domingo, 8 de maio de 2011

KMW EM SANTA MARIA

O que significará a vinda da fábrica alemã de blindados Krauss-Maffei Wegmann (KMW) para Santa Maria? Além de dar visibilidade para a cidade até no Exterior, a empresa é uma grande promessa de desenvolvimento tecnológico, geração de empregos e crescimento da economia local. A vinda da KMW é promissora, pois a unidade de manutenção e produção de blindados que a empresa abrirá na cidade tem grande chance de se tornar a maior indústria local. Além de repercutir a notícia com autoridades locais, o Diário ouviu um especialista na área militar, que diz que a KMW pode ser uma Embraer terrestre.




Por enquanto, a KMW é uma importante promessa, pois precisam ser superadas etapas. Além da compra da área e da construção do prédio, que deve ser feita em terreno no começo da Faixa de Rosário, será preciso iniciar a manutenção dos 220 Leopard 1A5, comprados da Alemanha. Esse trabalho deve começar no início de 2012, quando ficarem prontos o prédio da KMW e uma pista de testes.



Esse contrato de manutenção, que deve ser assinado pela KMW com o Brasil em breve, dará garantia para que a empresa faça novos investimentos em Santa Maria, com a criação do centro de desenvolvimento, para criar um novo blindado de transportes de tropas a ser oferecido ao Exército. O número de empregos da KMW, que deve ficar de 50 a cem engenheiros e técnicos até o segundo ano de atividade, poderá crescer se ela conseguir vender esses blindados ao Brasil ou a outros países. Segundo especialistas, aí está uma vulnerabilidade que pode atrapalhar o crescimento da KMW aqui – depender da venda a países.



Por outro lado, uma vantagem é que, segundo fontes do setor, o Exército teria intenção de fabricar no Brasil um novo blindado. Nesse ponto, a KMW seria uma boa parceira. Assim como ocorreu com a Iveco (do grupo Fiat), que investirá R$ 75 milhões ao abrir uma unidade em Sete Lagoas (MG), criando 350 empregos. A Iveco fabricará o Guarani, veículo blindado anfíbio criado em conjunto com o Exército. De 2012 a 2030, deve produzir 2.044 unidades do Guarani que já foram encomendadas, em contrato de R$ 6 bilhões. A torcida é que para que, em Santa Maria, a KMW tenha trajetória semelhante. No que depender do CEO da KMW, Frank Haun, a fábrica alemã ficará por décadas em Santa Maria.