, além de receber denúncias e cobrar esclarecimentos das autoridades sobre as violações.



“Acreditamos que o Brasil está preocupado com a proteção de direitos humanos no âmbito internacional. O posicionamento do país na ONU é muito importante, porque ele pode influenciar outros países da América Latina a apoiarem o tratamento multilateral de crises de direitos humanos no mundo, incluindo o Irã”, afirma Ghaemi.



“Em 2010, 542 pessoas foram submetidas à pena de morte no Irã e em 2011 já ocorreram 111 execuções. Acreditamos que a criação de um relator especial da ONU, ajudaria a reverter esse quadro, bem como inibiria outros tipos de violações como aquelas cometidas contra as mulheres”, diz Ardalan, uma das criadoras da campanha “1 Milhão de Assinaturas” sobre os direitos das mulheres no país.



Além de se reunir com autoridades brasileiras e parlamentares da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, os ativistas se encontraram com ONGs de direitos humanos, acadêmicos e a Organização dos Advogados do Brasil - OAB-SP.



“Os ativistas iranianos vieram ao Brasil não só para pedir ao governo que apoie a resolução na ONU, mas também para criar pontes de solidariedade em diferentes segmentos da sociedade brasileira com a sociedade iraniana. Pudemos conhecer melhor a alarmante situação e algumas iniciativas concretas surgiram, como a proposta de uma missão de deputados brasileiros para visitar o Irã”, conta Camila Asano, representante da Conectas.



Cabe lembrar que historicamente o Brasil se abstém em resoluções da Assembleia Geral da ONU que condenam violações aos direitos humanos no Irã. O apoio a uma resolução do Conselho de Direitos Humanos seria um sinal positivo da política externa da presidente Dilma.

BRAIL SE SOLIDARIZA COM A NOVA ZELÂNDIA

Brasil manifestou suas condolências ao governo e povo de Nova Zelândia pelas vítimas causadas por um forte terremoto em Christchurch, a segunda cidade desse país.




O governo brasileiro tomou conhecimento com consternação do movimento telúrico de 6,3 graus na escala aberta Richter que açoitou essa cidade neozelandesa, com saldo trágico de ao menos 65 mortos, indica uma breve nota de imprensa do Ministério de Relações Exteriores.



"O governo brasileiro se solidariza com as famílias das vítimas e manifesta seu sentido de pesar ao governo e ao povo neozelandês", aponta a informação.



Informes jornalísticos da Nova Zelândia referem que vários grupos de socorristas continuam a busca de sobreviventes em Christchurch, ao mesmo tempo em que as autoridades locais prevêem um incremento dos falecidos pelo terremoto, uma vez que mais de 100 pessoas permanecem desaparecidas.



O premiê, John Key, indicou que poderia se tratar da pior catástrofe na história da nação, que sofreu no final de novembro passado uma tragédia pela morte de 29 mineiros em uma explosão em uma mina de carvão.



Os meios informativos precisam que o sismo ocorreu sobre o meio dia em um momento em que as ruas se encontravam muito cheias. Numerosas moradias, lojas e edifícios de escritórios caíram, enquanto desataram-se incêndios que geraram o pânico entre a população.

COOPERAÇÃO URUGUAI BRASIL

Ministério das Relações Exteriores do Uruguai poderá incluir na pauta conjunta da agenda de cooperação bilateral dos dois países os empreendimentos de economia solidária (EES). A possibilidade foi anunciada pelo diretor de assuntos limítrofes do ministério uruguaio, Daniel Betancur, durante reuniçao com o secretário de Economia Solidária e de Apoio à Micro e Pequena Empresa, Maurício Dziedricki, e da Habitação e Saneamento, Marcel Frisson, na tarde desta quinta-feira.






A comitiva brasileira apresentou a Betancur a proposta de formalização do primeiro termo de cooperação internacional entre os dois países, envolvendo o beneficiamento de rejeitos plásticos (garrafas PET) e sua transformação em tecidos. A proposta envolve uma cooperativa uruguaia e uma rede de cooperativas brasileiras.





O diretor uruguaio considerou a possibilidade de apresentá-la como um caso a ser incluído na agenda comum dos dois países. "Brasil e Uruguai têm em comum 500 quilômetros de fronteira. Uma decisão de um só lado não afeta apenas um dos países, mas a ambos e, portanto, deveriam ser tomadas em conjunto", exemplificou Bentancur, lembrando que, do lado uruguaio, a repercussão econômica sobre a a fronteira avança de 130 a 150 quilômetros dentro de seu território.





