segunda-feira, 9 de maio de 2011

MÉTODOS CONTESTADOS POR PAÍSES LATINOS AMERICANOS NO CASO BIN LADEN

O governo boliviano expressou sua "preocupação" em relação "aos métodos e formas empregados" na morte do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, embora tenha ratificado sua defesa da "luta contra o terrorismo".




Em um comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores se mostrou reticente diante da operação, porque alega que mesmo para combater o terrorismo é preciso que os métodos utilizados estejam baseados "no respeito à soberania e integridade do Estado no qual ocorreram os fatos".



Na nota, a Bolívia se diz a favor da luta contra o "terrorismo internacional e outras formas de crime organizado", mas "repudia" toda ação que torne vulnerável a integridade territorial dos países. O informe acrescenta que as ações violentas devem ser julgadas pelas leis de cada Estado assim "como pelas instâncias previstas pelo direito internacional e os direitos humanos sob competência dos tribunais correspondentes".



Na segunda-feira, dia seguinte à morte de Bin Laden, os governos do Equador, da Venezuela e do Uruguai fizeram declarações nas quais concordavam que sua queda era um golpe contra o terrorismo, mas alertavam para o fato de que nenhuma morte deve ser festejada.



O vice-presidente da Venezuela, Elías Jaua, chegou a declarar que "a morte não pode ser um instrumento político" e que "não deixa de ser surpreendente como o crime e o assassinato se naturalizaram e como eles são celebrados".