O secretário Dziedricki comentou não apenas da importância de viabilizar o caso concreto da reciclagem de PET, mas de estabelecer uma agenda própria de cooperação solidária Brasil-Uruguai, constituindo-se no primeiro exemplo do gênero na América Latina. Lembrou, inclusive, que a primeira agenda no Exterior do governador Tarso Genro foi no Uruguai, dando às questões bilaterais uma importância de Estado, tamanha à complexidade e importância que tem.





Ambos os lados comprometeram-se a viabilizar estudos técnicos para apresentar até a reunião das câmaras técnicas em abril, em Rocha, e avançar na possibilidade levantada. Brasil e Uruguai voltam a reunir seus departamentos diplomáticos entre os dias 5 a 7 de abril.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

INDÚSTRIA NAVAL AQUECIDA

A transpetro pretende contratar mais de mil marinheiros logicamete através de concurso.
Este aquecimento é graças ao Progama de  Modernização da Frota da Transpetro, os esteleiros do Brasil tem ecomendas de 50 navios  a ser entregue até 2016.
Este boom é pelo Pré-Sal e o aumento da economia brasileira.
A Marinha é a principal formadora de mão de obra , dois Institutos formam toda esta mão de obra.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

AVIÕES NAO TRIPULADOS NA FRONTEIRA DO PARAGUAI

Aviões não tripulados da Força Aérea Brasileira (FAB) vão começar até março a fazer a vigilância na fronteira entre Brasil e Paraguai, segundo informou o Ministério da Justiça.




Os veículos aéreos não tripulados, conhecidos como Vants, já operam na região Norte do país com o objetivo de coibir o tráfico de drogas e armas na região. O equipamento será usado com a mesma finalidade na fronteira entre Brasil e Paraguai.



O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esteve no Paraná na última sexta-feira (4) e anunciou o início dos vôos não tripulados.



Segundo ele, a iniciativa faz parte da estratégia de segurança que será implementada pelo governo, com foco na inteligência e na integração das forças de segurança.



"A única forma de termos uma revolução da segurança pública do país será agindo de forma mais integrada, com a ação conjunta da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, das Forças Armadas, das polícias estaduais, entre outros órgãos", afirmou Cardozo.



O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), propôs a Cardozo a criação de um gabinete de gestão integrada. "O governo federal tem como prioridade o enfrentamento da violência, o combate ao crime organizado e, portanto, é necessário que estejamos juntos", disse o ministro.

EXÉRCITO AJUDA DE RESGATES DE REFÉNS DAS FARCS

O Exército Brasileiro vai ajudar no resgate de cinco reféns - dois políticos e três militares - mantidos sob poder das Forças Revolucionárias Colombianas (Farc). Uma tripulação de 22 militares e dois helicópteros atuarão na libertação dos sequestrados em apoio ao governo do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha. A operação tem início previsto para a próxima quarta-feira.



A porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Sandra Lefcovitch, afirmou nesta segunda-feira que está tudo organizado na região de São Gabriel da Cachoeira (Amazonas) para seguir em direção à Colômbia, de onde sairão as equipes de resgate. "As operações serão feitas em etapas a partir de quarta-feira, exatamente como foi negociado", disse ela.



O programado é começar o resgate a partir da região de Villavicencio, onde será libertado o vereador Marcos Baquero. Depois, as equipes seguem para a cidade de Florência, onde deverão ganhar a liberdade o vereador Armando Acuña e o militar Henrique Marinho López Martínez. Na última etapa do resgate, serão libertados, na cidade de Ibagué, o policial Guillermo Solórzano e o militar do Exército Salim Sanmiguel.



As negociações levaram algumas semanas, pois houve exigências tanto do lado das Farc como também do governo colombiano. Ambos se comprometeram, por meio de protocolos de segurança, determinando a suspensão por 36 horas das operações militares nos locais onde serão entregues os cinco reféns.



Medidas semelhantes foram adotadas em ações anteriores de resgates, nas quais o Brasil participou como colaborador, fornecendo helicópteros e tripulações militares. As equipes devem seguir ainda hoje para a Colômbia. Uma das principais negociadoras é a ex-senadora Piedad Córdoba. "Está tudo seguindo o cronograma previsto e há uma grande expectativa de que o resultado seja positivo", afirmou a porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

MAIS OCUPAÇÕES ESTRATÉGICAS NO RIO DE JANEIRO

Traficantes do Complexo de São Carlos e de favelas de Santa Teresa, ao tomarem conhecimento da ocupação policial na região, fugiram para a Rocinha, em São Conrado; para o Morro da Pedreira, em Costa Barros; para as favelas do Caju e para comunidades do Engenho da Rainha. Embora o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, não tenha detalhado a movimentação dos traficantes, a informação foi confirmada por setores de inteligência das polícias Civil e Militar. Moradores de Santa Teresa também foram enfáticos em dizer que os traficantes fugiram assim que o governador anunciou que essas favelas seriam ocupadas



Informações dos moradores do São Carlos dão conta de que os principais traficantes da comunidade fugiram ao longo da semana passada pelos acessos do Rio Comprido, que não estariam sendo patrulhados pela polícia. Ainda segundo essas informações, pequenos grupos de bandidos em carros roubados fugiram pelas ruas como Azevedo Lima e Ambire Cavalcanti.



O êxodo dos bandidos também foi constatado pela ação da Polícia Civil que, durante toda a manhã de ontem, monitorou, através do setor de inteligência e de imagens feitas por satélite, as favelas do Engenho da Rainha, Rocinha, Pedreira e Caju. No oitavo andar da Chefia de Polícia Civil foi montado um centro de monitoramento, chefiado pelo diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegado Ronaldo Oliveira. O delegado tinha consigo um efetivo de 250 policiais de delegacias especializadas para agir imediatamente, caso bandidos dessas favelas tentassem fazer alguma ação em represália à ocupação policial no Centro:



- Monitoramos todas essas favelas. Estamos de prontidão para agir imediatamente nessas comunidades, caso haja alguma reação dos bandidos.



Questionado sobre a presença de bandidos do São Carlos na Rocinha, Beltrame não quis dar detalhes e tampouco citar para onde foram os bandidos do tráfico. Ele apenas disse que tal investigação faz parte do serviço de inteligência das polícias.



- Nós temos informações de inteligência quanto à movimentação do tráfico. Esses traficantes vivem em ilhas, e nós vamos atrás deles. Nossa luta é resolver em quatro anos um processo onde o problema se instalou durante 30 anos de abandono- disse Beltrame.



Todas as favelas onde traficantes pudessem estar escondidos foram monitoradas durante todo o dia. Imagens desses locais chegavam ao centro de controle da Polícia Civil. A provável ação policial na Rocinha, considerada hoje o maior entreposto de venda de drogas da Zona Sul, também foi citada pelo secretário e Segurança Pública. Beltrame garantiu que a polícia vai até essa favela, mas não estipulou prazos ou datas fixas.



- A polícia trabalha com inteligência. Acompanha e segue o planejamento. Temos que dar passos definidos. Não vamos entrar de forma atabalhoada em nenhum local. Temos um compromisso com vidas humanas - disse Beltrame.



Já o comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, disse que policiais da corporação vão mesmo atrás dos bandidos:



- O secretário já disse várias vezes que nós vamos à Rocinha. Sabemos que todos se escondem lá e vamos à Rocinha como fomos ao Alemão, mas é um processo gradual, planejado.



Homem que atirou em helicóptero teria sido morto



Informações do setor de inteligência e não confirmadas pela secretaria de Segurança Pública dão conta que a ação nos morros do Centro do Rio foi antecipada depois que traficantes atiraram na semana passada na prefeitura e acertaram um helicóptero da TV Globo.



Com medo da ação policial nos morros da região, chefes do tráfico do São Carlos teriam executado no mesmo dia o homem que atirou no helicóptero da TV Globo. Na coletiva da imprensa, no entanto, o secretário José Mariano Beltrame disse que a ação nas favelas da região tinha sido adiada devido ao problema das chuvas na Região Serrana.

MINISTRO JOBIM CONHECE NOVOS PROJETOS

Na segunda-feira, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, fará uma visita ao parque tecnológico de São José dos Campos, onde conhecerá o projeto da Embraer para o Centro de Desenvolvimento em Tecnologias Aeronáuticas e a proposta da Vale Soluções em Energia para o Centro de Desenvolvimento de Tecnologias em Energia, dedicado ao desenvolvimento de soluções energéticas inovadoras, eficientes e ambientalmente sustentáveis.




A Vale também selecionou uma área no parque para construir uma das três unidades do seu Instituto Tecnológico Vale, instituição de pesquisa e ensino de pós-graduação voltada para a inovação em áreas estratégicas. Com investimento estimado em R$ 100 milhões, o instituto, segundo o diretor Luiz Mello, terá uma área construída de 30 mil metros quadrados. A inauguração está prevista para o segundo semestre de 2012.



No total, a Vale vai destinar R$ 320 milhões para a construção, contratação de pessoal e compra de equipamentos para os três institutos. As outras unidades serão implantadas em Ouro Preto (MG), com pesquisas focadas em mineração do futuro, e em Belém (PA), para o desenvolvimento sustentável. Inicialmente, de acordo com Mello, cada campus vai abrigar cerca de 400 profissionais.



A Vale já opera uma unidade no parque, criada em dezembro de 2007, por meio de uma associação com o BNDES. A empresa está instalada em uma área de 100 mil metros quadrados, onde trabalham mais de 300 cientistas, engenheiros e técnicos. Suas atividades contemplam o desenvolvimento de equipamentos e sistemas de geração de energia e potência.



Entre os equipamentos em desenvolvimento pela companhia está um sistema termogerador de energia, alimentado por biocombustíveis ou pelos tradicionais combustíveis fósseis. As entregas do produto estão previstas para o início de 2012. Os programas de desenvolvimento são feitos em parceria com o ITA e a Escola de Engenharia de São Carlos.

FORÇA AÉREA PORTUGUESA AJUDA DUAS BRASILEIRAS PARA SAIR DO EGITO

Duas brasileiras que estavam no Egito durante os protestos dos últimos dias recorreram a um avião da Força Aérea de Portugal para deixar o país.




O avião português chegou a Lisboa nesta quinta-feira (3) e, além das brasileiras, retirou do Egito cidadãos de outros países, como espanhóis, franceses, holandeses, guineenses e malaios.



Apenas uma das brasileiras transportadas, a carioca Fernanda Fonseca, de 21 anos, aceitou falar com a BBC Brasil. Moradora do Egito desde 2010, ela disse que decidiu deixar o país para diminuir a preocupação do pai, que mora no Brasil.

Ela disse que procurou a embaixada brasileira quando decidiu sair, mas foi informada que, naquele momento, não haveria voo especial para brasileiros.

- Quando a gente telefonou, disseram que estavam esperando instruções de Brasília para organizar qualquer coisa.



Enquanto esperava por uma definição, ela ficou sabendo, por meio de uma amiga brasileira, que Portugal iria realizar um voo para retirar portugueses e pessoas de outras nacionalidades do Egito.



 o Itamaraty reafirmou que, no momento, não há necessidade de planos especiais de evacuação de brasileiros, já que há voos comerciais saindo regularmente do país com passagens aéreas disponíveis.

O Ministério informou ainda que um diplomata está sendo enviado para o país para ajudar nas operações da embaixada no Cairo.





Facebook



Fernanda Fonseca mora no Egito desde fevereiro do ano passado no Egito. Ela trancou a matrícula da faculdade no Rio de Janeiro e foi acompanhar a mãe, que trabalha em uma empresa de telefonia celular no país. No Cairo, Fernanda trabalhava numa agência de turismo, recebendo brasileiros.



Ela diz que apoia os protestos pela democracia no país.



- Eu estou com eles porque foram 30 anos de repressão.

A estudante diz que ficou sabendo dos protestos pelo Facebook.

- Na terça-feira passada (25 de janeiro), surgiu no Facebook uma conta convidando todos para se reunirem na Praça Tahrir. No começo havia pouca gente.

A partir da última sexta-feira (28), quando começaram os saques a casas e lojas, Fernanda foi morar em um apartamento com um grupo de estrangeiros.

- Deixei meu apartamento no centro e fui para a casa de amigos no bairro de Maadi (a 13 km de distância da praça Tahrir).



O grupo tentava não chamar a atenção.

- Colocaram panos nas janelas e nas varandas para não verem que havia estrangeiras ali. Diziam que havia grupos de pessoas que entravam nas casas, roubavam as pessoas e estupravam as mulheres.

Quando havia sinal de telefone, o grupo obtinha informações, pelo celular, sobre o que acontecia com amigos egípcios que estavam na Praça Tahrir. Segundo a estudante carioca, a segurança dos bairros egípcios era feita pelos próprios cidadãos.

- As pessoas fizeram barreiras nas ruas e ficavam com pedaços de pau ou de ferro. Paravam todos os carros e revistavam para ver se não eram ladrões. Pegaram três grupos de saqueadores e todos eles tinham gente da própria polícia.

Os ladrões eram entregues à polícia militar.



Alimentos



A brasileira disse ainda que, no meio da última semana passada, começou a faltar comida. Os tumultos na capital dificultavam a ida aos supermercados e grande parte das pessoas tinha dificuldades para tirar dinheiro. Nos bairros, quem tinha mantimentos dividia com os vizinhos.

- Os supermercados fechavam as portas e só deixavam entrar pessoas de dez em dez. Os caixas automáticos não funcionavam. As pessoas tinham dinheiro no banco, mas não tinham como tirar.

Fernanda disse que, por guardar o dinheiro em casa, teve sorte na hora de comprar alimentos.

- Como eu não tinha conta bancária, tinha todo o dinheiro em casa. Por isso, antes de viajar, enchi a casa de minha mãe. Fomos quatro vezes ao supermercado e viemos com o carro todo lotado.

A estudante brasileira diz ainda que pretende voltar para o Egito. De Portugal, ela vai para a Itália, onde tem parentes, para esperar que a situação se normalize no Cairo.

REVOLUÇÕES PELA INTERNET

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu que o Egito permita a realização de protestos pacíficos. Ela destacou, ainda, que este é o momento propício para a adoção de reformas sociais, políticas e econômicas importantes para o país.




Segundo o cientista político da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Franklin Prein, Hillary está entregando os anéis para não perder os dedos. De acordo com ele, os Estados Unidos temem que, em uma confusão entre sunitas e xiitas, forças contrárias à presença americana cheguem ao poder.



– A revolta no Egito pode causar instabilidade em toda aquela região – disse, referindo-se ao Sudão, que acabou de realizar um referendo aprovando a divisão do país.



Prein observa que as próximas horas serão decisivas para saber qual será o futuro do país, e ele não exclui a possibilidade das forças egípcias reagirem de forma violenta e com o apoio internacional.



– Eles têm que fazer isso antes que o Irã possa se manifestar – comenta.



Força da rede O Twitter já havia mostrado a sua força na reeleição do presidente iraniano Mahmoud Ahmadnejad. Pelo microblog, oposicionistas armaram uma série de protestos que ganharam repercussão internacional.



No Egito, o governo bloqueou o Twitter e o Facebook, para que os internautas não pudessem incitar mais revoltas.



O Movimento 6 de abril um grupo de militantes favoráveis à democracia que existe na internet lançou uma espécie de pesquisa no Facebook com a pergunta: “você vai protestar em 25 de janeiro?”. Quase 90.000 pessoas responderam “sim” na web e o fato foi confirmado na terça-feira.



Leite compara o impacto do acesso à internet e sites ocidentais ao que a propaganda teve nos regimes socialistas.



– É uma guerra cultural de informação. Os fundamentalistas querem a volta a um mundo arcaico. Eles não investem em coisas que são normais para nós, como o direito das mulheres e das crianças.



Já Prein, relembra a luta contra a ditadura no Brasil, onde o rádio mobilizou as revoltas. Na época, o governo bloqueava as transmissões e os oposicionistas tinham que usar as rádios internacionais.



– A internet e as redes sociais romperam com a capacidade de censura e controle, necessários para a manutenção desses regimes ilegítimos – conclui.

UNIDADES DO EXÉRCITO PREPARADAS PARA TRAGÉDIAS

As tragédias ensinam como as instituições devem agir nestes momentos.
Foi dirigida ao Ministerio da Defesa estudos para formar unidades prontas para agir nestas calamidades naturais.
Nada mais justo que deve- se  ajudar a corporificar esta idéia , o próprio Exército achou que poderia agir com mais rapidez, isto demonstrou para mim uma autocritica salutar de organismo que pensam no futuro dos seus cidadãos .
Teve usar o Exército como um baluarte nesta tragédias como os primeiros que devem estar sempre preparados nestas eventualidades.
Parabéns ao Exército pela boa iniciativa.

SUSPEITAS QUE BANDIDOS MIGRARAM PARA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Uma força-tarefa liderada pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de São José dos Campos investiga o paradeiro de traficantes da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, que foram acolhidos pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) no Vale do Paraíba depois que as polícias Civil, Militar e Federal e as Forças Armadas ocuparam as favelas. Informações coletadas nos últimos dias pela equipe de investigadores dão conta que criminosos que conseguiram fugir do cerco policial na capital fluminense estariam escondidos em São José dos Campos, Taubaté e Caçapava. A operação da DIG conta com o auxílio do Exército, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.



Os ataques no Rio tiveram início na tarde do dia 21 de novembro, em retaliação dos traficantes contra a instalação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) em morros e favelas. Ao longo da semana, Marinha, Exército e PF se juntaram às forças de segurança do Estado do Rio no combate à onda de violência, que resultou em mais de 180 veículos incendiados. Duzentos policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) ocuparam a Vila Cruzeiro. Com a ação, alguns traficantes fugiram para o Complexo do Alemão, que também foi dominado pelos policiais. Somente nas favelas do Alemão existiriam 500 traficantes. O paradeiro da maioria ainda é um mistério.



No Vale do Paraíba, a Polícia Civil está em estado de atenção. “Temos informações que há três famílias de traficantes do Rio de Janeiro instaladas em chácaras em Caçapava e que foram acolhidas pelo PCC. Também há traficantes do Rio no Pinheirinho (acampamento sem-teto em São José) e em Taubaté”, disse um dos policiais civis envolvidos na investigação. “O que precisamos é que a nossa população faça o mesmo que a população do Rio de Janeiro está fazendo: denunciando. Só com a ajuda da população é que vamos conseguir vencer tudo isso”, afirmou.



Segundo ele, o grupo de policiais que trabalha na área de inteligência no Rio de Janeiro, além do Exército e da Marinha, tem trocado informações com a DIG de São José. “Estamos fazendo um trabalho de análise de pontos vulneráveis da região que podem ser pontos de recepção desses fugitivos do Rio”. Em São José, os pontos considerados críticos são o acampamento sem-teto Pinheirinho e o bairro Jardim São José 2, mais conhecido como ‘Cidade de Deus’.



Segundo Polícia Civil, o PCC está oferecendo proteção aos traficantes do Rio de Janeiro porque em 2006, quando a facção criminosa paulista deflagrou a onda de atentados em todo o Estado de São Paulo, o Comando Vermelho ajudou a esconder os principais suspeitos de planejar os ataques. Além disso, existiria no Estatuto do PCC, fundado em 31 de agosto de 1993 por oito presidiários no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté, um acordo para receber membros do CV quando necessário.



Na região, a Polícia Civil procura pelos traficantes Luciano Martiniano da Silva, o “Pezão”, Emerson Ventapane da Silva, o “Mão”, Felipe Alan Marques da Silva, o “Playboy”, Carlos Orlando Messina Vidal, o “Chileno”, Marcelo da Silva Soares, o Macarrão, e Marcelo Lenadro da Silva, o “Marcelinho Niterói”. Para o especialista em segurança pública José Vicente da Silva Filho, se o PCC está de fato acolhendo traficantes do Rio de Janeiro em cidades do Vale do Paraíba, seria por uma espécie de “amizade”



Reflexos



“Veja bem, dizer que podemos evitar que os problemas ocorridos no Rio de Janeiro não tenham efeitos aqui na nossa cidade é impossível porque eles vão acontecer. O que estamos preocupados é como resolver a partir do momento que eles começarem a refletir aqui, diante de nós. Com o aumento do tráfico, o aumento da criminalidade, o número de homicídios pode aumentar”, disse o delegado titular da DIG de São José dos Campos, Vernei Antônio de Freitas.



“A Polícia Civil trabalha com o crime já ocorrido [na investigação], mas diante dessa situação já estamos atuando na prevenção. Estamos com todo nosso pessoal na rua. Mudamos nossa tática, aumentamos nossas atenções. Hoje, a Polícia Civil de São José dos Campos está em estado de atenção”, disse Freitas à revista valeparaibano.



Há duas semanas o número de trabalhos na rua, com investigações na busca por criminosos, foi intensificado. “Nosso grupo de inteligência está todo interligado com o pessoal do Rio de Janeiro. O fato é que aqui é sim a rota de fuga desses marginais. Aqui é o principal eixo, de todo o país. São José dos Campos é uma cidade muito grande. Não estamos saindo com a viatura aleatoriamente, sabemos exatamente em quais os pontos que temos que atuar. E estamos atuando”, concluiu o delegado.